Capitulo 4

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                                       Taylo Rick:

Eu sempre fui um cara nem aí pra vida, minha vida estava uma bagunça, meu pai cancelou meus cartões de crédito e eu estou completamente na merda e sem um centavo no bolso. Depois de muito conversar, o meu pai disse que só iria me da dinheiro se finalmente entrasse na universidade Roll. Sei o que você deve está pensando, como alguém como eu irá conseguir entrar numa universidade como essa, que exige as melhores notas e um aluno exemplar, coisa que nunca fui na vida. Então, lá vai o meu segredo: DINHEIRO, meu pai é sócio do lugar e investe uma boa quantia todos os anos, então basta estralar os dedos que meu nome entra na lista na mesma hora. Infelizmente tive que concorda, meu pai me mandou escolher o curso que eu quisesse e eu escolhi cinema, tudo bem que não é minha paixão, mas eu queria irritar meu pai, ele esperava que fosse escolher algo como medicina ou direito e obviamente eu escolhi um curso no qual ele detesta. Esse sou eu, sei que vocês devem achar que sou menino mimado e talvez eu seja, me tornei assim depois que minha mãe morreu, ela era tudo pra mim e me deixou. Depois disso, eu me tornei essa pessoa, fria e mulherengo, a vida nas noitadas é um refugio atrativo pra mim, o que é perfeito pra fugir da realidade. Mas, como tudo na vida é difícil, tive que aceitar entrar nessa universidade ou não iria ver a cor do dinheiro nem tão cedo, o que acarretaria na minha não vida de putaria, e isso seria péssimo. Tá legal, eu sei o que deve estar pensando "entrar na melhor universidade da região e ser sustentando pelo pai, não é uma vida dificil" ok, até concordo, mas não me julguem. Esse sou eu.
Se não bastasse tudo isso, terei que ficar no apartamento da faculdade, isso mesmo você ouviu. Segundo meu pai, preciso aprender a me virar sozinho e a ter responsabilidades. Ridículo. Tudo isso mim é ridículo. Pra quem tem milhões no bolso o que é tirar uma pequena quantia e da pro seu único filho?

-cara, olha isso- um dos meus amigos fala me tirando dos meus pensamentos. Ele aponta para uma garota que sai do bloco em frente ao meu. Ela desde as escadas com elegância e com delicadeza, seus olhos se encontram com o meu, ela é gostosa pra caralho e linda, seus cabelos são loiros e longos e seus olhos verdes claro, ela é magra e ao mesmo tempo carnuda, seu corpo tem uma definição perfeita e ela é extremamente sexy, mas nem deve se dar conta disso.

-boa tarde, gata- meu amigo, Felipe diz, tentando cantá-la de um jeito patético, o que faz a garota encara-lo e revirar os olhos em seguida.

-olá- ela diz nem um pouco simpática e continua a andar, nos dando o total privilégio da visão da sua bunda.

-caralho, se todas as garotas daqui for nesse estilo, até que essa universidade não é tão ruim assim. - Diz meu outro amigo, Ricardo.

-concordo plenamente - digo enquanto Ainda observo aquela garota se afastando, raramente me impressiono com beleza, mas essa, é de tirar o fôlego.

-vamos lá, conhecer nosso novo ape - diz o Felipe e eu apenas concordo. Ficamos com o bloco E, quarto 4, no primeiro andar. Subimos de elevador com as malas nas mãos. Coloco a chave na porta e abro na mesma hora. Assim que aberta, entramos e começamos a avaliar a casa, ela é completamente horrível, a decoração é péssima e pra baixo, como se um defunto morasse aqui. Vamos ter que dividir o mesmo quarto, o que será péssimo, pois se quiser trepar com uma garota, tenho que ter certeza que nenhum dos dois vai estar no quarto. Patético isso, terei zero de privacidade. O banheiro é minúsculo, e arrisco a dizer que se eu fosse um pouco maior, não conseguiria passar pela porta. A cozinha é simples com quase nenhum eletrodoméstico e os que têm são horríveis e antiquados. Acho que todos os prédios deve ter a decoração padrão, Patético.

-nossa cara, eu sabia que ia ser horrível, mas me surpreendi - o Felipe diz se sentando no sofá empoeirado.

-cara, esse lugar tá pessimo- agora é a vez do Ricardo reclamar.

-vamos ter que limpar isso- digo e todos riem, ate mesmo eu. Nunca peguei em uma vassoura na vida, o que chega a ser engraçado.

-chama alguém pra limpar isso- o Ricardo diz entediado.

-um minuto- ligo pro meu pai e ele atende no segundo toque.

-oi filho, eai? Gostou da casa?- ele pergunta com uma voz irônica, com certeza ele já sabia da precariedade do lugar.

-não, nem um pouco. Preciso que mande alguém vim limpar, tem poeira por todo o lugar - digo e ele da uma risada do outro lado da linha.

-filho, está na hora de se virar. Limpe tudo com seus amigos, não irei pagar empregada nenhuma pra limpar isso, já está na hora de crescer - ele diz e desliga o celular na minha cara. Que ódio.

-eai cara? Quando a pessoa vem? - o Ricardo pergunta e eu o encaro irritado.

-não vem, meu pai não quer pagar, disse que tenho que me virar- digo irritado. Porque diabos ele acha que me fazer limpar uma casa irá me fazer "crescer"? Isso é ridículo.

-que merda, temos que limpar então, isso tá um nojo - o Felipe diz, olhando pra todos os lados.

-vai comprar alguns matérias de limpeza, enquanto nos tentamos da uma organizada aqui - digo nada entusiasmado. Ele reclama um pouco, mas logo cede e vai ao mercado, fizemos uma cotina básica, com o resto do dinheiro que tínhamos e em seguida ele desce.

Eu e o Ricardo começamos a arrumar o quarto, forrando as camas com os edredons que trouxemos de casa. isso é ridículo, não entendi como meu próprio pai pode me botar pra fora da minha casa e me mandar pra morar num lugar assim. Que tipo de pai é esse?
Depois de um tempo, o Felipe chega com as sacolas e com uma cara nada boa.

-o que foi cara? - pergunto pra ele.

-aquela garota lá, me encontrei com ela no mercado e fui da as boas vindas e ela me mandou se fuder e disse que eu era um metidinho de merda. Vê só, que menina abusada - ele diz com raiva, fazendo eu e o Ricardo gargalhar.

-cara, o que você falou pra ela? - pergunta o Ricardo, tentando segurar o riso.

-nada demais, só que ela era gostosa e que se quisesse eu poderia ajudá-la a carregar as compras, entre outras coisas - ele diz como se não tivesse dito nada demais. As vezes, ele é bem idiota, não sabe como falar com as mulheres, mas tirando isso, no fundo, ele é uma pessoa legal.

-Felipe, em que mundo você acha que chegar em uma mulher que você nem conhece a chamando de gostosa, ela vai gostar? - pergunto tentando entender a lógica das suas cantadas baratas.

-sei lá, cara. Tem mulher que gosta. Mas foda-se, ela nem era tudo isso mesmo- ele diz, tentando fingir que não estava nem aí, mas pela cara, as palavras dela devem ter lhe atingido em cheios

-então ta- digo ignorando e voltando meu olhar pras compras. Começo a tirar tudo da sacola e leio as instruções para saber sobre como usar cada produto.
Algumas horas depois, terminamos de arrumar tudo, apesar da casa continuar sem graça, ao menos está tudo limpo e organizado. Deitamos no sofá e começamos a jogar vídeo game pro tempo passar mais rápido, amanhã começa às malditas aulas, não estou nem um pouco empolgado, não sei se cinema é uma coisa que tem muito haver comigo, mas foi o que eu escolhi, então tenho que aceitar.

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