Capitulo 23

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                                       Taylor Rick:

Me deito no colchão duro da cela. Já estou aqui a três dias. Fico pensando na Kate e em como ela deve está angustiada com tudo isso. Ela procurou o meu pai e confesso que não queria que ela tivesse feito isso, a um bom tempo estou bem sem precisar pedir nada ao meu pai.
Conhecendo ele, como conheço, deve estar me chingando mentalmente por ter que mexer os pauzinhos pra me tirar daqui.

-Acorda aí, você tem visita- o Policial aparece na grade, me tirando dos pensamentos. Ah não, não acredito que a Kate veio até aqui, eu pedi tanto pra ela não vim. O policial me algema e me leva até uma salinha, assim que entro, dou de cara com o meu pai e um cara elegante, que acredito ser o advogado. O meu pai olha pra mim e depois para as algemas que estão na minha mão.

-tire isso por favor, isso não é necessário-  o meu pai pede diretamente ao policial, se referindo as algemas. O policial o obedece e sai da sala, nos deixando a sós.

-oi Pai- digo sem muito entusiasmo e ele se aproxima.

-oi meu filho, como você esta? - ele pergunta parecendo preocupado, colocando as mãos nos meus ombros.

-na medida do possível, eu estou bem - respondo e ele solta um ar pesado.

-Taylor, passei esses três dias como um louco pra resolver isso. Contratei o melhor advogado e entrei em contato com a família Bastille, contei toda a verdadeira versão do que aconteceu, e os pais do Zack concordaram em retirar as queixas, nesse momento, já estão cuidando disso - ele diz, de certa forma, aliviado.

-obrigado, por isso - digo apenas e ele solta um sorriso leve.

-filho... queria te pedir perdão, por todas as vezes em que fui um mal pai. Você não merecia nada disso e eu me culpo todos os dias, por não ter estado do seu lado. Eu perdi minha mulher, mas você perdeu sua mãe, eu me importei apenas com minha dor e me esqueci da sua. Hoje, eu me arrependo profundamente - ele diz parecendo sincero. E eu o encaro surpreso, nunca imaginei ouvir isso do meu pai, ele nunca reconhece os erros. Porém, não é tão simples assim.

-acredito que esteja falando a verdade, mas não é tão fácil assim te perdoar - digo sincero, palavras apenas não são suficientes pra reparar esses erros.

-eu entendo meu filho, não achei que fosse, mas estou disposto a tentar - ele diz e eu apenas concordo com a cabeça, é muita coisa pra digerir. Depois disso, Ficamos em um silêncio repentino.

-bom, deixe eu me apresentar, sou Tody Portilan. Estou aqui para o tirar daqui, o mais rápido possível - o tal advogado se aproxima, se apresentando e estendendo a mão, para um aperto.

-muito prazer- digo apertando sua mão.

-acredito que no final da tarde, você já estará livre e como as queixas vão ser retiradas, sua ficha criminal também será deletada - ele diz e eu sorrio.

-muito obrigado- digo contente, já pensando na possibilidade de ver a Kate de novo.

-Até mais tarde meu filho, eu venho te buscar - meu pai diz e me abraça, me pegando de surpresa, não sei quanto tempo a gente não se abraça, chega a ser estranho.
O policial me leva de volta a cela, e eu me sento no colchão, esperando ansiosamente pela a tarde. Depois de muito tempo, as horas foram se passando devagar e em uma infinita tortura. Cada segundo parecia um minuto. Quando não se está fazendo nada, o tempo passa muito lentamente. Fico olhando pra grade, esperando ansiosamente pelo policial. Até que ele finalmente aparece.

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