capítulo 20

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Capítulo 20

Christopher Uckermann

O resto da noite foi calmo eu consegui dormir pelas próximas duas horas, Dulce ainda estava largada na cama e eu deixei ela não tinha nenhum compromisso hoje, às 8h30min eu ligaria para acorda-la. Eu estava sentado tomando uma xícara de café para  espantar a preguiça quando fui bater o dedo e não ouve som.

Eu estava sem aliança, tinha me esquecido. Soltei um suspiro e senti meu peito se apertar, ontem eu tinha entregado o anel para Carla. Eu realmente não sei aonde ela queria chegar com tudo.

A conversa ontem eu realmente reparei que ela andava fazendo as coisas de propósito, para Dulce sair como errada e vila sendo que a mesma nunca tinha feito nada. Ela só ia na pilha mas Carla era a provocadora de tudo.

Ontem eu cansei de vitimização dela, cansei dela me culpar pela Dulce estar "dentro" da nossa relação. Sendo que era ela que provocava, alfinetada, humilhava, ela que ficava batendo na mesma tecla toda hora a que Dulce era culpada pela nosso distanciamento. Acontece que Carla que foi ela quem fez isso.

Dulce não atrapalhava em nada hospedada aqui em casa, me ajuda inclusiva enquanto Berta a empregada estava de férias. Coisas a casa jamais faria como se importar em arrumar a gola da minha camisa, ou ver se tem roupa passada no guarda-roupa. Até mesmo o sentar e perguntar o motivo da minha carranca, ela nunca fez. 

Talvez meu relacionamento não fosse nada demais e não fosse tão recíproco como eu acreditava, acho que o amor que eu tinha por ela não era o mesmo que ela tinha por mim. Nesses últimos dias eu me sentia um troféu, pra ver quem subiria ao pódio Dulce ou Carla? 

Ela fez de uma competição que se ver os pontas ela mesma perdia de lavada. Se ela quisesse poderia até ter sido amiga de Dulce, se lá no começo fosse gentil e receptiva, mas não. Ela preferia dificultar a convivência e ainda me culpar por isso.

Se eu sou culpado de algo foi de ser molenga no começo e aceitado o jeito de Carla tratar Dulce não era hostilidade por ciúmes ou falta de empatia era implicância tudo para sair por cima. Mas ontem foi o basta, eu não queria me ela me beijasse e a notícia do tiro de Maite fez meu coração apertar.

Mai era minha melhor amiga depois que Anahí se afastou gradativamente após seu casamento, então a morena ficou comigo me apoiava e era parceira, e Carla nunca se importou com Maite ela era tão especial pra mim e para minha própria noiva era indiferente tanto que quase não saímos juntos, Carla dizia que Maite era grossa. Mas e daí ela era minha amiga! 

Ela tentou ir conosco e eu joguei na cara dela que a mesma nunca fez questão de se preocupar e muito menos de ir no hospital comigo nas outras vezes a morena foi baleada. Eu a dispensei mandei pra casa e entreguei o meu anel pra ela.

Agora eu estava aqui me atrasando olhando a marca da aliança, isso não me levaria a lugar algum, eu ganharia mais trabalhando. Coloquei a xícara na pia e sai, Dulce ainda dormia. Por hora eu não me preocuparia com ela.

Ontem finalmente tomei coragem para beija-la eu precisava queria sentir, saber como era, até mesmo comparar como era antes e agora. Foi intenso se ela topasse acho que teria transando com ela, eu grudei ela na porta no carro me senti adolescentes outra vez naquela pegação intensa.

Combinamos de ir devagar e tudo bem. Aliás ótimo não tinha nem 24h do meu término eu não queria entrar em outra história complicada, deixar rolar combinaria, além disso Dulce é solteira bonita e gente boa pra caramba em breve ela teria um namorado, pode ser o senhor perfeição Klebber do hotel, ou Paco de Vegas, ou qualquer outro homem que a tratasse bem.

Eu admito que me incomodava em vê-la com outro, mas enquanto eu iria me iludir que fazendo-me acreditar que apenas queria seu bem-estar, cheguei ao consultório ainda pensando nisso tudo. E refletindo pensei que ser solteiro a essa altura do campeonato seria bom, afinal eu namoro a tanto tempo. 

Seria divertido voltar a flertar e tudo se eu ainda tive saco pra isso, e amigos solteiros porque pelo visto Poncho tá de quatro pela dona Maite. Falando nele deixei uma mensagem perguntando se ele queria alguma coisa, ele me garantiu que estava bem e que tinha ido em casa tomar banho e comer. 

Sentei na minha faltavam 20 min para 7:30 que era minha primeira consulta com uma criança, meu celular começou a tocar e o nome de Carla apareceu na tela, desliguei e quando reparei tinha quase 1200 mensagem dela. Meu deus! Quem dera ela fosse tão atenciosa, simpática e compreensiva. Ela só estava sendo porque lhe convinha.

Dulce Maria. 

Eu senti Christopher sair da cama era cedo, mas eu estava com tanto sono e a cama parecia tão confortável que eu resolvi ficar no embrulho dos lençóis, acordei com um pulo eram quase 9h da manhã com meu celular tocando, corri pensando que pudesse ser algo com Maite. 

Ligação on: 

"Alô" - minha voz era rouca.

"Dul, ainda dormindo?" – era Christopher, e ele falou risonho do outro lado. – "vida boa"

"Você me assustou, achei que fosse algo com a Mão" – falei me sentando na ponta da cama.

"Eu te liguei para acordar e avisar que ela também acordou e já pode receber visita" – soltei um suspiro de alívio. "E não esquece de ligar para a pousada e o hotel sobre a vaga de emprego." – ainda bem que ele me lembrou eu já tinha esquecido. “e não esquece que vamos no psicólogo hoje e depois um jantar”. 

"Confirmado senhor Uckermann" – ele riu do outro lado. "Nós encontramos no seu consultório?"

"Claro você aproveita e conhece o lugar." 

"Ok. Tenha um bom dia Chris"

Ligação off: 

Levantei e fui tomar um banho contente Maite estava bem, me arrumei e sai de casa de quase 10h, peguei um Uber até o hospital e na recepção me deram o crachá de visitante, fui andando no corredor e encontrei Poncho voltando com um saco de lanche, na certa Maite não queria comer a papinha que serviriam aqui. 

– oi dul. – ele estava sorridente devem ter se acertado.

– oi, e ela tá bem? 

– terrível já. Vamos lá ela vai adorar te ver. 

Conforme íamos nos aproximando do quarto vozes alteradas surgiram parecia que Maite estava brigando com outra mulher. Uma enfermeira será? Poncho franziu o cenho e depois ficou com uma carranca, eu reconheci a voz era anahi. Maite estava hospitalizada, qual era o problema delas? 

Abri a porta assustando as duas. 

– aqui é um hospital né. – elas se calaram anahi nem se virou para me dar oi. 

– isso ainda não acabou Maite. – ela foi saindo e deu um encontrão em Alfonso. – você consegue estragar tudo que tem de bom na minha vida. Babaca. 

Ela foi embora furiosa e eu boiando, Maite estava com o rosto vermelho e Alfonso desconfortável. O que merda tinha rolado entre esses três?  

𝘑𝘶𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘥𝘪𝘷𝘰́𝘳𝘤𝘪𝘰 ↝ Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora