Não sei o que deu em mim de ir atrás do padre Kim, era loucura, mas o que eu podia fazer? Tanto era uma isca, como ele me atraía. Aquelas palavras saíram firmes dos meus lábios, porém as pernas tremiam de ansiedade, não esperando que fosse obter alguma resposta rápida, ou do modo tradicional.
De repente a porta do lado onde eu estava no confessionário se abriu tendo a visão do padre Kim, fazendo com que arregalasse os olhos, assustada por sua aparição repentina. Então ele olhou para os lados e antes que pudesse dizer qualquer coisa, o padre adentrou o confessionário.
— O que... — arregalei os olhos vendo-o preencher o pequeno espaço que mal cabia uma pessoa, me encurralando naquele cubículo.
— Você veio?! — o sorriso dele fez meu corpo estremecer, assim como aquela aproximação perigosa, aquele homem por inteiro era perigoso.
Seu olhar me queimou e faltou ar — ele sabia do poder que tinha no meu corpo, certeza que sabia, não era possível. Depois do que fizemos na cozinha da paróquia, estava rendida de vez.
Era preciso apenas fechar os olhos e imaginava seu corpo contra o meu, nossas carnes se encontrando no mais íntimo deleite da luxúria e um simples cômodo me deu asas para imaginação. O imaginei de tantas formas em tantos lugares, que apenas na visão dele ainda trajado com sua batina, fez meu rosto corar completamente como uma adolescente na puberdade.
— O que iria confessar, logo pra mim? — uma de suas mãos se apoiou ao lado da minha cabeça e seu rosto ficou ainda mais próximo do meu.
— Você falou com a madame Pérez? — questionei e ele permaneceu com aquele sorriso no rosto.
Definitivamente esse homem não é um padre comum!
— Ela já falou com você?! — assenti. — O que acha do plano?
— Não tenho muita escolha... é a vida da minha família — suspirei cansada, apertando os dedos sobre o colo.
Temia demais pela vida da minha família para deixar que qualquer coisa acontecesse. As coisas estavam saindo do controle e fui metida em sua situação impossível de sair. Mesmo supostamente tendo a proteção da madame, tinha medo de PitBull descobrir, porque ele iria.
Eu estava disposta a fazer qualquer coisa pela minha família, nem que fosse preciso vender o meu corpo. Só queria fugir dali, ir para além das fronteiras da cidade.
— Não se preocupe, loirinha! — ele enrolou uma mecha do meu cabelo em seus dedos. — Eu nunca deixaria que nada acontecesse com você e sua família. — Ergui a cabeça lhe encarando e aquela aproximação estremeceu meu interior.
O coração batia acelerado e estava suando como um porco por estarmos dentro daquele cubículo tão próximos. Padre Kim Jongin estava garantindo a proteção dos meus pais — ele tinha feito o mesmo para meu irmão, talvez fosse o momento de confiar. No entanto, eu não confiava em mim e meu coração emocionado, pois ele fora o primeiro homem o qual senti algo além de afeição humana.
Ia muito além disso, porque se tratava de mim nutrindo uma paixão, mas não uma paixão, era avassalador, em chamas, como se meu corpo estivesse a um passo da combustão. Tudo nele me fazia pensar e agir de forma errada, pois se tratava de um padre e não se pode ter sentimentos românticos com um padre, certo?
— Não brinque comigo, padre! — respondi séria e seus dedos deslizaram em minha bochecha, fazendo com que precisasse controlar a vontade de fechar os olhos apenas para aproveitar aqueles toques quentes.
— Jamais faria isso — seus olhos desceram para meus lábios e os apertei. — Foda-se!! — em um único movimento, ele avançou contra minha boca.
No começo me assustei, arregalando os olhos, porém era o padre Jongin e seria hipócrita em dizer que não o queria, mesmo não havendo plano, ainda iria querer seus beijos. Então retribuí, envolvendo os braços ao redor de seus ombros.
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Padre_ Série: Desejo Profano Livro 3 (Kim Jongin)
RomansaSejam bem vindos à cidade do pecado. Um lugar dominado pelas trevas, sem lei e sem fé, porém um padre virá como a mão de Deus, cuidando dos bons e punindo os maus. Ela era sua obsessão, o pecado do padre, que era capaz de qualquer coisa por sua doc...