Décimo Oitavo

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A caminhada foi realmente longa com as reclamações constantes de Hidan, tanto que Kakuzu chegou ao ponto de ter que costurar sua boca três vezes – nas outras o platinado conseguiu romper as costuras de nylon –, mas o trio finalmente chegou a entrada da fronteira da grande nação que era Kumogakure no Sato – Vila Oculta da Nuvem.

Alguns guardas estavam vigiando a entrada da vila e eles pareciam bem atentos a tudo a sua volta. Com isso, se esconderam atrás de uns arbustos e planejaram um plano rápido.

– A jinchuuriki está localizada no extremo oeste de Kumo. – explicou Kakuzu. – O jeito mais fácil que chegar lá é indo pelo ar. Se Hidan não tivesse reclamado tanto, estaríamos andando pelo caminho mais longo e depois de poucas horas estaríamos bem ao lado do destino.

– Para de reclamar, seu merda. – grunhiu. – A merda já está feita. Vamos fazer um plano B, cacete!

– Podia começar falando menos palavrões.

– Você não pode me obrigar a nada, porra! Eu falo do jeito que eu bem quiser e xingo da forma que eu bem entender, entendeu, seu vagabundo do caralho?

Naruto revirou os olhos e abriu sua mochila. Pegou uma pequena bolsinha e tirou de lá uma miniatura de pássaros de argila. Deidara havia o ensinado o básico de seu jutsu de Liberação de Explosão, o ajudando a criar aquelas enormes esculturas funcionais e bizarras.

Jogou o passarinho no chão e ele aumentou de tamanho até que um ser humano pudesse subir em seu cangote. Hidan e Kakuzu pararam de se bater.

– Ah – Hidan largou a gola do casaco de Kakuzu e bateu nos ombros, tirando uma poeira imaginária dali. –, o pirralho já fez o plano B.

– Por que você é um inútil que só serve para arrumar baderna, Hidan – retrucou.

– Vai se foder, Kakuzu!

Kakuzu, Naruto e Hidan subiram nas costas do enorme pássaro de argila e o Uzumaki deu leves tapas na cabeça da ave, pedindo para que ela voasse.

A ave bizarra alcançou uma altitude alta e sobrevoou Kumogakure. Como estavam longe, os cidadãos os viam apenas como um pequeno ponto cinza na aquarela que era o céu, não reconhecendo que estavam sendo invadidos pela Akatsuki.

Chegaram ao extremo oeste de Kumo, em uma clareira fechada cercada por altas árvores escuras. Naruto deixou Kakuzu e Hidan ali e disse que voltaria para a Akatsuki somente quando derrotasse Kyuubi e que se ele não voltasse cedo era para eles pedirem ajuda.

Com o auxílio da ave, voou até um arquipélago isolado de montes de arenito laranja. No enorme pico de terra, jazia uma casinha marrom de janelas quadradas a frente de uma longa escadaria de pedregulhos cinzentos. Naruto pousou ali e explodiu o pássaro de argila.

O barulho da explosão acordou o morador da casa que em menos de um minuto pulou da cama com a roupa de treino – que ele nunca tirava do corpo – e desceu as escadas rapidamente.

– Quem veio perturbar o meu sonho que eu deveria zelar, bakayarou?

Aquele era Killer Bee, o jinchuuriki do Hachibi e irmão de consideração de Ay, o Yondaime Raikage, de pele amorenada e cabelos cor de palha. Usava várias katanas ao mesmo tempo, no total eram oito delas presas a suas costas, além de sempre ter seu caderninho de rimas guardado no bolso.

– Sou Uzumaki Naruto. – retirou seu casaco da Akatsuki e o guardou na mochila. – Sou o jinchuuriki de Kyuubi.

– Um jinchuuriki na Akatsuki? – perguntou, desconfiado. – Isso parece suspeito, bakayarou.

– Minha vila me traiu e infelizmente fui obrigado a fazer esse tipo de coisas. – suspirou. – Não são boas lembranças. Jinchuurikis não são bem aceitos por lá, ‘ttebayo.

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