Don't play with my toy

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Sim, tinha sido mais forte do que eu.

A loira se aproximava de Taehyung e erguia sua mão para lhe dar um tapa.

Ela só não contava que eu apareceria e seguraria sua mão, ficando entre ela e Tae.

Um silêncio se instalou ali e pude ver que havia causado um impacto e sinal de respeito.

— Quem é você para encostar no meu namorado, vadia? — Digo querendo acabar com ela ali mesmo.

Os garotos pareceram surpresos e sem reação, Dawon olhava confuso para a garota, e intercalava olhares entre mim e Taehyung.

— Olha Dawon, acho melhor você cuidar dela, não aguento mais vê-la dando em cima do meu garoto. — Dei uma pausa. — Se eu ver isso de novo, vou fazer mais do que roubar sua carteira, isso não é nada perto do que eu posso fazer quando perturbam o que é meu.

Ele se afasta e olha para baixo com um sorriso debochado.

— E se eu ver vocês encontrando um dedo nele novamente, eu juro que acabo com vocês. — Digo lhe dando um chute em suas partes baixas, fazendo com que o mesmo caísse de joelhos.

Yahh! — A nojenta grita. — Quem é você para fazer isso com ele? — Diz devolvendo minha frase enquanto se abaixa para ajudá-lo.

— A mesma pessoa que pode acabar com você. — Respondo.

— E vocês. — Aponto para os outros dois e vou em sua direção. Apoio um pé no chão e giro, fazendo com que o outro levantasse e fosse de encontro com o rosto deles, que logo recuaram, machucados. — Que estejam avisados também.

— Eu só não bato em você, porque não vou me rebaixar a seu nível, se é que você tem um. — Me dirijo a garota que me olha feio.

— Vocês já estão avisados. Um dedo nele e vocês estão mortos. — Digo pegando a mão de Taehyung e saindo de lá.

Os carros passavam ligeiramente pela pista molhada. O céu já estava escuro pela noite e algumas estrelas eram visíveis.

A caminhada foi silenciosa. Taehyung me acompanhava e pude perceber sua cabeça levemente abaixada, seus cabelos lisos tampavam seu belo rosto.

Pode não parecer, não tudo aquilo foi extremamente assustador para mim, tinha medo que algum deles estivesse armado, ou que resolvessem vir para cima de mim. Tive medo que Taehyung fosse me impedir ou assumir que estava mesmo com aquela pessoa.

Minha mente estava cheia e confusa, tinha sido tão desgastante. Os dias sem Kim Taehyung foram um inferno, ainda mais sem uma resposta se eu seguia ou não em frente. Apesar de ainda não ter tido uma resposta concreta do garoto, o simples fato do mesmo ter segurado minha mão enquanto ofereci a minha, parecia me acalmar e me livrar da pilha de nervos em que me encontrava.

— Sarah? — Ouvi a fraca voz de Taehyung vinda de trás de mim, e saí dos meus pensamentos, percebendo que já estávamos bem longe do parque, e agora não fazia a mínima ideia de onde estávamos.

Toda aquela confusão fez com que eu parasse, sentisse meus olhos transbordarem e pequenos fios lacrimejantes escorressem pelo meu rosto. A dor da incerteza me consumiu, e chorei silenciosamente, sentindo o doloroso grito silencioso.

— Sarah? — Taehyung chamou mais alto, dessa vez parecendo preocupado.

O maior então me vira em sua direção e levanta minha cabeça, segurando meu rosto com suas duas mãos, aproveitando para limpar as lágrimas que caíam. Ele me abraça apertado e eu retribuo, desesperada.

— Me desculpe, meu amor, eu não queria que isso acontecesse. — Diz com a voz falha, indicando que também chorava. — Me perdoe, por favor. — Eu nego com a cabeça.

One Last Time | KTH Onde histórias criam vida. Descubra agora