O recomeço

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CAPÍTULO 20

ㅡIsso não vai ficar assim, agora ele foi longe demais. ㅡ Jeon diz se virando para atravessar a rua.

ㅡNão faz isso honey. ㅡ diz o menor segurando em sua mão.

Sentindo o sangue ferver o moreno tenta se livrar das mãos delicadas de Jimin, que agora o seguram firme, sendo então abraçado por trás pelo menor, numa tentativa de acalmá-lo.

ㅡJeon, ouça o Jimin, não vai valer a pena. Deixe para lá, ele certamente vai sentir o peso do que fez. ㅡ Jin disse entrando em sua frente.

ㅡE tem mais, não podemos provar que ele tenha feito, ou que tenha mandado alguém fazer isso. ㅡ Namjoon diz olhando com tristeza para a cafeteria destruída.

Jeon finalmente se acalma, e volta sua atenção para o menor que ainda o abraçava assustado. Ele não queria deixar tudo aquilo de lado, mas aquele momento não era o mais apropriado para dar uma lição em seu pai.

Os quatro entram na cafeteria arrumando as mesas e cadeiras que estavam viradas, jogadas umas por cima das outras, olhando o resto do estrago feito. Eles teriam muito trabalho pela frente.

Eles trabalharam duro por vários dias, pintando a fachada, trocando os vidros, mesas e cadeiras que foram quebradas durante o ato de vandalismo.

Nos primeiros três dias os olhares do pai de Jeon sobre si, o incomodavam, eram pesados, cheios de rancor. Mesmo sobre tais olhares, Jeon não deixava de sorrir para seu pequeno, abraçá-lo rodando-o no ar, beijá-lo e demonstrar o quanto estava feliz ao seu lado.

Após o quarto dia algo havia mudado, não sentiam-se mais os olhares pesados que causavam arrepios, seu pai já não os encarava, o velho ficava sentado em uma cadeira dentro da loja, sempre com a cabeça baixa, fitando o chão.

Quando todo o trabalho havia terminado os quatro comemoraram, felizes por finalmente poder reabrir, o que fariam uma semana depois, estavam exaustos e decidiram se dar esse tempo para descansar.

A fachada da cafeteria agora tinha um tom salmão, nos vidros tinham corações e flores desenhados. As paredes da parte interna tinham um tom azul bebê com frases motivacionais, as mesas agora eram todas brancas e as cadeiras tinham um estofado na mesma cor das paredes.

É chegado o dia da reabertura, todos estavam felizes e animados, mas uma coisa chamou a atenção dos quatro, principalmente a de Jeon, que não podia acreditar no que seus olhos viam.

A loja de seu pai estava fechada, com vários anúncios de aluga-se. Não se viam os móveis que antes estavam a venda, deixando Jeon extremamente preocupado com o que poderia ter acontecido com seu pai.

Eles abriram a porta da cafeteria encontrando um envelope que fora jogado por debaixo da mesma, deixando-os confusos e curiosos ao ver que tinha o nome de Jeon.

Jeon se abaixou o pegando e seguindo em direção à uma das mesas que ficavam mais ao fundo da cafeteria, sentando-se e fitando o envelope em suas mãos, tomando coragem para abri-lo.

Ele sabia que aquilo fora deixado ali por seu pai, mas por que? O que ele ainda tinha para dizer, depois de todas as atrocidades e ofensas dirigidas a eles, todo o sofrimento que causara? Sobre os olhares cuidadosos de Jimin, ele retira o papel de dentro do envelope e se põe a ler.

" Meu querido filho, espero que um dia possa me perdoar, espero que um dia eu também possa me perdoar, por todo o sofrimento que causei a vocês.

Tenho uma história para te contar.

Quando conheci sua mãe, me apaixonei perdidamente. Ela fazia meu coração bater tão descompassado e ansioso. Eu sorria só de olhar para ela, como se nada mais no mundo importasse.

Dois coxões e 1 Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora