Sejam bem vindos à cidade do pecado.
Um lugar dominado pelas trevas, sem lei e sem fé, porém um padre virá como a mão de Deus, cuidando dos bons e punindo os maus.
Ela era sua obsessão, o pecado do padre, que era capaz de qualquer coisa por sua doc...
Não sabia qual seria a intenção daquele padre tão jovem usando aquela frase, mas ele parecia bem determinado em levar ordem para Flores, mas o que realmente não me tirava da cabeça era a aparência do jovem padre, chegava até ser bastante sexy. O rosto quadrado, os lábios carnudos e a cabeleira platinada.
E por falar nisso, por ser um condado pequeno, os curiosos estavam em peso na paróquia na missa de domingo, só para conhecerem o novo padre e vamos dizer que não fui a única a ficar chocada com a aparência dele. O olhar que aquele ser lançou em todos no dia da missa foi de arrepiar os pelos e não no bom sentido, porque era assustador.
Cada palavra dita por ele, foi como uma facada na cara das pessoas dali — me senti completamente despida ouvindo o que aquele homem de batina tinha a dizer. O seu discurso era ainda mais assustador que seu olhar a cidade deveria ficar preparada, porque as coisas iriam ser muito diferentes com a chegada daquele homem misterioso usando batina de padre.
— Quero dizer a esta cidade escrota, que chegou um novo xerife e vai se arrepender quem ousar desobedecer às ordens da igreja — ele encarou cada rosto e algumas pessoas engoliam em seco, agarradas aos seus terços. — Dia de missa quero ver seus traseiros nesses bancos. A escola católica será reaberta, na verdade nunca deveria ter sido fechada e feito um bordel. — ouvir aquilo aqueceu meu coração, pois as crianças estavam abandonadas sem educação. — Quem vocês pensam que são para profanarem o solo sagrado e educacional com suas imundícies? A partir de amanhã as vadias vão ser enxotadas do prédio, nem que sejam pelos cabelos. Todos com menos de dezoito são obrigados a estar na escola às oito da manhã da semana que vem. Não quero mais nenhuma menina nas esquinas rebolando o rabo e nenhum menino vendendo drogas no meu condado. E se acharem ruim, SAÍAM DA MINHA CIDADE!!! —arregalei os olhos com a voz grave dele ecoando nas paredes da igreja. — E antes que pergunte sobre o PitBull... Ele que venha até mim —a bíblia foi fechada com força assustando a todos. — Acabou a missa, vão para suas casas que amanhã teremos muito trabalho!
Um por um as pessoas saíram da igreja, havendo cochichos a respeito do novo padre, claro que ninguém estava disposto a obedecer alguém tão jovem, mas se eu fosse eles obedeceria, algo no semblante daquele padre havia algo um tanto perverso, porque ele não parecia brincar com o que estava dizendo e eu não queria nem saber o que era capaz.
As coisas estavam chegando a um nível que não podia compreender, talvez minha mente não pudesse formular as coisas ao meu redor, mas não queria estar por perto quando o condado pegasse fogo, pois PitBull nunca permitiria que outro comandasse a pequena cidade.
Minha cabeça virou para a fachada da paróquia, a cruz em neon brilhava intensamente, sendo o destaque da grande estrutura enegrecida de tijolos cobertos por marcas do tempo e lodo. Vendo naquele ângulo, mas parecia um prédio macabro, vindo direto de filmes de terror, não lembrando nada a casa de Deus.
Logo a figura do padre Kim surgiu nas grandes portas de madeira — nossos olhos se encontraram e um arrepio percorreu minha espinha, pois algo nele me deixava em alerta, além de sua beleza única, tão divergente da imagem formada na minha cabeça de como um padre deveria ser. Ele permaneceu com os olhos fixos nos meus e apenas meneei a cabeça com um sorriso sem graça, girando nos calcanhares, sentindo o rubor subindo em meu rosto.
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