Capítulo 4

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Eu consegui, consegui chamar atenção do moleque!

Virei descendo as escadas e com um sorriso vitorioso no rosto, tinha conseguido fazer XuKun me reparar e foi mais rápido do que eu pensei. A carinha de bom moço dele era só uma máscara para revelar a cobra criada que PitBull tinha dentro de casa.

Quando atravessei o salão principal da boate, senti meu braço ser agarrado, então fui puxada para um canto reservado, batendo as costas contra a parede. Ergui a cabeça e aqueles olhos escuros me analisavam, quase fazendo me arrepender da vingança.

— O que ele queria com você? — Questionou e eu já esperava por aquilo.

— Quer que eu... — travei ao encarar os lábios carnudos do padre, eu não conseguiria dizer nem a frase, imagine fazer.

— Quer que você faça o que? — perguntou sério.

Pára de encarar os lábios dele e desembucha, estrupício!!

— Ele quer que eu... — soltei um suspiro. — Que eu lhe beije... — respondi em um fio de voz, fazendo o padre arquear uma sobrancelha.

— Só isso? — ergui a cabeça com os olhos arregalados.

— Como assim, só isso? Você é um padre!!

— Mas continuo sendo homem. — Balancei a cabeça em negativa.

— Não posso fazer isso! O senhor é um padre... um padre!!

— E o que sabe sobre padres? — franzi o cenho sem entender sua pergunta.

— Bem... são homens santos e que abdicaram da vida mundana para servirem a Deus. — Respondi o pouco que sabia.

— E? — novamente franzi o cenho, ele queria que eu falasse aquilo, sentia que queria que eu falasse.

— Nunca se envolveram com mulheres... — respondi em um fio de voz, fazendo o padre Jongin rir.

— Como pode ter certeza? — lhe encarei confusa. — Pura ingenuidade! — sorriu, então aconteceu o que eu menos esperava.

Meus olhos se arregalaram quando os lábios do padre Kim tocaram os meus, foi um choque dos grandes, misturado com a sensação de formigamento no estômago. A boca dele era macia, assim como suas mãos, que trataram de me puxar contra seu corpo.

O que está acontecendo??

Era uma sensação estranha, algo que meu corpo não podia conter e me deixei levar, envolvida naqueles lábios carnudos, que tinha um gosto de gin e hortelã, então retribuí na mesma intensidade, permitindo que sorvesse minha língua. Suas mãos por sua vez buscaram meu corpo para si, deslizando pelas costas e alcançando os quadris.

Gemi em resposta, sentindo que fosse ceder completamente aquele homem, que nem deveria estar fazendo aquilo comigo e muito menos dentro da boate, mas estava tão envolvida,que esqueci até mesmo meu nome por alguns instantes. E era possível sentir algo duro roçando minha barriga e nem queria saber do que se tratava, pois aquela sensação de tê-lo para mim, era única.

— Melhor nós... — ele se afastou e me senti órfã de seus lábios.

Eu estava completamente sem fala e ofegante, era como se meu estado natural tivesse desaparecido. O padre Kim me encarou por alguns instantes, passando as mãos em sua cabeleira platinada e naquele momento entendi que não passava de um jogo e eu estava no meio de tudo aquilo como uma isca.

— Acho que não deveria mais fazer isso. — Falei um tanto ríspida.

— Por que?

— Só não faça.

Padre_ Série: Desejo Profano Livro 3 (Kim Jongin)Onde histórias criam vida. Descubra agora