Décimo Segundo

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O caminho até Amegakure – País da Chuva –, local onde estava a atual base da Akatsuki, era longo e cansativo. Pain sinalizou para o grupo parar na beira de um riacho cercado por árvores altas para que pudessem descansar um pouco. Partiriam novamente de manhã.

Pain dividiu todos do grupo em turnos de patrulha. No primeiro turno, o ruivo ficou de guarda. No segundo, foi Deidara. E agora, provavelmente umas vinte e três horas da noite, era Naruto quem estava vigiando o grupo.

Naruto olhou para os lados ao redor do acampamento provisório. Pain e Deidara dormiam deitados sobre a grama macia e Itachi estava encostado em uma árvore com a cabeça baixa. Respirou fundo e se afastou um pouco, indo para um lugar mais escuro e úmido.

Mordeu seu dedo polegar e realizou rápidos selos de mão, batendo a mão com força no chão.

– Kuchiyose no Jutsu!

Uma pequena nuvem de poeira apareceu tão rápido quanto se dissipou. A pequena cobra de escamas arroxeadas subiu pelo braço de Naruto até se enroscar entre seus fios dourados.

– Konbanwa, Naruto-san – sibilou.

– Como vai, Hebi-chan? – a pegou delicadamente. – Orochimaru-sama me mandou “aquilo”?

– Hai. – fez força e cuspiu algo para fora. Um anel. – Orochimaru-sama disse que iria ser necessário. Guarde-o.

Naruto pegou o pequeno anel branco com uma joia azulada em cima. Era o anel da Akatsuki de Orochimaru, de símbolo “Kuu” – Vácuo. Aquilo era algo precioso para a Akatsuki e o ter “capturado” iria lhe gerar muitos pontos na organização.

– Arigatou, Hebi-chan – acariciou sua cabeça.

– Ah, Sasuke-san o desejou boa sorte. – sorriu, pondo a língua azulada para fora. – Disse para que você não morresse ou iria te reviver e matá-lo novamente.

– Sasuke-Teme é muito amigável. – riu. – Diga a ele que desejo o mesmo, ‘ttebayo.

– Meu tempo acaba aqui. Irei dizer a Sasuke-san que você recebeu a mensagem. Boa sorte, Naruto-san.

– Ja ne, Hebi-chan!

A pequena cobra mensageira sumiu em uma nuvem de fumaça e Naruto se levantou. Quando se virou para voltar ao acampamento deu de cara com Itachi.
– Então quer dizer que você mantém contato com meu otouto?

– Eh? Você devia estar dormindo, ‘ttebayo!

– Você é fácil de enganar. – deu de ombros. – Como Sasuke está?

Naruto cruzou os braços e virou a cabeça para o lado. Nunca que diria algo para o genocida Uchiha.

– Não posso falar sobre isso. Sasuke-Teme não gosta de você.

– Mas somos comparsas da mesma organização, então tecnicamente somos amigos.

– Eu não seria amigo de um cara que matou a própria família, ‘ttebayo!

Itachi respirou fundo. Aquele tema em si o tocava de forma profunda. Ele não queria ter feito aquilo, Naruto bem que não precisava tocar naquele assunto.

– Isso não é da sua conta. – disse, sério. – Agora, Sasuke está bem?

Naruto bufou. Não iria dar o braço a torcer.

 Ele não vai parar até que você fale para ele – Kurama o dizia.

– Eu não posso trair o Sasuke, Kurama!

 – Eu sei disso. Mas isso é pelo bem da missão. Conquiste sua confiança!

 Se Sasuke-Teme me odiar a culpa vai ser sua, Kurama.

NukeninOnde histórias criam vida. Descubra agora