Capitulo 25

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Kate Miller
Tudo estava ótimo, eu e o Felipe, resolvemos comprar alianças. Nós dois concordamos, que pelo fato do Taylor ser romântico, ele iria amar a ideia de termos alianças, que comprovem o nosso amor. Então, depois que comprarmos, resolvemos ir comer algo, já que estávamos no shopping. Pedi um milkshake e ele pediu o mesmo. Começamos a conversar, depois disso, eu peguei uma das aliança, coloquei no meu dedo e mostrei pro Felipe, que pegou na minha mão pra ver melhor como ela ficaria já nós dedos. E foi nessa hora, que o Taylor chegou. Ele estava com o olhar frio, daqueles que ele só tem quando está com raiva. Começou a gritar e tirar conclusões precipitadas e o que mais me dói é saber que ele não confiou em mim, em saber que ele pensou que eu seria capaz de fazer algo assim com ele. Caralho, depois de tudo que eu fiz por ele? Depois de todas as coisas que eu disse? Depois de entregar meu corpo e alma pra ele, como foi capaz? Estou completamente em choque, o Taylor simplesmente sai andando, ele da as costas e vai embora. Olho pro Felipe, que está tão em pânico quanto eu, sei que ele deve estar mal, afinal ele também é seu melhor amigo, e mesmo assim o Taylor não confiou.
Permanecemos calados por alguns segundos, apenas absorvendo tudo o que acabou de acontecer. Tento prender as lágrimas pra não chorar, estou sentindo um misto de Tristeza com decepção. Estou arrasada.

-Kate... nem sei o que falar... -  Felipe diz, Ainda digerindo tudo o que aconteceu.

-não acredito que o Taylor foi capaz de pensar isso da gente- digo e uma lágrima escorre dos meus olhos. Está muito difícil de não chorar.

-vem, vamos sair daqui- ele diz, ao perceber que eu ia desabar a qualquer momento. Ele me puxa pro lado de fora do shopping e nos sentamos em um banco, um pouco afastado. De repente, Eu começo a chorar descontroladamente, e o Felipe me abraça. Tentando me confortar.

-calma Kate, nos vamos conversar com ele, ele vai entender - diz e eu me afasto, tentando enxugar minhas lágrimas.

-eu não quero que ele entenda nada.... Eu quero que ele se foda. Ele não confia em mim, ele não me deu o direito de explicar - digo enquanto algumas lágrimas ainda caem. A dor que estou sentindo agora é imensa. Decepção dói, mas quando ela vem de alguém que se ama, dói Ainda mais.

-Sinceramente, também estou muito abalado. Não acredito que ele achou que eu fosse capaz de algo assim- ele diz, pensativo e com uma voz triste.

-Agora já era, acabou tudo. - digo e sinto os pesos das minhas próprias palavras. Eu o amava tanto. Como ele pôde?

-sinto muito Kate - ele diz sincero.

-sinto muito por você também - digo. Afinal, não foi só eu que fui decepcionado hoje.

-você quer que eu te deixe em casa? - ele diz e eu confirmo. Entramos no carro e o Felipe dirige calado. Ele pega o celular e tenta falar com alguém, acho que talvez, ele possa está tentando falar com Taylor. Não sei, não quero saber. Acabou tudo. Confiança é a base de um relacionamento, e isso, ele já provou que nunca existiu, da sua parte.

-MERDA - ele grita e joga o celular no chão do carro, me causando um susto.

-me desculpa Kate!- ele diz ao perceber que me assustei.

-você está... tentando falar com ele?- pergunto, sem a minha própria permissão, as palavras simplesmente saíram da minha boca.

-estou. Eu sei que não deveria. Ele foi um idiota por pensar que seria capaz disso. Mas é que... eu quero falar com ele, mostrar que não foi nada disso, Taylor é como um irmão pra mim. Eu não tenho ninguém, preciso que ele acredite em mim- ele diz, com os olhos um pouco marejados. Eu pensei em mim o tempo todo nessa situação, e mal pensei em como o Felipe estava se sentindo. Eles eram realmente como irmãos, não deve está sendo nada fácil.

-te entendo. Ele é seu irmão, tudo bem em perdoa-lo - digo e ele me olha de relance.

-você não é capaz de perdoa-lo, né? - ele pergunta, me deixando pensativa. Eu o amo, e isso torna tudo mais difícil, mas não da pra passar uma borracha em tudo. Já sofri muito com o Diogo. Não quero sofrer mais. Estou farta.

-Acho que... não! -respondo, tentando parecer firme, mas com uma tristeza carregada na voz.

-entendo- ele diz apenas. Permanecemos calados durante todo o percurso, até que finalmente chegamos. Descemos do carro e entramos no condomínio. O Felipe para e me abraça apertado. Depois, ele entra no seu bloco e eu no meu. Subo pelo elevador e entro em casa. Assim que abro a porta, encontro a Laura e Leyla assistindo TV e rindo de algo. O que me fez, automaticamente, se lembrar de mim e o Taylor. Adorávamos ficar atoa, assistindo nossa seria favorita. Rindo e conversando sobre como o elenco era ótimo. Merda! Já estou chorando de novo.

-o que você está fazendo parada aí? - A Laura pergunta, depois nota que eu estou chorando e me olha assustada - o que aconteceu?

-Acabou tudo- digo e ela arregala os olhos. As duas se levantam e vem até mim, me abraçar. Depois, a gente se sentou no sofá e eu começo a contar tudo para as meninas, nos mínimos detalhes.

-Não Acredito que o Taylor fez isso- A Leyla diz também decepcionada.

-que idiota- diz a Laura, sentindo minhas dores.

-pois é... Meninas, agora se me derem licença. Eu vou pro quarto, tô muito cansada - digo realmente esgotada e elas apenas afirmam com a cabeça.

-tem certeza que não quer que eu vá ficar com você? - A Laura pergunta, preocupada comigo.

-eu tenho, preciso ficar um pouco sozinha, colocar minha cabeça no lugar. Fiquem assistindo a série...

-tudo bem então- ela diz e eu a abraço. Depois, vou direto pro quarto, me jogando na minha cama. Deixo as lágrimas rolarem e fico encarando o teto, pensando em como tudo desmoronou tão rápido. Eu estava tão feliz, estava tudo perfeito, e a vida me deu um belo de um tapa. Se não fosse isso, estaríamos agora comemorando nosso aniversario de namoro, estaria colocando o anel no seu dedo e observando o sorriso dele ao me vê fazendo isso. Que droga! Porque comigo tudo tem que dá errado? será que nunca poderei ser feliz? Será que alguma fez um homem não vai me decepcionar? Estou farta de todo isso... só quero dormir e esquecer de tudo, por mais difícil que seja. Vou seguir com minha vida, como sempre fiz.

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