Capítulo 8

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Olá fanáticos de plantão!👋

Mais um dia e mais um capítulo para alegrar o dia de vocês, então espero que gostem.

Apreciem com moderação!😘

[...]

Estiquei a perna na barra, endireitando a coluna, enquanto me curvava para alcançar o pé. Senti todo meu corpo relaxando e ossos estalando, causando uma sensação única e tão conhecida por mim. Eu ainda era boa naquilo, mesmo anos sem praticar, ainda conseguia fazer aquilo.

Sentia muita falta do balé — iniciei meu treinamento quando tinha uns três anos de idade, pois minha mãe achava bailarinas muito elegantes, com seus pescoços longos e finos, posturas perfeitas e classudas. Com um tempo aprendi a amar a dança, mas com o fim da escola de artes na montanha que tinha em Flores, meu refúgio era o quarto.

Desde que o PitBull tomou nossa humilde cidade, as coisas boas se foram, inclusive o balé. A escola da montanha tinha programas de artes para as crianças e jovens, mas foram substituídos por drogados e aulas de pole dance e danças eróticas. Aquele desgraçado tirou de nós tudo que era bom e eu jamais o perdoaria por isso.

Meus pés até estavam voltando ao normal, por isso praticava sozinha dentro do meu quarto, mas sabia que de nada adiantava, pois eu era uma prisioneira e nunca mais poderia dançar como antes.

Soltando um suspiro, abaixei a perna, encarando a janela, onde era possível ver os homens que PitBull colocou na minha cola para assegurar que seguiria com seu plano maléfico de pegar o padre Kim. Quanto mais pensava nisso, mais ficava apavorada com a ideia de me envolver com um padre, mesmo ele deixando claro suas intenções.

 Quanto mais pensava nisso, mais ficava apavorada com a ideia de me envolver com um padre, mesmo ele deixando claro suas intenções

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Todas as vezes que fechava meus olhos, o rosto do padre Kim Jongin invadia meus sonhos e pensamentos. Aquele homem estava ferrando meu psicológico e era nocivo, mas eu precisava entender que as coisas eram mais complicadas do que eu gostaria que fosse — inclusive se tratando de uma situação de vida ou morte, no caso morte da minha família.

— Filha — ouvi minha mãe chamando, então ela apareceu na porta do quarto. — Querida, voltou a praticar?! — sorriu ao me ver com o colã preto.

— Sempre pratico, pra esvaziar um pouco a mente. — Respondi.

— Parece tão aflita, Mila querida — soltei um suspiro, pois era difícil manter aquela história em segredo da minha mãe.

— Sinto falta de como Flores era, sabe — falei uma meia verdade e ela assentiu.

— As vezes tenho a esperança de acordar e tudo for um sonho. Abrir a porta do quarto e encontrar Alexandre pulando em um pé só enquanto calçava as meias pra ir trabalhar, Bruno na mesa de café com os olhos fixos nos livros e você dando piruetas no meio da sala, do jeito como era. — Os olhos da minha estavam cheios de lágrimas, assim como senti as minhas caindo no rosto.

Padre_ Série: Desejo Profano Livro 3 (Kim Jongin)Onde histórias criam vida. Descubra agora