Capítulo 2

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Fiquei encolhida no banco do carro, que dirigia a toda velocidade para minha casa, pelo menos era que pensei que fariam, mas pedindo a Deus e todos os santos para que ficasse viva — tanto tempo apenas invisível aos olhares dos homens de PitBull, mas naquele momento me tornei um alvo, certamente estaria encrencada. Aquilo era um pesadelo e não importava o quanto tentasse fugir, eu havia ficado no meio do fogo cruzado entre dois homens perigosos, porque sim , o padre era muito perigoso.

Dentro do carro, os homens falavam que era naquela noite que acabariam com a raça do padre Kim, me deixando ainda mais ansiosa e temerosa do que aconteceria, pois eu bem sabia que haveria um derramamento de sangue. Os últimos derramamentos de sangue que houveram no condado de Flores foram terríveis, pois várias pessoas inocentes se machucaram.

O carro parou de frente à minha casa, causando um certo alívio por não ser levada para um buraco ou algum lugar de tortura, então um dos caras abriu a porta para que eu saísse.

— A bela princesa, está entregue — ele sorriu sarcástico, mas não lhe respondi, abaixando a cabeça.

— Hey, loirinha!! — Virei a cabeça e o motorista me chamava. — Sonhe com os anjos! — Os outros dentro do carro riram, me fazendo engolir em seco e correr para dentro de casa.

Meu coração estava acelerado e as pernas tremiam, caindo no chão por fim, fraca, nervosa e em pânico — era certo que minha vida não estava mais segura por ter tido contato com o padre e aquilo me apavorava.

— Mila, o que faz aí? — Minha mãe se aproximou limpando as mãos no pano de prato, com o cenho franzido e a encarei com os olhos arregalados.

— Eu vou morrer, mãe!!

— Eu vou morrer, mãe!!

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[...]

Me inclinei na mesa servindo as bebidas, usando aquele vestido justo de couro e um sorriso pretensioso no rosto — os homens que tinham mulheres em seus colos me encararam de uma forma maliciosa, mas não podiam me tocar devido às regras da boate que diziam que clientes eram proibidos de tocar nas garçonetes sem a permissão delas. Então deixei as bebidas dando uma boa noite e saí até o bar para pegar mais pedidos e assim eu seguia minha vida de merda.

Apesar do que houve, não pude deixar de ir trabalhar, pois se desaparecesse de vez, os homens do PitBull poderiam me arrastar. Eu ainda estava aterrorizada e sempre que via um deles rondando a boate, meu coração acelerava e era tomada pelo pânico. No meio de tudo aquilo havia algo que não saía da minha cabeça, o dia que o padre Kim matou sem misericórdia aqueles homens dentro da igreja, além do ataque que fariam a ele.

As fofocas que circularam eram que alguns homens haviam desaparecido e como minha mãe afirmou que padre estava na missa, ele não morreu. Fiquei pensando se aquilo era certo ou se padres poderiam matar pessoas, mesmo sendo más. Aquele padre tinha um ar misterioso, quase como sombrio, tirando sua aparência peculiar, loiro e asiático.

Padre_ Série: Desejo Profano Livro 3 (Kim Jongin)Onde histórias criam vida. Descubra agora