Capítulo 15 - O jantar

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    A irmã dele parecia não estar para brincadeiras. Mas sei lá ela parecia tão legal no começo, o que será que deu nela?

- Tá tudo bem. Não foi nada - disfarçei.

- Quer que eu faça seu prato? - perguntou Ani, mudando de assunto rapidamente.

- Não precisa, mas obrigada - respondi.

    Todos começaram a colocar seus pratos, me senti muito desconfortável ali, mas Ani me fazia me sentir melhor. O que estou dizendo? Ele tem que ser a última pessoa nesse momento que me faça me sentir melhor! Tá bom, tenho que saber mais sobre eles.

- Ally você nasceu aonde? - perguntou Cindy.

- Aqui mesmo. E depois, fui para um orfanato porque meus pais morreram - respondi e comi uma rodela de cenoura.

- Lamento muito.

- Tudo bem, nem os conheci direito, mas não vou mentir, não ter pais por perto faz falta. Agora que eu conheci a minha nova família, me sinto amada em tão pouco tempo.

   Todos me olharam admirados, sei lá, por pena talvez, é difícil saber.

- Que bom que você encontrou pessoas que te amam - falou Luan. - Principalmente meu filho.

    Ani ficou vermelho e eu só pude dar um sorriso para ele, disfarçando o momento constrangedor.

- Vocês viram a menina que foi encontrada morta aqui perto de casa? - perguntou Larissa.

- Vi sim - olhei para o Ani levantando a sobrancelha, ele percebeu e estranhou. - O assasino pode ser dessa vizinhança.

- Pois é - Ani falou me fitando.

     Acabamos de comer, foi muito bom o jantar, conversamos bastante, os pais do Ani são gente boa. Assim que terminei, Anakim se levantou da cadeira, e eu fiz o mesmo.

- Vem comigo pro meu quarto? - Ani perguntou piscando pra mim.

- Claro, com licença - falei para seus pais.

- Vai lá - Luan disse fitando o Ani com um sorriso.

    Subimos as escadas. Reparei na casa, é bem aconchegante, não é tão chique assim, mas tem um estilo bonito, nada muito exagerado. Entrei no quarto dele, um típico quarto de garoto, mas sem brinquedos, há uma estante que tem vários aviões em miniatura bem legais, fui em direção à eles e peguei o mais bonito.

- Ally - ele fechou a porta devagar. - Não acredito que você ainda desconfia de mim! Não sou o assasino, já te disse.

- Eu te vi saindo com a Olivia de carro depois do nosso encontro. Tenho que suspeitar mesmo - falei meio magoada.

- Você está exagerando. Ontem a noite assim que cheguei, fui dormir. Não acredita em mim?

    Ele se aproximou, fiquei sem ação, e logo pensei numa saída.

- Eu quero acreditar. Tive uma idéia, ou talvez uma loucura. Que tal você ir dormir lá em casa, na verdade, vigiar a rua de noite, aí eu fico de olho em você - terminei de falar e ele riu.

- Okay, o que mais?

- Se minha dedução estiver correta, hoje a noite o assasino vai novamente de madrugada pegar a Olivia. Não estou ficando doida! Vi seu carro e a Olivia entrando nele.

- Ally - ele segurou meus ombros. - Isso já é paranóia, esquece isso.

- Só me prove que você não é quem eu penso que é - comentei  sincera.

- Tá bom, e seus pais já sabem que vou pra lá? - ele levantou a sobrancelhas ficando muito charmoso.

- Na verdade não, você vai escondido. Umas meia noite. Olha, eu quero mesmo acreditar que você não é... - ele completou :

- Um assasino? Você pensa mesmo isso de mim?

- Só, quero achar o verdadeiro assasino. Me ajuda então?

- Sim - respondeu ele meio desanimado. - Precisamos de filmadoras, máquinas fotográficas, e binóculos . Ainda bem que eu tenho tudo isso, se não iria gastar uma nota.

- Obrigada Ani - o abracei fortemente e ele correspondeu.

- Toma cuidado Ally, isso é muito perigoso, e arriscado. Ainda bem que eu estou com você para te proteger.

- Ownt - Dei um beijo em sua bochecha.

- Não vamos perder tempo.

   Ele me soltou, foi até um baú em frente a sua cama e começou a tirar os equipamentos de espionagem. O ajudei.

É,  sou euOnde histórias criam vida. Descubra agora