Capitulo 10

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                                      Taylor Rick

Estou me arrumando pra tal festa do condomínio, enquanto amarro meu sapato, fico pensando no que rolou na aula. Eu impulsivamente aceitei ser o ator principal da peça. Eu, atuando? essa frase não tem sentindo algum. O máximo que já fiz de apresentação em público, foi na 5 série em que eu estava praticamente reprovado e a professora me ofereceu a chance de fazer uma apresentação para recuperar minha nota, nesse mesmo ano, eu ia ganhar meu violão e não podia de forma alguma reprovar ou meu pais jamais iriam me presentear. Sei o que devem estar se perguntando: "porque eu aceitei? " bom... lá vai a resposta: não faço ideia. Por  um minuto eu olhei pra Kate e ela estava triste por ninguém está animado com a peça e nenhum homem se ofereceu pra fazer o papel. Ela me olhou e me pediu porfavor e quando eu vi, eu já estava levantando o braço e me oferecendo pra atuar. Caralho, só agora em sã consciência estou tendo noção do que eu fui fazer. Que loucura.  De qualquer forma, não posso deixá-la na mão, não agora que já me ofereci. Droga.

-tá pronto? - o Felipe pergunta me tirando dos meus pensamentos.

-já nasci pronto- digo e ele ri do meu "ego", como ele costuma dizer. Bom, Chamem de egocentrismo se quiserem, eu chamo de amor próprio.

-então vamos, que hoje eu quero beber até esquecer meu nome - diz o Ricardo, empolgado. Nos levantamos e fomos em direção a grama, por trás do prédio, onde a essa altura, já deve estar lotada.
Chegamos lá, e a música estava alta pra caralho, tem barril de chopp por todo o lugar e um dj tocando músicas atuais. Está lotado de gente, que provavelmente não deve ser só que moram no prédio.
Rapidamente, pego um copo e encho até a
Boca, dou um gole na bebida que desce refrescando minha garganta. Me junto a um grupo de amigos, que reconheço do futebol, e entramos em um papo legal sobre coisas aleatórias.
Começo a olhar o ambiente, verificando a diversidade de pessoas à minha frente, em pouco tempo, meus olhos encontram uma ruiva, gata pra Caralho e ela me encara, pensando o mesmo que eu. Ótimo, já encontrei a sortuda da noite. Encaro ela mais um pouco, mas meus olhos agora focam em outra coisa. No fundo, vejo a Kate com um copo na mão, rindo de alguma coisa que sua amiga disse. Ela vira de frente e consigo ter a visão perfeita Dela, ela está divina, vestindo uma saia preta justa no seu corpo e uma blusa preta que realça os seios, está com um casaco branco na mão e está de saltos, seus cabelos loiros e compridos estão com cachos nas pontas e ela usa um batom vermelho provocante nos lábios. Caralho! Já ouvi falar que a mulher brasileira é linda, mas a beleza dessa garota ultrapassa qualquer limites. Não só isso, ela tem um jeito que não sei explicar, exala sensualidade sem nem ao menos perceber, não importa o movimento que ela fizer, ela faz com maestria e perfeição. Se anjos existem, com certeza se parecem com a Kate.

-A Laura tá linda - o Ricardo diz, me fazendo tirar os olhos Dela e focar nele.

-quem é Laura?

-a amiga da sua loirinha - ele diz sem tirar os olhos da tal garota.

-vocês estão ficando?- pergunto ignorando a forma que ele usou pra se referir a Kate. Ela não é nada minha, mas quem dera fosse por uma noite...

-é. Estamos deixando rolar - ele diz e toma um gole da bebida. O Ricardo, é diferente de mim e do Felipe, ele faz o tipo romântico, sempre se apaixona e nunca acaba bem, ele até tenta ser da putaria, mas no final sempre acaba apaixonado e consequentemente decepcionado. Não tem jeito.

-vai me dizer que você já está apaixonado? - o Felipe pergunta zoando.

-claro que não! - ele diz e nós dois rimos. Conhecemos bem ele, sabemos que ele já deve está de quatros por ela.

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