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Sem revisão.

Giovana.

Ficamos por ali um pouco, até me bater uma moleza no corpo, a cerveja que inventei de beber tinha me deixado mole bem rápido.

Eduardo estava mais calado que o normal, enquanto os amigos dele conversavam sem parar.

__ Que foi? __ Perguntei olhando em seus olhos.

__ Nada não. Quer ir embora? __ disfarçou o olhar.

__ Se você quiser ir, tô com sono. __ dei de ombros e ele balançou a cabeça.

Não demorou até se despedimos do pessoal e irmos pro carro dele.

__ Você ainda tá preocupado com o lance da sua irmã? __ perguntei mais uma vez, sabendo que sua irmã ainda estava criando muitos problemas.

Eduardo estava meio tenso.

__ Não. Tá tudo bem. __ ligou o carro dando partida. Aquele silêncio dele tava me incomodando.

__ Aquela garota do cabelo rosa __ tentei matar minha curiosidade __ estuda com você?

Ele apenas negou com a cabeça seguido de um "não".

__ Ela não parava de olhar pra você. __ Falei e ele me olhou por breves segundos. __ Nunca tiveram nada? __ perguntei.

__ Eu tinha uma noiva. __ falou como se fosse pra eu lembrar que ele tinha alguém antes de mim.

__ Mas depois que você e a Paula terminaram não tinha nada que te impedisse __ Ele não falou nada e me jogou um olhar sem emoção alguma.

Eu não sabia qual era o problema dele.

Mas se ele queria fazer voto de silêncio, beleza. Resolvi me calar o resto do caminho inteiro. Não era como se eu conseguisse né.

Peguei meu celular e fiquei vendo as minhas mensagens, não tinha nada muito importante. Mas tentei me distrair ali mesmo.

Quando ele estacionou o carro no estacionamento do seu prédio, desceu batendo a porta do carro. Hoje não era meu dia. Dois motoristas mal humorados, eu não dava conta.

Ele tomou o caminho em direção à seu apartamento e eu desci pegando o caminho contrário. Se ele não queria conversar, tudo bem, talvez ficando sozinho seria melhor.

__ Ou, tá indo pra onde? __ nem olhei pra ele.

__ Vou esperar meu uber lá na portaria. __ continuei andando. __ Quando você quiser conversar, tem meu número.

Parei com sua mão segurando meu braço.

__ Fica. __ Foi só o que ele disse antes de me puxar de volta pro apartamento dele. Não recuei, só acompanhei ele calada.

Não tinha disposição nenhuma pra ir contra seu mal humor repentino.

Cheguei no apartamento e fui largando as minhas coisas em cima dos móveis, precisava beber alguma coisa pra tirar essa secura da garganta.

Abri uma lata de cerveja e tomei em poucos goles.

__ Me diz logo, porque esse silêncio todo __ invadi o banheiro dele, ainda bem que ele estava só tomando banho. Mas do jeito que veio ao mundo e todo ensaboado, tirava meu foco.

__ Já falei que não é nada. __ respondeu enquanto eu olhava seu corpo todo, aí aí. Vou nem falar o que se passava pela minha cabeça vendo ele assim.

__ Tem certeza? Fiz alguma coisa errada? Algo que você não gostou? __ voltei a olhar em seus olhos mordendo os lábios.

Era difícil. Muito difícil.

__ Se fez até esqueci, tu me quebra me olhando assim. __ falou todo envergonhado e eu ri.

__ Desculpa, mas é inevitável. __ Falei sincera. __ Mas me diz, __ fui tirando a roupa __ o que eu fiz?

Parei pelada em frente seu corpo.

__ Feitiço, pra eu perder o foco sempre que tu tá perto. __ Sorriu fraco e espalmei minha mão em seu peito.

__ Então é isso. Você tá enfeitiçado? __ perguntei descendo minha mão sem pressa alguma nele.

__ É. Só pode ser isso. Tu tá me deixando maluco. __ Sorri com seu olhar perdido.

__ Seja mais específico, Eduardo. O que eu tô fazendo que tá deixando assim? __ Coloquei a mão em cima do seu pau que estava pronto para o que eu tinha em mente. __ Em? __ comecei um vai e vem no membro ereto dele.

__ Eu não sei como tu conseguiu me deixar assim em tão pouco tempo, __  Me encarou nos olhos __ Rendido, enfeitiçado __ Me puxou pela nuca para ficar ainda mais colocada nele, __ apaixonado.

__ Apaixonado?! __ parei o vai e vem.

__ Sim, fiquei puto quando tu disse lá na frente daqueles malucos que não somos nada. __ confessou de uma vez __ Eu fiquei louco só de imaginar que algum deles poderia investir em você por achar que tu tá livre.

__ Edu __ não sabia o que dizer depois da "declaração" __ você tá falando sério? __ foi só o que conseguir perguntar, meu coração ficou agitado de uma maneira tão boa que eu não saberia explicar em palavras. Queria confirmar também pra não acabar frustada.

__ Tô falando sério, Giovana. Eu sei que soa possessivo demais, mas eu quero você só pra mim, entende? __ seus olhos não desviavam dos meus por nada __ não quero te perder, não quero ficar longe de você, não quero terminar o que a gente tem. __ O jeito que ele falava cada palavra era tão intenso que eu já estava de pernas bambas. Eufórica e ofegante.

Eu já tinha me iludido e já planejava meu futuro todinho ao lado dele.

Sem palavras, eu apenas fiz o que meu coração ansiava naquele momento, e o beijei. E foi uma explosão de desejos e, de quero mais.

Minhas mãos voltaram a rodear seu membro e comandar o vai e vem, Edu não aguentou muito e me parou, me puxando pela cintura me colocando em seu colo.

Fui encostada na parede e ele se encaixou em mim de uma só vez.

__ Aí, Edu __  sem preliminares doeu na hora da invasão, mas eu estava tão molhada que não durou muito pro prazer espantar qualquer dor.

Ele começou a colocar e tirar devagar, suas mãos na minha bunda ajudavam nos movimentos que aos poucos foram ficando mais fortes e rápidos.

Eu o abracei deixando nossos corpos suados mais colados e ele cada vez mais dentro de mim. Nós éramos gemidos e suspiros de prazer, éramos um só, e nosso sexo era o único barulho ouvido no apartamento inteiro.

Aquela sensação maravilhosa tomava de conta de mim e pelos gemidos mais intensos do Eduardo, ele estava tão perto quanto eu. Gozamos tão gostoso, mas ficou claro que queríamos mais.

Voltamos molhados de suor pra cama dele e transamos de novo e de novo esquecendo de tudo e todos ao nosso redor.

[...]

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