capítulo 59

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Capitulo 59 

      

      Christopher Uckermann.

Olhando para o sofá e sorrindo, ali tinha nossa certidão de casamento, as alianças que trocamos e uma caneta personalizada com nosso nome que veio no pacote. Dulce me entregou tudo que eu precisava para saber onde ela estava. Vegas! Seu maior vicio? Jogos! Vegas! Onde nos casamos. Claro, então o Paco entregou ela a alguém que provavelmente ela devia? Pode ser, faz bastante sentido.

Decidido eu vou para Vegas quando der os sete dias, comprei minha passagem para manhã do 7 dia, chegaria no fim da noite lá. Como eu ia encontrá-la? Eu teria que esperar e ligar naquele telefone e perguntar por Dulce. 

Finalmente chegou o dia do voo, eu não me sentia bem. O aperto no meu peito só seria cessado quando eu a visse eu tenho certeza disso. Fui cedo pra o aeroporto e tomei um remédio para dormir, afinal eu podia passar a madrugada procurando por ela. 

Quando desembarquei eu a primeira coisa que fiz foi pegar o celular e digitar o número que estava impregnado no meu cérebro de tanto que eu li aquele bilhete. 

Ligação on:

“sétimo dia, agora eu posso passar para Dulce.”

“espera, eu estou em Vegas, onde ela está? É no Lunas?”

“venha até aqui e veja com seus próprios olhos, parceiro.”

“espera, você é o cara que me cobrou ai não foi?”

“sou sim o Christian, pode confiar eu só te cobrei por ser ossos do oficio.”

Ligação off:

Peguei o primeiro táxi, eu ia embora amanhã mesmo se tudo desse certo, peguei uma autorização no banco e eu podia liberar uma boa grana viva. O maior problema era a desvalorização da moeda, em pesos para dólar. Isso poderia me falir.

Cheguei ao Lunas e Christian estava ao lado de fora, meu coração saltou.  Eu a veria, meu deus que saudade! Será que ela estava bem? Comendo? Será que continua sem ter onde dormi? Essas dúvidas me matavam.

- ela está te esperando em outro lugar. - ele se virou e começou a andar, o segui de perto.

Chegamos em uma casa bem pequena e azul, ele se virou e foi embora me deixando na varanda. Foi então que eu bati na porta. 

Dulce Maria 

Hoje faz 7 dias, será que Christopher se tocou das minhas dicas? Ele pode ser muito tapado ás vezes, eu estava no bar do Lunas fazendo drinks desde que cheguei, eu tinha um plano. 

Pedro voltou a jogar e fazer apostas altas, infelizmente eu não tinha nada que chegava perto ou eu poderia tentar na sorte. Meu maior orgulho é que sinto nojo das mesas, eu nunca me imaginei em Vegas e não tenho vontade de jogar. 

Minha única vontade era do meu amor, de beijá-lo de senti-lo comigo. E para isso eu tinha que ser paciente, eu tinha que confiar nele assim como eu pedi para confia em mim. Um relacionamento tudo é reciprocidade e isso que eu faria.

Nesse tempo eu passei a analisar Pedro de perto, Christian o agiota que Christopher pagou agora era meu amigo, estranho não? Também achei, mas ele me deu total apoio, ele trabalhava para um grande rival de Pedro, e disse que o chefe dele me deu apoio para a queda do homem.

Agora eu tinha onde dormir, eu ficava no antigo quarto do gerente já que Paco ainda não voltou da Cidade do México, ele estava me preocupando. Eu não podia entrar em contato com ninguém, meu celular estava retido. Quem respondia por mim era um dos homens de Pedro. 

Christian estava tentando meu ajudar a entrar na antiga casa de Pablo, onde ele me deixou morando anos atrás. Parece que ainda está vazia e com móveis, lá é um ótimo lugar para pensar.

Eu precisava muito ver uma estratégia para me livrar de Pedro, Christian me deu a ideia de jogar e aposta, minha divida pelo cassino. Acontece que eu não tenho essa grana, acho que nem mesmo Christopher tem quase 200 mil dólares. 

Eu não sei mais o que fazer. Uma semana sem meu amor e eu estou me sentindo triste e abatida, não consigo nem sentir o cheiro de comida, eu me forçava a comer algumas coisas, nada como um prato cheio de comida, mas o suficiente para me manter bem.

Christian conseguiu as chaves da casa de Pablo, e me avisou que Christopher estava em Vegas. O que? Fui correndo para lá, não queria que Pedro o visse. Tomei um banho rápido e vesti uma das minhas roupas que ainda se encontravam lá. 

- seu estúpido, imbecil. – eu disse assim que abri a porta e dei de cara com Christopher. 

- ai Dulce para. – eu comecei a bater em seu peito. – Dulce, amor para com isso. 

- você é um idiota, eu faço tudo pra te proteger e você vem atrás de mim. Vai embora...

Ele não me deixou terminar, grudou seus lábios nos meus ao mesmo tempo em que lágrimas caiam de nossos olhos, eu não aguentaria viver sem ele. Entramos ainda aos beijos dentro da pequena casa azul.

- não foge de mim nunca mais. – ele pediu em um sussurro, próxima a minha boca.

- eu precisava. – falei o sentindo secar minhas lágrimas.

- sou seu marido, resolvemos as coisas juntos. Eu vim aqui para saber exatamente o que está acontecendo, e não vou embora sem você. 

- eu não me perdoaria se algo te acontecesse.

- não vai acontecer nada comigo e muito menos com você. Vamos ficar juntos. – ele me abraçou e eu me permiti chorar um pouco mais.

Após muitas lágrimas, palavras de amor, beijos e cafuné. Contei a Christopher toda a história de Pablo, Pedro, da casa, dos tiros, da dívida. O valor fez Christopher engasgar, não tínhamos todo esse dinheiro para pagar como Pedro queria. Seria necessário empréstimos em bancos internacionais, isso levaria muito tempo.

Christopher ouviu tudo e demonstrou seu apoio, contei a ele minha ideia de jogar e ganhar. Ele não gostou muito, mas tínhamos que pensar me algo. Eu não queria ficar nem mais um dia nessa cidade dos infernos, ainda mais com Christopher aqui correndo perigo, nem pensar. Eu tenho que fazer alguma coisa.

- posso saber por que o Christian está te ajudando? – ele perguntou com a cara fechada.

- amor, ele me cobrava, pois é seu trabalho. Mas o chefe dele é inimigo de Pedro, e quando soube que eu estava de volta ele foi mandando para colher informações, principalmente que um grande chefe voltou a jogar. 

- eu não estou gostando nada dessa história toda.

- nem eu meu amor, nem eu.

Tivemos uma noite até que calma, mas o dia chegaria e teríamos que enfrentar as coisas eu iria trabalhar e morreria por Christopher aqui, mandei uma mensagem para Christian ele me disse que ficaria de olho na casa, e que provavelmente Pedro não se ligasse para ela. Já que não liga pra mais nada que pertencia o filho.

𝘑𝘶𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘥𝘪𝘷𝘰́𝘳𝘤𝘪𝘰 ↝ Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora