A tormenta

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CAPÍTULO 23

JIMIN ON

Já é segunda feira e preciso voltar ao trabalho, meu corpo todo dói, o Kookie acabou comigo essa noite, parecia um drogado se livrando da abstinência, eu nunca o havia visto assim, ele fora muito mais intenso que todas as outras vezes.

Fiquei muito surpreso em finalmente tê-lo tomando o controle, afinal ele já não é mais tão tímido, mas ainda tinha alguns bloqueios, que agora vejo que estão sendo derrubados, e eu? Estou amando tudo isso.

Levanto para preparar nosso café, enquanto ele ainda dorme, em sua face uma expressão de felicidade e satisfação se faz presente, e me sinto um monstro por ter que acordá-lo, mas é preciso, amor não enche barriga, bom pelo menos não a minha, afinal sou homem e não engravido, graças a meu santo G-Dragon.

Ainda não consigo acreditar que esse Deus coreano colocou uma aliança em meu dedo, eu nunca imaginei que alguém pudesse fazer o que ele fez por mim, nunca pensei que fosse o suficiente para alguém, mas pra ele eu sou.

Termino de preparar o café e sigo para acordá-lo, quando meu telefone toca, era o gerente do meu banco, para me avisar que outra vez haviam feito um depósito em meu nome, isso já vem acontecendo há um tempo, na verdade desde que saí de casa.

No início pensei que fosse minha mãe, até a repreendi, não queria que ela gastasse seu dinheiro comigo, mas quando me disse que não era ela, entendi tudo, pedi para que o meu gerente me avisasse cada vez que houvesse uma alteração assim em minha conta.

Isso não é convencional, um gerente ter acesso a conta de um correntista, mas ele era meu amigo, uma pessoa na qual eu confiava e sabia que faria esse favor por mim. No fundo eu sei quem deposita religiosamente todo mês esse dinheiro, e sinceramente não quero aceitar nada que venha dele.

O que ele acha? Que me mandar dinheiro todo mês, vai apagar tudo o que me fez, todas as ofensas, as humilhações? Não, não vai, e é por isso que não mexo em um centavo desse dinheiro, para quando encontrá-lo, devolver tudo para que ele veja que se ele não pode me dar seu amor, não é seu dinheiro que eu vou aceitar.

Acordo meu amor, tomamos nosso café juntos, um belo banho e nos arrumamos para o trabalho. Os Kim vão viajar em uma segunda lua de mel, e nós ficaremos responsáveis pela cafeteria. A Cristal de neve tem ido de vento em polpa, e estamos tendo muito trabalho, o que é bom, quanto mais movimento, mais rápido conseguiremos o dinheiro para o casamento.

Em algum momento do dia meu telefone volta a tocar, mas dessa vez, só ouço a respiração do outro lado da linha, nem uma palavra, quando penso em reclamar, a ligação é encerrada. Isso se repete algumas vezes ao longo do dia, me deixando extremamente pensativo.

ㅡEi neném, aconteceu alguma coisa? Você parece distante. ㅡ Kookie diz me olhando preocupado.

ㅡSó estou curioso, não é nada de mais. ㅡ respondo tentando tranquiliza-lo.

ㅡSão aquelas ligações? ㅡ ele me pergunta e eu só afirmo com a cabeça.

ㅡAhh... deve ser só alguém me passando um trote. ㅡ eu não acho que seja, mas não quero preocupá-lo. ㅡ Vamos embora, eu preciso descansar, estou exausto.

ㅡUé, cadê toda aquela energia a qual estou acostumado? ㅡ Ele me pergunta com um sorriso sacana nos lábios.

ㅡAlguém a sugou toda a noite passada, não é mesmo senhor Jeon? ㅡ rebato no mesmo tom.

ㅡQuem foi que fez isso com o meu neném? ㅡ ele me diz agora em tom de deboche.

ㅡVocê me paga Jeon Jungkook. ㅡ respondo empurrando-o para fora da cafeteria.

Dois coxões e 1 Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora