8 - Dancing - parte 1.

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Acordo no dia seguinte e os raios do sol já entram pela janela e batem em meu rosto.

Estranhei já que meu quarto eu ficava longe da janela. Mais ao abrir os olhos vejo onde estou e me lembro do que aconteceu.

Ontem depois de atender 3 clientes me apareceu aquele careca barrigudo, e que justamente seria meu último cliente da noite.

Ele chegou em mim todo simpático e sorridente mais ao fechar a porta do quarto ele mudou completamente.

Ele queria me obrigar a fazer coisas que não fazia, como beija-lo. Ele me perguntou o que mais eu não fazia e eu disse que era anal.

Ele riu da minha cara e disse.

-Eu paguei e vou ter o que eu quero! - ele apontava o dedo em minha cara -  Mesmo que eu tenha que conseguir a força e te deixar toda marcada. Eu vou me divertir com você sua puta! E acho bom você me obedecer.

Eu me desesperei. No tempo que estou aqui na boate, quando falava com os clientes eles achavam estranho mais acabavam aceitando meus termos.

Mais ele não. Ele era insistente e muito violento.

Recebi alguns tapas no rosto e dois chutes quando estava no chão.

Até que ele, chegou para me salvar. O moço do sorriso bonito.

Era assim que me referia a ele, já que não sabia seu nome. Aqui a gente não sabia e nem poderia saber o nome dos clientes, para manter suas identidades reservadas. Essa era uma das regras que fiquei sabendo depois.

Eu ainda estava chateada pela maneira que ele me tratou no outro dia, mas eu não podia e nem deveria exigir nada dele.

Afinal aqui somos apensa uma prostituta e seu cliente.

Saio da sala da Selena depois de ouvir ela falar um monte pra mim, dizendo que estava errada entre alguns aspectos mais também, condenando aquele cara. Ela iria proibir sua presença aqui na boate pra sempre. E eu agradeci por isso. Não era pra menos né. E também pela minha segurança e das meninas.

Eu estava prestes a ir para o dormitório, já tinha terminado meu expediente, só queria tomar um banho e dormir. Eu estava esgotada e toda machucada.

Eu só queria descansar.

Mas antes de entrar no corredor dos quartos, eu me arrepiei com seu toque.

Ele me chamou e pediu para acompanhá-lo. Eu estava com medo, pânico de ser maltratada novamente mas, era ele que estava me pedindo.

E eu como a otária que sou. Fui.

Mais posso falar uma coisa?

Não me arrependi. Ele foi extremamente fofo comigo como a muitos meses nenhum cara era.

Quando comecei a retirar minhas roupas para acabar logo com aquilo que pensava que ele queria, ele me impediu e disse pra mim somente descansar.

Quando deitei na cama, estava de olhos fechados quase pegando no sono, quando ele começa a falar.

Ele estava se desculpando por ter sido rude comigo, ele somente não sabia o que estava acontecendo.

Mais de um certo ponto eu entendo. Eu algumas vezes me odiava por toda noite procurar seu sorriso na boate e logo ter uma decepção por não encontrar.

Depois de escutar cada palavra que ele disse, senti seu toque carinhoso em meu rosto, peguei no sono.

Aquela noite, dormi e descansei como a muito tempo não fazia.

Dama Da Noite [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora