Padre_ Série: Desejo Profano Livro 3 (Kim Jongin)

Capítulo 14

Agarrei um deles em uma gravata, enquanto arremessava uma das facas em outro, fazendo com que mais e mais homens avançassem à minha frente. Armas foram apontadas em minha direção e disparadas, porém usei um deles como escudo, enquanto corria para uma das máquinas caça níqueis. Os tiros chamaram atenção dos presentes, que corriam desesperados para não serem acertados, me dando chance para despistar meus adversários

O plano de entrar no cassino foi bem sucedido, entretanto, não seria nada fácil sair dali vivo. PitBull me localizou antes que pudesse chegar até ele e mandou seus homens para me atacar. Aquele desgraçado tinha uma segurança massiva naquele cassino em questão e seria difícil subjugá-lo naquele lugar, porém não tive escolha, precisava descobrir o que aconteceu com Camila.

Ela ainda estava desaparecida, pois mesmo investigando o lixão onde poderia ter sido jogada para a morte, nada fora encontrado, então havia uma chance daquele bastardo ter apenas a raptado. Minha cabeça queria ceder ao pior, imaginando-a em uma vala, porém eu era um padre e precisava manter a fé inabalável mediante aquela provação.

Desviei de alguns golpes, enquanto arremessava minhas facas na direção deles. Eu só precisava de uma única chance — a chance perfeita para acertar o PittBull. Infelizmente essa chance não veio e armas foram apontadas em minha direção. Usei as últimas facas que possuía, porém logo o local se encheu de homens armados até os dentes — eu estava encurralado, então minhas mãos se ergueram e lá estava eu, cativo deles.

Fui amarrado com os braços para cima, em correntes grossas. Poderia dizer que aqueles desgraçados eram bem inventivos na hora de capturar seus inimigos. Fui levado do cassino para um galpão do outro lado, talvez onde faziam suas coisas ilegais na surdina. Então os homens do PitBull atacaram-me com socos e barras de ferro. Cuspi sangue, ao tempo que sentia meus ossos sendo quebrados em vários pedaços.

— Achou mesmo, que iria escapar? — o grande chefe se aproximou, com seu charuto em mãos e um sorriso debochado no rosto.

Ergui a cabeça para o encarar. Aquele cretino iria pagar pelo o que fez com a Mila, se não fosse nessa vida, seria em outra.

— O... o que fez com a menina Camila? — questionei engolindo meu sangue.

— Aquela vadiazinha tentou me enganar — respondeu. — Ninguém me faz de otário!

— ONDE ELA ESTÁ, SEU MALDITO!!! — gritei desesperado, levando outro soco, mas dessa vez no rosto.

— Espero que no estômago de algum bicho. — Respondeu simplista.

Me debati, fazendo com que apanhasse ainda mais dos homens dele, que sentiam um grande prazer em me torturar daquela maneira. Eu precisava pensar rápido, antes que fosse morto por eles.

— Quebrem esse padreco, até que deseje a morte! — PittBull deu a ordem e saiu daquele quarto de tortura.

Assim que ele saiu, a primeira coisa que me fizeram foi enfiar uma faca no meu abdômen. Gemi de dor, enquanto giravam a arma, aumentando ainda mais a sensação de morte. Estrangulei um grito, a testa suou com o tamanho daquela dor e sabia que aquilo não era nada com o que podiam fazer comigo.

Eles pegaram um bisturi e deslizaram ele sobre meu peito, descoberto. Sentia meu corpo entrando em choque, mas aquilo nem se comparava ao passado — eu só precisava pensar em uma forma de fuga. Fechei os olhos, tentando me concentrar em tudo ao meu redor, cada detalhe, som e dimensões. Alguma coisa ali serviria como alvo — só tinha que suportar um pouco mais.

Sabe, afogamento em lama suja foi a tortura seguinte e eles me fizeram engolir aquela coisas nojenta diversas vezes, para depois usar barras de ferro contra minhas costas, que foram desnudas.