12 - Passeio.

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Dois meses depois.

Tinha acabado de chegar da casa da minha mãe.

Fui levar o dinheiro dela e acabei recebendo uma festinha surpresa, dela e da Sofi.

Era meu aniversário, e minha mãe nunca deixava passar em branco, mesmo agora, eu morando longe.

Graças a Deus, Roger não estava lá. Deveria estar em algum bar enchendo a cara.

Apesar do medo dele chegar bêbado e bater em minha mãe ser grande, eu estava gostando de ter esse tempo com elas e principalmente, longe dele.

Eu queria ficar mais tempo, mais tinha combinado de sair com as meninas para comemorar.

Quando cheguei na boate as meninas me receberam cantando parabéns, com direto a bolo, brigadeiro, chapeuzinhos e até presentes. Mesmo eu falando que não precisava de nada disso.

Agradeci a elas a surpresa, e depois de ficarmos de barriga cheia tomei um rápido banho e seguimos para o shopping.

Tinha acabado de lançar um filme que a gente queria assistir muito, então aproveitamos essa oportunidade.

Eram 19 horas quando entramos em nossa sessão, o filme era uma comédia romântica bem clichê eu estava correndo de romances mais estava doida pra ver esse filme.

Foram quase duas horas de filme, risadas e muita pipoca.

Depois de sair do cinema, fizemos uma parada básica no McDonald's pra comprar sorvete e as 22 horas voltamos para casa.

Assim que descemos do ônibus caminhamos durante uns 5 minutos até a boate entre conversas e risadas.

Mas ao chegar em frente, meu sorriso some e logo fico de mal humor.

Em frente a boate vi o mesmo carro que a meses atrás me deu uma carona.

O carro dele.

Eu não acredito que depois de tudo ele teve a coragem de vir aqui.

As meninas e eu estavamos andando devagar, mais quando vi a porta de trás do carro se abrir, apressei o passo e caminhei até a lateral da boate.

-Ei Mila, calma aí! - escuro a voz das meninas.

Ao chegar em frente a porta tento abrir mas ela está trancada. Abro minha bolsa e tento procurar a chave.

-Cadê essa porcaria? - resmungo comigo mesma revirando minha bolsa.

O local estava escuro então isso dificultava as coisas.

-A gente pode conversar? - sua voz entra por meus ouvidos e eu chego a estremecer, mas eu nem faço questão de me virar.

-Vai embora daqui! - continuo tentando procurar a chave sem sucesso.

-Karla, me escuta. - ele insiste.

-Estou fora da boate e sem a porcaria daquela peruca então... - me viro ficando de frente pra ele - É Camila.

-Tudo bem, Camila. - ele se corrige - A gente pode conversar?

-Não. - me viro e volto a mexer em minha bolsa.

-Para de ser infantil e me escuta garota!?

-Infantil é... - antes de completar Dinah me interrompe.

-Algum problema aqui Mila? Precisamos usar a força bruta? - as três param ao meu lado com os braços cruzados e encaram o homem a nossa frente.

-O que você quer bonitão? - Mani pergunta.

Dama Da Noite [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora