Sejam bem vindos à cidade do pecado.
Um lugar dominado pelas trevas, sem lei e sem fé, porém um padre virá como a mão de Deus, cuidando dos bons e punindo os maus.
Ela era sua obsessão, o pecado do padre, que era capaz de qualquer coisa por sua doc...
Em nenhum momento hesitei, ou tive medo, pois a certeza de me banhar com o sangue daquele desgraçado me enchia de felicidade. Tudo ao meu redor parecia ter ficado em silêncio, podendo apenas ouvir apenas minha respiração, que estava compassada, lenta e firme. Exultante com a imagem de PitBull morto.
Ele percebeu ser alvo de uma arma, virando a cabeça em minha direção, olhos arregalados, enquanto um sorriso desenhava meu rosto. Pela sua expressão de medo, sabia que aquele era seu fim e seria por minhas mãos — nada iria me deter.
Todo som de tiroteio se dissipou e ouvi apenas o clique da trava da pistola, então em segundos tudo acabaria. Ele tentou alertar seu homem, no entanto, este estava ocupado demais com os atiradores para ver que seu patrão seria morto pela noiva.
— Diga adeus, desgraçado! — murmurei puxando o gatilho, no entanto, fui empurrada para o lado.
Caí no chão com o peso de alguém sobre mim e meus olhos se arregalaram quando vi ninguém menos que XuKun cheio de buracos de bala, manchando o vestido branco com seu sangue. Ele agonizava, se afogando em sua própria morte e me encarou com os olhos arregalados, tentando dizer algo. O empurrei para longe, finalmente me pondo de pé.
Ele continuava me encarando, pedindo socorro e a única coisa a ser feito para acabar com sua dor era misericórdia. Precisei de uma única bala para aquele ato de clemência e ela atravessou a cabeça de XuKun, que morreu no mesmo instante com os olhos abertos.
Me abaixei em sua direção, depositando um beijo em sua bochecha, antes de pegar sua pistola, voltando a minha missão inicial. Quando virei, PitBull havia escapado, correndo para o outro lado. Furiosa, comecei a atirar na mesma direção, puxando a saia do vestido para ir atrás dele.
Quando estava descendo do altar, senti um aperto em meu braço e antes que pudesse acertar quem me agarrou, fui surpreendida com o rosto do padre Kim. Arregalei os olhos ao vê-lo bem diante de mim — vivo. Ele me encarou com um sorriso e queria acreditar estar vendo uma miragem, no entanto, aquilo era real.
— Precisamos ir! — apesar do tom de urgência, sua voz ecoou macia, gentil e amorosa.
Meu coração bateu acelerado, pois acreditava que ele havia morrido nas mãos dos homens de PitBull, porém lá estava ele, vivo e lindo.
— Tenho que ir atrás do PitBull! — exclamei desesperada.
— Faremos isso, mas precisa sair daqui, as mulheres de Pérez estão aqui e elas não nos verão como amigos. — Ele respondeu ainda com a mão ao redor do meu braço.
— Como você...
— Não vai se livrar de mim tão cedo, loirinha! — novamente ele exibiu aquele sorriso ladino, então assenti, aceitando aquela meia vitória.
O padre Kim me guiou entre o tiroteio causado por ninguém menos que Judith e Gaveta. Eles reuniram alguns mercenários e foram ao meu encontro para acabar com aquela palhaçada de casamento. Vi algumas mulheres entre as atiradoras, reconhecendo como capangas da madame Perez. Com certeza ela não deixaria PitBull se safar depois de tudo.
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