Capitulo 11.
Christopher Uckermann.
Hoje o dia todo estava corrido, me ausentei por pouco mais de dez dias e tinha o dobro de pacientes essa semana. Eu costumo atender a pessoa durante 1 hora, depois ter meia hora de descanso para enfim o próximo entrar. Só que essa semana não daria, teria que ser um seguido do outro infelizmente, espero que meu cérebro não trave. As pessoas tendem a ter atenção por até 50 min. Depois disso costumamos nos distrair com o mínimo, e eu rezava para me manter focado mesmo que isso gere uma dor de cabeça mais tarde.
Falando em dor de cabeça a questão da Dulce me preocupa como qualquer vício o jogo é um grande mal, é necessário um tratamento intenso como se a pessoa fosse usuária de drogas, e o afastamento definitivo era a melhor solução, além claro da aceitação e do apoio familiar.
Família. Eu sou a única família daquela mulher, eu pensei de verdade em deixá-la se danar em Vegas, mas não deu, o que Maite me disse me tocou de verdade. No fundo eu era um medroso de marca maior, eu tinha medo da reação de Carla, de como trazê-la iria afetar minha vida, e porra ela passou minha roupa para o trabalho como uma esposa preocupada com o marido.
Ainda bem que hoje ela encontraria um apartamento, eu preciso dar uma afastada da Dulce, morar com ela não é fácil. Ontem foi um bom dia ela se abriu, dava pra ver que estava nervosa, ansiosa, apreensiva e com alguns tiques nervosos ela praticamente não tinha unhas e seu braço estava arroxeado mostrando que ela andava se beliscando. Ela pensa que eu não vi, eu sou psicólogo é claro que eu vejo.
Dulce iria ao médico, eu precisava garantir que ela estava bem e não era só por sua saúde em morar sozinha era apenas uma maneira de aliviar minha consciência, eu sabia que não era hora dela morar sozinha, Dulce estava com o psicológico abalado. Tinha medo de ela cometer uma loucura, porém eu sabia que se a minha esposa permanecesse no meu apartamento minha noiva me mataria.
Caralho! Isso é muito louco, eu tenho uma esposa doente precisando de apoio, uma noiva que quer ajuda nos preparativos do casamento, eu precisava resolver uma das situações ou eu acabaria surtado. Graças a Deus Carla não viu o saldo da minha conta bancária, deve estar faltando uns bons dólares, e era o dinheiro do nosso casamento.
Eu estava almoçando e olhando uma ficha distraído quando a própria entrou sorridente na minha sala, eu a amava, amava de verdade. Ela era incrível, uma mulher sincera, amorosa, educada, trabalhadora, e me amava. Nosso amor era simples sem muitas complicações. Eu amava ver o sorriso dela, o sexo era maravilhoso, ela seria uma ótima mãe, nos entendíamos em praticamente tudo. Era incrível.
- Amor, você não vai acreditar no que eu acabei de ver. – ela falou tão animada que foi impossível não sorrir.
- eu nem imagino. – me levantei esquecendo meu almoço, ela era mais importante. – mas eu vejo uma mulher linda e feliz na minha frente.
Ela sorriu boba, meu deus ela era especial de verdade, eu podia ver em seus olhos o carinho, o amor, a devoção era tudo tão recíproco que não parecia real.
- larga de ser bobo amor. – ela me deu um selinho enquanto eu a pegava pela cintura. – eu vi uma casa linda, que vai ser incrível para morarmos e criarmos nossos filhos. – podia ser mais perfeita, ela tinha os mesmos objetivos que eu.
- sério e onde fica essa casa incrível que te deixou deslumbrada? – eu me sentei e a coloquei no meu colo, eu nunca entenderia isso, eu precisava tocá-la.
- em um bairro familiar, a umas três quadras da casa dos meus pais. Você precisava ver e esta a venda. – ela me mostrou o folheto com as fotos da casa. UAU. Era incrível um pouco maior do que o necessário, mas eu compraria pra ela. – eu olhei e infelizmente como já tenho dois imóveis eu precisaria de uma linha de credito maior para o financiamento. – ela falou passando os lábios no meu, porém eu travei. Porra. A merda ia chegar logo agora. – pensei que talvez você pudesse financiar em seu nome, amor. – ela me beijou, merda como eu contaria pra ela.
Ela me beijava de maneira ardente e eu resolvi deixar de lado, depois eu contava. Aproveitei a pausa para um bom sexo na mesa do escritório, como sempre o encaixe parecia perfeito, na medida. Foi incrível ela estava sobre mim após ter cavalgado até nosso êxtase, esperando eu dizer sim para a casa.
- amor eu amaria, mas essa casa é grande e acho que minha de crédito também não vai dar. – falei fazendo carinho em suas costas.
- clara que dá você só tem um imóvel, seu apartamento já pago. Então você tem uma ótima linha com o banco. – ela levantou a cabeça pra mim e eu sorri amarelo. – tem algo que eu deva saber?
- então, é o seguinte a Dulce precisava de um lugar para morar, e eu entrei em contato com o banco e ela não tem nada que assegure o pagamento, então eles não cederiam o financiamento. E como você queria que ela saísse do meu apartamento eu fiz em meu nome. – falei calmo na esperança dela entender, mas não a cara dela se fechou. Carla brava era o cão.
- como é? Não podia ser no nome da Maite, do Poncho, da Anahí até do Papa eu aceitava. – ela se levantou nos desconectando e ignorando nossos fluídos escorrendo por sua perna se vestindo rapidamente. – você disse que essa mulherzinha não atrapalharia nossa vida olha aí, era minha casa dos sonhos. E eu não vou ter porque ela precisa de uma casa não a Carla. – ela falava brava se arrumando.
- amor, não é isso. Eu sou o marido dela. – falei como se fosse obviu.
- até quando isso vai ser desculpa pra você fazer de tudo por ela? – ela jogou a pergunta na minha cara e saiu do escritório. Merda.
Eu não fazia de tudo pela Dulce. Fazia? Eu nem saberia responder isso, pra mim estava apenas ajudando, afinal eu sou o marido dela, a mulher não tem ninguém só a mim. E as coisas não se resolveriam do dia para noite, levaria no mínimo um ano. Carla era a falta de empatia em pessoa quando queria, mas eu sabia que isso era ciúme.
Agora vê se tem cabimento sentir ciúmes de mim com a Dulce. Temos-nos um passado, um passado delicioso, não que eu seja um tarado, mas a Dulce era um delícia aos vinte anos, não negava um fogo. Não que agora ela seja menos gostosa, só magra demais. E claro que não voltaríamos a ter nada, o que aconteceu no campus fica no campus, e no vestiário da faculdade, na casa dos meus pais, na sala de aula, na quadra, embaixo da arquibancada. Digamos que aproveitamos muito, sempre que tínhamos uma oportunidade ela me provocava e acontecia.
Depois que ela sumiu passei alguns meses tristes, eu gostava dela de verdade eu me via namorando ela. Quando a data de anulação desse bendito casamento me aconteceu a esperei, ela não apareceu e uma esperança se acendeu em mim. Talvez ela quisesse continuar casada comigo, agora eu entendo. Eu fui péssimo deveria ter isso atrás dela, mas como eu disse sou a merda de um medroso.
Eu ainda estava nu quando vi meu celular tocando. Era Maite. Epa! Será que aconteceu alguma coisa? Vesti minha cueca e a camisa correndo e atendi.
Ligação on:
“olá Mai, que foi?”
“Ucker, a Dul já escolheu o apê” – a voz dela parecia receosa. Não gostei.
“foi a kitnet? Eu achei a cara dela”. – isso era verdade era delicado como ela.
“na verdade não”. – uma onde decepção me bateu. Ela queria ficar longe de mim?
“qual foi?”
“o que tem o prédio mais antigo, ela disse que foi o favorito dela.” – nem fodendo esse apartamento ficava a mais de 5KM, longe demais
“nem pensar Maite pode tirar essa ideia da cabeça dela. Agora”
“eu não, tente você. Por que colocou um lugar tão afastado?”
“eu queria abrir um leque grande pra ela.”
“conta outra” – ta eu tinha posto como um teste eu jurava de pé junto que ela querer ficar o mais perto possível.
“faça-a desistir disso.”
“boa sorte bonitão.”
Ligação off:
Ela desligou? Como assim? Merda isso não daria certo, mandei uma mensagem desmarcando a consulta de Dulce com o psicólogo, à noite teríamos uma longa conversa. Jamais que eu permitiria que ela ficasse longe, o que ela tinha na cabeça? Talvez eu realmente pense demais em Dulce Maria.
Primeiro beijo vondy em breve
Aguardem
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𝘑𝘶𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘥𝘪𝘷𝘰́𝘳𝘤𝘪𝘰 ↝ Livro 1
RomanceTudo que Christopher mais queria era ter uma família e sua namorada a mais de 5 anos Carla era a candidata a esposa perfeita, após anos ele a pediu em casamento e queria fazer tudo o mais rápido possível. Ele um psicólogo de 33 anos, literalmente lo...