capítulo 40

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Capitulo 40 

Christopher Uckermann.

Eu fugi de conversar com Dulce igual um garoto, peguei a estrada no escuro e cheguei à casa de meu pai antes mesmo dele acordar. Luis Victor abriu a porta de mau humor, meu pai tinha um rosto carrancudo e parecia sempre zangado. 

Motivo pelo qual minha mãe gostava de meu pai, ela dizia que ele tinha cara de badboy. Eu sempre achei engraçado isso, mas vendo agora meu velho parecia aqueles motoqueiros. Ele tinha uma aparência selvagem. Meu pai era bonitão mesmo as 70 anos, o velho estava com tudo em cima. Sai do carro com minha pequena mala. 

- Alexander isso são horas? – meu pai só me chamava de Alexander ou de Alex.

- oi para você pai. – meu tom irônico o fez levantar as sobrancelhas em desagrado.  – adiantei o horário da viagem, apenas queria esfriar a cabeça.

- pois trato de entrar, senão não vou esquentar vou ferver seus miolos Alex. – ele deu as costas e entramos, sua casa era pequena e tinha cheiro de lavanda. Era agradável. 

- deixa que eu faço seu café. – fui até a cozinha e comecei a preparei tudo, enquanto ele sentava no banco que ficava perto da janela. Eu sentia seu olhar queimando em minhas costas. 

Minha mãe deve ter contado que terminei meu noivado e que agora estava “solteiro”, mas meu pai esperava ouvir de minha boca. Sempre foi assim apesar de tudo ele me ouvia e dava sua opinião. Carla conheceu meu pai e foi educada, depois disso só se viram umas 4 vezes e consigo contar numa mão as palavras trocadas. Meu pai não conversava com quem ele não gostava. 

- então Alex, vai me contar ou vou ter colocar de castigo? – eu ri, e entreguei a xícara com café bem quente a ele. 

- bom, eu fui atrás de Dulce e a trouxe de Vegas. Ela se viciou em jogos de azar de tinha muitas dividas. – meu pai se engasgou com o café. – a trouxe comigo ela ta morando lá em casa. 

- merda garoto! Foi por isso que terminaram? – assenti. – não me oponho aquela mulher era controladora demais, não querendo ser machista filho, mas você deve ter voz perante a sua mulher. Não pode só abaixar a cabeça e deixar elas comandarem tudo, as vezes nós temos outra visão. 

- eu sei, eu vi isso com Dulce. Carla surtou com ela, foi rude, grosseira, hostil, só sabia magoar e humilhar. Nunca fiquei tão decepcionado. – meu pai segurou minha mão. 

- Alex, você ainda é jovem sei que sonha em ter sua família. Em chegar em casa e ter sua esposa para lhe beijar, seu filho animado contando que colou o cabelo da colega. – meu pai mencionou uma travessura minha na escola, eu era terrível! – mas veja nada é para sempre, olhe para eu e sua mãe. Temos respeito, carinho e eu a amo. Só que não era para ser. 

- eu sei, eu admiro vocês dois mesmo separados tem uma ótima relação. – ele deu dois tapinhas na minha mãe e voltou a tomar seu café. 

- então você chegar cedo aqui tem a ver com Dulce? – meu pai sempre soube me ler, era impressionante. – o que houve garoto? 

- uma conversa desagradável. – meu pai ficou me olhando esperando mais, como eu queria um conselho contei. 

Contei tudo desde que começamos a ficar, sobre Carla, Klebber, Anahí, Maite e Alfonso. Tudo até sobre o Polco o cara que trabalhava no cassino. Era esse o nome dele? Tanto faz! Meu pai me ouvia e ria de algumas coisas, principalmente de Anahí ele adorava. Ela foi sua primeira nora. Terminei com o que aconteceu ontem, o metido servindo Martini para Dulce. Ela nem gosta dessa bebida, serve uma margarita para ela, meu sangue ferveu e agi como um adolescente. 

𝘑𝘶𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘥𝘪𝘷𝘰́𝘳𝘤𝘪𝘰 ↝ Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora