capítulo 39

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Capitulo 39

Dulce Maria

Bolhas! Bolhas! Eu tinha bolhas em todo meu pé graças a essa merda de salto alto que eu fui obrigada a comprar para servir nessa merda de evento, eu andava como uma barata tonta. Os hospedes estavam muito enjoados hoje, puta merda. 

“meu drink precisa de outra azeitona”

“senhora, pode dizer que esse camarão esta mal frito.”

“pode pedir para alguém subir e ver com a babá se meu filho está bem?” 

“eu preciso ir até o bar para pedir outra dose de uísque ou você mesmo me serve?”

 Porra! Esse povo achava que éramos escravos, até para pegar guardanapos fui chamada, e ainda passei a noite escondida da dona Dominique a mãe de Klebber. A maluca do outro dia, ela estava andando pela festa como se fosse seu aniversário, mas era apenas a comemoração do hotel mesmo, a cada 1000 hospedes eles davam uma festa. 

Christopher sairia amanhã cedo, ele queria tomar um café da manhã com pai e voltaria apenas a noite, eu ficaria sozinha. Olhei meu relógio de pulso e por um momento queria que fosse o do meu pai, mas esse infelizmente foi perdido para meu vício, meu estômago se revirou ao lembrar-me disso.

Ainda era 23h47min, quis chorar. Estava tudo tranquilo, meu relógio que era um digital notificava quando alguém queria alguma coisa, aproveitei essa brecha e fui até o banheiro. Lá peguei o celular do cós da calça e marquei com Anahí e Maite para sábado arrumarmos meu novo apartamento, eu estava emocionada de ter uma casa minha. 

Apesar de não querer me mudar, mas Christopher ainda não falou nada sobre isso, ele pegaria a chave hoje pela tarde. Eu criei uma transmissão pelo Whatsapp e mandei para as duas marcando de nos encontrarmos. Estava me virando para sair quando a porta foi aberta e a amável mãe de Klebber entrou.

- deveria estar trabalhando Dulce. – ela foi incrivelmente doce ao falar.

- eu vou senhora, só precisei usar o banheiro. – me desvencilhei dela com o intuito de sair. 

- o que você fez para meu filho te adorar tanto? Ele fala tanto de você. – essa não! Por favor, não. 

- eu não fiz nada, apenas o trato bem. – eu ia sair, porém melhor falar. – eu sei que a senhora é mãe dele, mas gostaria que tirasse essa ideia da cabeça dele.

- sobre você? – assenti. – bem que eu gostaria, mas todas as mulheres que eu apresento ele esnoba, só pensa em você. 

- sou casada. – falei com minha voz bem mais fina em indignação e a mãe dele travou. – meu marido já o acha muito intimo, se souber disse vai pirar. 

- meu deus! Casada? Meu filho está louco. – ela se virou para mim com uma cara compadecida. – vou conversar com ele Dulce, peço que se afaste de Klebber. Ele é muito carente desde que foi abandonado pela noiva. 

- eu sinto muito pelo fracasso do relacionamento dele, mas eu não tenho nada a ver com a história. E como já disse meu marido não gosta nada disso, e eu não quero deixar esse emprego eu prefiro que ele seja profissional. 

- querida, vou fazer o possível. – ela me pegou pelos ombros. – se ele tentar alguma coisa o denuncie por assédio Dulce.

- tentar alguma coisa? 

- ele disse que iria te beijar hoje. – senti meu ar faltar. Há tempos eu ficaria maravilhada com a ideia de beijar alguém como Klebber. – vou tentar tirá-lo daqui, mas querida preciso que converse com ele.

𝘑𝘶𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘥𝘪𝘷𝘰́𝘳𝘤𝘪𝘰 ↝ Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora