capítulo 62

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Capitulo 62

        Maite Perroni. 

Eu precisei tomar uns 5 banhos para tirar o sangue daquele cara de mim, agora tudo se resolveria eu tinha certeza. Como recompensa eu que não sou nada romântica resolvi fazer uma coisinha para meus dois amigos. 

- Maite que sangue é aquele nas suas roupas. – Alfonso perguntou entrando no quarto enquanto eu mexia no notebook.

- osso do oficio meu amor. 

- vou jogar fora, me da calafrios. – ele saiu e me deixou vendo as decorações básicas. 

Meu celular tocou e era Anahí, não tinha ninguém melhor do que ela para fazer isso, afinal ela era a única que não morava em apartamento. Eu precisaria de um quintal para fazer minha surpresa. 

Ligação on:

“Any, o que você achou da minha ideia?”

“maravilhosa, uma festa de renovação de votos”.

“você acha que eles vão gostar?”

“vão amar Maite, vai ser lindo”.

“sabe o que eu tava me lembrando?”

“o que? Não manu desce daí.” – ouvi ela gritar com o filho mais velho, isso me fez lembrar que eu talvez estivesse esperando meu primogênito, ainda não tive coragem de contar a Alfonso.

“que quando ligamos na capela onde vocês se casaram, eles disseram que as fotos da cerimônia ainda estavam lá”.

“maravilha, vou ligar lá e ver se consigo buscar”. 

“ótimo, Any posso perguntar uma coisa?”

“claro, fala Mai”

“como você soube que estava grávida”. – eu ouvi uma crise de tosse do outro lado.

“não acreditoooo, eu não vou ser a única mamãe. Amooo”

“Anahí”. – loira exagerada, gritou bem no meu ouvido. 

“compra um teste agora Maite”.

“agora não posso.” – vi Alfonso parado na porta. “tenho que desligar”.

“ele ouviu né?” “fica tranquila, ele vai amar, se cuida”.

Ligação off: 

- então, quando você pretendia me contar dessa suspeita? – é eu acho que ele ouviu.

- não sei, aquele dia você reagiu tão mal, ainda não sei o que pensar.

- Maite, você saiu em missão hoje. Já pensou acontecesse alguma coisa? 

- Alfonso, essa não é a questão. 

- Maite Perroni. – ele se sentou de frente a mim, e segurou meu rosto. – eu te amo, e se você está grávida eu vou amar nosso filho tanto quanto eu te amo. 

- Poncho. – eu, toda durona, chorando. Merda!

- é você ta grávida, está até chorando.

- eu te amo! 

- vem vamos comprar um teste de gravidez pra você. 

Saímos e fomos até uma farmácia comprar o teste rápido, pegamos dois e voltamos. Fui até o banheiro e li a embalagem, resultado imediato. Ok! É agora. Sentei e fiz o xixi no palitinho. Que frase clichê. Coloquei os dois testes na pia de olhos fechados. Eu não queria ver o resultado.

Eu sou policial, vivo correndo perigo e agora teria uma vida dependendo de mim, eu largaria tudo por esse bebê, mas isso definitivamente não estava nos meus planos. Levantei e Alfonso abriu a porta, ele me abraçou e fomos até a pia.

- amor! – eu abri meus olhos. A resposta. – vamos ter um bebê amor! 

Dulce Maria. 

- apenas uma jogada, não quero a mesa. – O que? Uma jogada? Eu acho que vou desmaiar.

- fechado. – Christopher respondeu por mim, eu já disse que vou desmaiar? 

- Christopher é uma péssima ideia. 

- eu confio em você amor, você consegue.

- Christopher por favor, eu vou vomitar de nervoso.

- você consegue Dulce. – ele beijou minha cabeça e eu me sentei. 

     O crupiê embaralhou as cartas e entregou primeiro a mão de Pedro e depois a minha, olhei para as duas cartas que decidiram minha vida e meu coração falhou uma batida. Isso só podia ser um pesadelo. 

- prontos? – o crupiê perguntou e assentimos.

Ele liberou as três primeiras cartas, só podia ser brincadeira comigo. Eu uma viciada em jogos que ganhou e perdeu tantas vezes parecia uma inexperiente. A quarta carta foi posta e minha boca secou. Só mais uma para uma resposta, a quinta carta foi posta. Levantei meu olhar e coloquei todas as fichas na mesa, Pedro levantou a sobrancelha. E sorriu merda!

Ele gargalhou, logo em seguida olhei as cartas na mesa e olhei para ele. Todas com mesmo naipe, isso é raro de acontecer. Tinha muitas opções pra ganhar aquela rodada, e meu sangue parecia que tinha secado. Eu olhei para Christopher que estava atrás de Pedro. 

- eu confio em você amor! 

- flush! – ele virou as cartas na mesa, as jogando com força.

Porra!  

   

𝘑𝘶𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘥𝘪𝘷𝘰́𝘳𝘤𝘪𝘰 ↝ Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora