Capitulo 17

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                                      Kate Miller

Agora, estamos indo pra casa. Enquanto o Taylor dirige, eu fico o observando. Não posso negar, nosso encontro foi surreal. Conversamos muito, conheci um pouco do Taylor, e ele de mim. Rimos bastante e ele até ganhou um ursinho  pra mim, como nos filmes. Sei que eu disse que seria só um encontro e que estava ciente do lado cafajeste do Taylor, mas hoje, ele se demonstrou ser outra pessoa, sei que a morte da sua mãe, o deixou assim, incapaz de desenvolver sentimentos por alguém, mas esse lado dele existe, Ainda está lá, eu posso ver, posso sentir. Sei que posso está me iludindo, mas eu estou tentando não pensar muito nisso, e curtir o agora. Nossa conexão é inexplicável, hoje pareceu que estávamos juntos a anos, a amizade e a intimidade que criamos um com o outro, em tão pouco tempo foi algo surpreendentemente  bom.  Nem sei explicar. Ele estaciona, desce do carro e vem até o meu lado, para abrir a porta pra mim. Ele está tentando imitar os filmes, o que acaba sendo bem engraçado, mas o que importa é a intenção. Isso é fofo, não podemos negar. Além disso, isso só prova a minha teoria, existe um Taylor que ele não demonstra as pessoas, mas que está bem ali, na sua personalidade, ele é um cara bacana, mas que por algum motivo, tenta não ser.
Andamos Ainda de mãos dadas, e assim, atravessamos o portão indo direto pro prédio, para ele me deixar em casa. Quando chegamos perto da entrada, damos de cara com um senhor mais velho, porém em boa forma. Ele se encontra na porta do bloco do Taylor, que assim que o vê, o encara, como se o conhecesse bem. Assim que chegamos mais perto dele, pude identificar à semelhança dos dois, eles são parecidos demais, ele é como a versão mais velha do Taylor, e caramba, continua um gato. Pela semelhança, eu deduzo que seja o pai. Taylor Ainda o olha surpreso, como se não esperasse de forma alguma à sua presença.

-pai? - o Taylor pergunta Ainda surpreso, confirmando a minha dedução. O pai dele, me encara, olha pra nossas mãos que ainda estão grudadas e volta seu olhar pro Taylor.

-Oi meu filho. Quanto tempo - ele diz sorrindo simpático, mas o Taylor continua sério.

-o que você está fazendo aqui?- ele pergunta sem tirar os olhos do pai.

-não vai me apresentar a moça? - pergunta , voltando seu olhar pra mim. E ignorando a pergunta do Taylor.

-essa é Kate... uma amiga- ele diz um pouco sem jeito . Confesso que "amiga" doeu um pouco, porém, ele tem razão, não somos nada. - e Kate, esse é Patrick, meu pai.

-muito prazer senhor - digo, sorrindo simpática , e solto a mão do Taylor, a estendendo para um aperto, em sinal de educação.

-o prazer é meu Kate- diz enquanto aperta minha mão- que legal conhecer uma amiga do Taylor, nunca conheci nenhuma.

-como se você soubesse algo da minha vida- o Taylor deixa escapar e Patrick volta a olhá-lo. O clima fica pesado na mesma hora. E eu não sei muito bem como reagir. Nem deveria está aqui no meio.

-vou ignorar seu comentário. Bom, vim para saber sua situação na universidade, você não me mandou suas notas, então, já presumo que não foram boas. Está na final em quantas?  Já fez alguma besteira? - ele pergunta e quando olho pro Taylor vejo ódio e tristeza no seu olhar. O pai dele mal chegou e já tirou conclusões precipitadas sobre ele. Antes que o Taylor responda de forma grosseira, como sei que ele vai responder, resolvo me envolver.

-me desculpe a intromissão. Mas seu filho é um aluno exemplar, está fazendo todos os trabalhos e recebendo muitos elogios, já apresentou uma peça como um dos personagens principais e suas notas estão indo muito bem. Ele é bom nisso- digo. E a cara do Patrick é de pura surpresa, ele arregala os olhos, como se não acreditasse no que estava ouvindo.

-você só pode estar de brincadeira - ele diz, dando uma risada. Posso sentir a respiração pesada do Taylor agora.

-qual a graça? É tão difícil pra você saber que seu filho não está sendo o idiota que você esperava? - o Taylor pergunta e eu me sinto péssima, não queria ter provocado uma briga, mas isso estava prestes a acontecer de qualquer forma, dava pra vê nos olhos do Taylor que ele não ia segurar a língua por muito tempo. Patrick para de ri, e o encara, Ainda com uma expressão incrédula no rosto.

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