(35) Isto não é nada clifford.

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Querida Mandy, 17 de Março de 2007

Tenho me sentido bastante mal, não é nada físico ou psicológico. Simplesmente sinto-me sozinho... Não é que não tenha amigos, o que até tenho bastantes.

Sabes, tenho-me encontrado bastante a pensar em ti. Ás vezes na escola vejo raparigas loiras e apresso-me a elevar a cabeça, ver se és tu mas rapidamente me lembro que tu estás ai do outro lado do oceano na Califórnia.

Pode parecer-te repentino mas também não te vou mentir, tenho tentado parar de pensar em ti mas poucos minutos depois vejo o impossível nessa ação, voltando tu outra vez aos recantos da minha mente. É que vês com esta idade o meu pai diz que é normal começar a sentir sentimentos.

Sendo está a minha primeira vez, não sei muito bem o que é que ele quer dizer com 'sentimentos' e tu sabes?

Eu sei que provavelmente deves sentir mas não por mim, Afinal quem sou eu? Só papel.

Do teu sentimentalista e frustado,

M.

Acho que hoje estou bem, simplesmente não me posso queixar muito a nossa relação têm estado de vento em poupa desde da nossa ultima discução. Não é que eu não confie nela ma tenho a sensação que neste ultimo mês e têm andado a esconder algo.

Quando fala comigo os seus olhos já não se fixam nos meus, sempre que entro num quarto e ela está a falar com um dos rapazes os dois calam-se, teêm andado muito apegada ao telemóvel e essa é uma das razões porque é que quase nunca me olha na cara e pelo mais a sua maneira de vestir têm andado desleixada, isso não me interessa muito mas tenho a certesa que têem alguma coisa a ver com isto tudo.

- Michal estás bem? - a voz do Luke fez-se ouvir interrompendo os meus pensamentos, enquanto sentia o sof á a afundar-se ao meu lado.

- Diz-me tu. - bufei, matendo os olhos no horizonte observando o sol a ser tapado pelas nuvens.

O Luke suspirou, descendo numa posição mais descontraida no sofá e ficando a observar atentamente a paisagem que se via da varanda, onde nos encontravamos os dois.

- Não me venhas com isso outra vez Michael. - soltou ele frustado

- Pensava que já confiavas na Amanda e ainda por mais em nós e tu sabes que não era capaz de...

- Eu sei. - suspirei, passando as mãos pelos meus cabelos vermelhos.

- Mas confiar é uma palavra muito fraca quando se toca a alguém como ela.

Observei-a por uns momentos pela enorme janela da cozinha a falar com o Ashton e o Calum, enquanto os três tentavam cozinhar alguma coisa que acabou com os dois á luta e um deles a protege-la com uma frigideira. Fazendo-me a mim e ao Luke soltar uma gargalhada em unissono.

- Sim, ela é demais e bastante...- o loiro comentou, mordendo o lábio.

- NÃO TE ATREVAS LUCAS! - gritei-lhe na cara, fazendo-o encolher-se.

- Sexy. - afirmou rápido concluindo a sua frase.

Rapidamente acenei com a cabeça e dei-lhe uma cotovelada. A Amanda era tudo o que eu precisava.

Tinha personalidade, sarcasmo, um sorriso lindo, um humor estranho, uns seios robustos e o mais importante de tudo o seu cabelo rosa.

Tinha uma maneira cosmicamente improvável de me fazer bater mal e bem por ela, fazia-me odia-la por me fazer ama-la tanto. Enfim coisas de adolescente.

DEAR AMANDA, • mgc (EM EDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora