Capitulo 30

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       Taylor Rick

Recebi uma ligação do Felipe, me informando que a Kate está indo embora, ela nem esperou os últimos dois dias. Acho que talvez eu tenha culpa nisso, eu propositalmente levei a izzie pro restaurante, a levei porque sabia que a Kate ia estar lá, eu queria que ela visse a cena e se sentisse incomodada, queria que ela desistisse dessa ideia louca de passar um mês fora e que ela ficasse e lutasse pela gente. Mas não, acho que acabei dando mais um motivo pra ela partir! Caralho! Eu só faço merda. Eu mereço tudo que está acontecendo.
Corro o mais rápido que posso pro aeroporto, não quero que ela vá embora, eu sei que é apenas um mês, mas 30 dias longe Dela é muito pra mim. Preciso que ela saiba que eu não quero nada com izzie, que eu a amo e que estou disposto a qualquer coisa por ela. Praticamente atropelo as pessoas a minha gente, mas foda-se preciso chegar o mais rápido possível, estaciono meu carro de qualquer jeito e corro o mais rápido que eu posso, de longe, avisto meus amigos. Corro até eles e chego com a respiração alterada.

-cadê a Kate? - pergunto rapidamente, Ainda ofegante.

- ela acabou de sair - o Felipe responde, e eu olho para o portão de Embarque.

-Kate? - grito, fazendo algumas pessoas olharem, mas pouco me importo agora. Espero por alguns minutos, na esperança Dela ter ouvido meu grito e decidido voltar. Mas não. Ela não voltou.

-ela já foi Taylor- a Laura diz e coloca a mão em um dos meus ombros, em sinal de consolo.

-vem, vamos pra casa - o Felipe diz e eu vou calado. Entro no meu carro, o Felipe está comigo e pega a direção e a Laura e o Ricardo vão no outro carro.

-sinto muito cara, te avisei assim que soube - o Felipe diz quebrando o silêncio, enquanto dirige.

-tá tudo bem. Já era- digo, sentindo o peso das minhas palavras. Nunca pensei que as coisas fossem acabar assim. Achei que íamos passar nossas férias em uma praia, com nossos amigos. Iriamos acampar, vê o sol nascer, eu ia ouvir a sua risada e iriamos curtir muito. É uma pena, que nada disso vá acontecer mais. Estou arrasado e sem rumo, não sei o que fazer, sem a Kate. Nem sei como conseguir viver tanto tempo da minha vida sem ela. É uma droga tudo isso.

Volto pra casa e me deito na cama, pensando em como eu sou um idiota. Meu celular toca e eu o pego na esperança de ser a Kate. Mas não, era só a Izzie. Ela ficou animada depois que chamei ela pra almoçar, me sinto até mal por isso, só a chamei pra fazer ciúmes na kate. Mas quer saber? Vou atender.

-Oi Izzie -digo, assim que atendo.

-Oi Taylor. estou te ligando pra falar que... eu adorei nosso almoço. - ela diz, mas não sinto o mesmo, estava interessado mais em atingir a Kate, do que realmente aproveitar o almoço.

-é... foi legal- minto, pra não magoa-la.

-você... quer sair de novo, outro dia? - ela pergunta com expectativa. Respiro fundo, não estou interessado, mas eu preciso de distrair. Me chame de babaca se quiser, eu já nem ligo mais.

-por mim, tudo bem. Que tal amanhã de tarde? Depois da aula a gente pode sair pra algum lugar - digo e espero sua resposta.

-ótimo! Por mim está ótimo! A gente se vê amanhã então - ela responde animada e se despede. Desligo o telefone e me deito na cama. Não queria isso, mas como a Kate mesmo disse, tenho que seguir em frente. Então, é o que vou tentar fazer. A izzie é uma mulher legal. Não custa tentar...

                                Kate Miller:

Chego no aeroporto do Brasil e desço do avião. Me encaminho pra fora e vejo uma placa que me fez sorri imediatamente. Lá estava meus pais, com uma plaquinha com a seguinte frase escrita: "a filha mais amada do mundo." Eles são extremamente bregas, mas fofos ao mesmo tempo. Sorrio com isso. Estava com saudades.
Corro até eles e os abraço, num abraço coletivo.

-aí mds, como você cresceu- minha mãe diz me fazendo ri. Apesar da idade, ela é completamente linda, elegante e inteligente, é exatamente o tipo de mulher que eu me inspiro pra ser.

-mãe, só fiquei longe seis meses, não cresci tanto- digo Ainda rindo com seu exagero.

-parece que faz anos - o meu pai responde triste. Sei que sentiu minha falta mais que tudo. Nossa ligação sempre foi muito forte.

-bom. Estou aqui agora, e vou aproveitar muito esse mês com vocês - digo sorrindo, animada, ou pelo menos tentando ficar. Estar aqui não muda o fato de eu Ainda amar um idiota, mas pelo menos, estou com minha família.

-vem, vamos. O resto da família está toda te esperando - minha mãe diz e me arrasta. Entro no carro e fico admirando a paisagem, tão diferente. Aqui eu vivi muitas coisas boas, sinto falta do meu Brasil, desse calor e das pessoas e suas recepções calorosas. Conversamos sobre assunto aleatórios, e meus pais não tocam no assunto do meu ex. Ainda bem.
Desço do carro e entro na minha antiga casa, tudo estava do mesmo jeito. De repente, olho pra sala e todos estavam lá, meus tios Sofie e Lucas. Os pais da Laura/ meus padrinhos, Mateus e Gabi. Alguns amigos e outros parentes. Sorrio e imediatamente uma chuva de abraços e mensagens de carinho surgem na minha Direção.
Assim que terminamos de conversar, eu olho pra mesa e pego uma comida, aí que saudades de um prato brasileiro. Depois que eu termino, a companhia toca e eu vou até lá, abro e dou de cara com o Diogo. O que ele está fazendo aqui?

-Diogo?- pergunto Ainda sem acreditar. Com toda essa agonia, eu nem me lembrei que podia vê-lo de novo. Seu cabelo tá maior e ele está mais forte, com certeza pegou pesado na academia.

-oi Kate... soube que você estava de volta. Resolvi passar aqui pra te vê - ele diz e eu continuo o olhando perplexa. Não sinto mais raiva ou qualquer outro sentimento por ele, apenas estou surpresa. Vê-lo, não mexe comigo, não mais.

-ah. Oi Diogo. Pois é... vim passar as férias aqui, não vou ficar por muito tempo- digo apenas. Ainda tentando digerir.

-imaginei. Kate... depois que você foi embora, eu fiquei bem mal por tudo o que eu te falei, eu não lidei bem com o fim do relacionamento e me arrependo de tudo que eu disse... você não merecia aquilo. Perdão! - ele diz parecendo realmente arrependido. Bom, eu não tenho mais raiva nem nada do tipo, acho que tudo já aconteceu a muito tempo e não quero guarda mágoa.

-já faz bastante tempo, tá tudo bem. Te perdoou - digo e ele sorri, parecendo aliviado.

-que bom. Espero que possamos ser ao menos amigos. sinto falta da sua amizade - ele diz e eu sorrio.

-eu também, da sua. Acho que podemos ser amigos - digo e ele sorri contente.

-que bom. Achei que me odiasse... - diz sincero e eu o encaro.

-eu te odiei, pode ter certeza, mas depois superei isso. - digo e ele sorri.

-que bom, fico feliz em saber. Vi seu Instagram... você está namorando né? - ele pergunta, sem parecer ter segundas intenções.

-bom, se você olhar agora, vai vê que não tem mais fotos. Acabamos recentemente - digo, tentando não transparecer minha tristeza com isso, mas não sei se foi possível.

-é um pena. Bom, preciso ir agora. Mais a gente se vê? - ele pergunta meio sem jeito. E eu sorrio.

-claro, a gente se vê - digo com um sorriso amigável. A gente se abraça e ele vai embora. Fico feliz da gente tentar ser amigos, apesar de todos os defeitos, Diogo e eu sempre tivemos uma boa parceria. Seremos bons amigos.
Voltei pra festa e pros meus familiares, fiquei o tempo todo tentando não pensar no Taylor. Não sei se ele tá bem e isso está acabando comigo... mas é isso, não tem mais o que fazer. Ele vai seguir sua vida e eu a minha...

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