Vigésimo Sexto

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Vish kk

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Pulou para a árvore mais próxima. Podia ouvir o barulho altos dos trovões e via ainda a luz dos relâmpagos a cegar seus olhos. Iria chover em breve. E muito.

Karin estava mais a frente tentando localizar o chakra de Naruto. Juugo vinha logo atrás brincando com as pétalas de uma camélia. Suigetsu tomava seu quinto copo de água – talvez fosse a saudade do copinho ou o nervosinho, não sabia dizer ao certo – e Sasuke na linha de fundo segurando um Menma dormente no colo.

– Estamos perto, Karin?

– Quase lá, Sasuke-kun. – respondeu, concentrada. – Quarenta graus ao noroeste. O chakra de Naruto parece perturbado.

– Merda...

Suigetsu deu um pulo para trás e passou a correr rente a Sasuke.

– Você anda muito preocupado com o loirinho. – sorriu mostrando os dentes afiados. – Parou de fazer cu doce e deu para ele, foi?

– Para de falar besteiras, Suigetsu – respondeu, desviando o olhar, corado.

– Como foi, hein? – cutucou-o. – Foi bom? O loirinho é tipo picles ou pepino? Hn?

Sasuke grunhiu. Havia sido ótimo, de fato. Ainda podia se lembrar das sensações quentes da pele bronzeada contra a sua, dos gemidos roucos em seu ouvido, das estocadas fundas naquele lugar...

– Ah, foi bom né? – riu. – Você está mais vermelho do que tomate, Sasuke!

O Uchiha arregalou os olhos e socou Suigetsu para longe.

– Sai para lá!

Juugo, que olhava a tudo com atenção, ria baixinho. Karin levantou a mão. Haviam chegado.

– Naruto está bem ali! – apontou. – Parece que os jinchuurikis e Orochimaru-sama se juntaram e eles. Olhem!

Sasuke empurrou Juugo e passou a olhar para o cenário a sua frente. Vários shinobis estavam caídos e os médicos tentavam ajudá-los. Os quatro Kages – pois Gaara estava ajudando os nukenins – cercavam Naruto de todas as formas possíveis. Encostado em uma árvore estava Itachi deitado enquanto Chiyo passava algumas ervas na região de seus pulmões.

– Nii-san...

Era difícil para Sasuke ver Itachi depois de tanto tempo e não ficar pensando em vingança. Sabia a verdade agora. O culpado de tudo não era seu irmão, mas sim o traidor que evocou Kyuubi, o que ocasionou na desconfiança nos Uchiha, no isolamento de seu clã, no início ao golpe de estado e na dizimação de sua família.

Agora, quem era o traidor?

– Vamos lá! – disse, levantando-se.

– Mas e a criança? – Juugo perguntou. – Não dá para ir para o campo de batalha com ela no colo.

– Verdade, o que vai fazer com ela, Sasuke-kun?

Sasuke olhou para o menino em seu colo. Menma dormia agarrado a gola de sua camisa, com os olhos de um intenso azul cobertos pelos longos cílios negros. Era tão pequeno que o Uchiha tinha vontade de protegê-lo de tudo. Definitivamente não podia deixar o garoto a deriva no campo de batalha.

Olhou pelos arredores e achou uma pequena caverna. Deveria servir.

Aproximou-se da abertura e fez uma rápida cama com palha seca. Deitou Menma cuidadosamente sobre a palha e tirou seu manto cinzento, o deixando sobre a criança, aquecendo-o. A noite estava fria.

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