Assim que acabei de me arrumar, desci e fui até a cozinha, a empregada, Amanda, está lavando os pratos.
- Bom dia - disse animada.
- Bom dia senhorita. O que deseja de café da manhã? - perguntou naturalmente.
- Humm... deixa eu pensar - fiz uma pausa. - Não preciso de nada, eu mesma sei fazer minha comida, não precisa - respondi sincera.
- Mas, é o meu dever... - a interrompi :
- Quero você só como uma amiga e não como empregada, okay?
Ela concordou com a cabeça dando um sorriso. A ajudei a preparar o lanche para todos da casa, pensei seriamente em colocar grama no sanduíche da Olivia, mas quem iria levar a culpa seria a Amanda, e eu não gostaria que ela fosse punida por minha culpa. Terminamos os pratos e o povo começou a acordar, primeiro meu pai que acordava bem cedo, pela sua rotina de investigador, depois meu irmão Stu, logo em seguida Olivia e o Jonathan, todos já estavam à mesa reunidos. Comemos, quando acabei, fui para o quintal pegar um pouco de sol, fiquei lá na espreguiçadeira com os olhos fechados, refleti bastante sobre o Ani, vou mesmo investigar ele, quero saber da verdade! Alguém do nada me cutuca e eu abro meus olhos e os tampo do sol, vejo Jonathan.
- Ally, dá pra acreditar? Vamos visitar hoje nossa nova escola! A mamãe pediu para você se arrumar para nós irmos.
- Okay tô indo, bom dia pra você também! - falei, ele fez uma careta saindo e o acompanhei.
Coloquei um vestido azul normal de sair e fiz uma trança no cabelo. Fiquei muito bonita, até me surpreendi com a imagem que vi no espelho, agora mesmo que comecei a reparar no meu corpo, tenho bastante curvas de dar inveja e meus olhos acompanharam minha roupa. Enquanto reparava em mim, minha mãe me chamou lá de baixo, saí apressadamente do quarto. Cheguei lá em baixo e não tinha ninguém, então fui lá pra fora, minha mãe estava se despedindo do meu pai com um beijo enquanto o Jonathan estava indo para o carro, olhei em volta, e alguém coloca as mãos em meus olhos.
- Tá bom quem é? - perguntei passando as minhas mãos na mão da pessoa. - É você né Anakim?
- Como soube? - ele tirou as mãos dos meus olhos, me virei o fitando, essas ladainhas! Já não caio mais nelas.
- Instinto. Vou ter que ir mas depois a gente se fala okay? - saí e o deixei, mas ele me puxou pela minha mão.
- Espera, você esqueceu isso!
Ele me beijou e eu é claro que senti algo, mas mesmo assim o Anakim é um mentiroso! Me afastei fingindo que estava morrendo de paixões por ele, dei um beijo na sua bochecha e fui para o carro. Entrei no carro bufando de raiva, como uma pessoa é assim?
- Já estão namorando? - Jonathan peguntou curioso.
- Não... Acho que ele é o assasino da garota - tampei minha boca, pois havia dito algo que só eu poderia pensar.
- O quê !? - ele ficou pálido e berrou, estorando meus tímpanos.
- Shhhh! - tampei sua boca e ele arregalou os olhos. - Que droga. Mas agora que você já sabe, você tem que me ajudar a encontrar provas contra ele okay? - soltei ele devagar.
- Tá bom. Mas isso é muito perigoso Ally! Precisamos de mais pessoas para nós ajudar que tal o papai?
- Não, quanto menos pessoas melhor. Vamos só pedir informações sobre o caso com o papai, mais nada me entendeu?
- Tá! - ele me olhou estranho. - Desde quando você tem a mesma profissão que o nosso pai?
- Desde de ontem - ri. - Vamos mostrar para todos quem nós somos!
Nós dois batemos as mãos e meus pais entraram no carro. Rimos um pouco e meu pai olhou para nós supeitando de algo.
- Qual o motivo da alegria? Nós só estamos indo para escola. - Luís falou.
- Lá nem é tão legal assim - Paula concordou.
- Não é nada só estamos animados mesmo - respondi, meu pai me olhou como se soubesse de algo.
- Okay, então vamos logo? - Luís ligou o carro e começou a dirigir.
***
A escola é por fora bem assustadora, parece bem antiga, não sei como descrever, há um jardim enorme em frente a entrada. Saímos do carro e entramos pela gigante porta de madeira, senti um arrepio, mas só porque tava frio lá dentro, é claro. Fomos recebidos pela diretora, ela aparenta ter uns 50 anos de idade, é baixinha, e pra melhorar a altura, ela usava uma saia que a deixava menor do que já é.
- Sejam bem vindos a escola Nogueira, sou a Senhora Kantiana vou mostrar as salas.
Ela andou bem rápido parecia que formigas estavam a perseguindo, ou baratas. Ri baixinho de seu andar, a senhora Kantiana ouviu e se virou fazendo uma cara feia, que me fez parar na hora, ela só pode ter super audição. A seguimos e fomos parar numa sala não muito grande mas que parecia caber bastante gente, não é a coisa mais confortável do mundo mas é bem legal, vimos outras salas e andamos pelos corredores para conhecer um pouco mais. Há pouca gente que estava trabalhando nesse dia, pois ainda não começou o ano letivo. Estávamos andando no corredor quando vi alguém no final do mesmo, só dava para ver a silhueta que me é muito familiar, comecei a correr em direção aquela pessoa, corri o mais rápido possível, e abracei ela com todas as minhas forças, é minha professora Elenice. Chorei de alegria, e ela fez o mesmo. Nunca fiquei tão feliz por ver uma pessoa na minha vida!
- Ally! - ela limpou suas lágrimas. - Quanto tempo! - Elenice me soltou e olhou para mim com admiração.
- Também senti sua falta. O que você faz aqui?
- Eu? Trabalho aqui. Lembra que eu disse que me chamaram para uma outra escola? Então, é essa.
- Já estava amando essa escola, agora ainda mais.
Meus pais se aproximaram e a comprimentaram com apertos de mãos, nada muito pessoal, afinal eles não se conheciam. Fiquei tão feliz, que não queria sair mais dali.
- Muito prazer, me chamo Paula, esse é meu filho Jonathan, e meu marido Luís - minha mãe se apresentou. - Me desculpe mas nós temos que ir, foi um prazer te conhecer.
- O prazer foi meu - ela abraçou minha mãe, meu pai e meu irmão. Se despediu de mim com um beijo na testa.
- Tchau professora, vou vir aqui mais vezes - falei triste por ter que ir embora.
- Tchau, vão com Deus.
Me despedi e fomos para o carro, no caminho para casa, refleti sobre tudo que havia ocorrido ontem a noite, depois de milênios, lembrei que a Olivia também está envolvida nesses acontecimentos ou assasinato para ser mais específica. Vou pegar eles dois no flagra hoje a noite, planejei cada mínimo detalhe. Quando me dei conta, já estávamos estacionados em frente de casa. Saí do carro o mais rápido possível, para que o Anakim não me visse, mas não deu certo, ele apareceu por trás de mim e me deu um beijo na bochecha o que me fez arrepiar, tenho que conseguir o máximo de informações sobre todos que estão em sua casa, saber mais sobre eles.
- Ei Ally, falei com meus pais sobre você, vou preparar um jantar hoje para que eles te conheçam, vai ir? - ele me fitou com aqueles olhos verdes. Para Ally! Concentração! Foco!
- Claro, mas já? Afinal, nem te conheço direito - falei sincera.
- Por isso que irei fazer isso, para que você me conheça mais, e eu você. Vai?
- Vou sim.
Anakim me abraçou fortemente e fiz o mesmo. Droga! Por que ele teve que fazer isso comigo? Enganando meus sentimentos! Que ódio! Okay, okay, respira. Entrei em casa e fui para meu quarto, me joguei na cama e dei um cochilada, nem almocei. Acordei com um passarinho batendo na minha janela, abri e ele voou me deixando no vácuo, o céu não estava escuro, final da tarde ainda. Me ajeitei e desci as escadas, liguei a televisão da sala, e fiquei vendo o jornal.
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É, sou eu
RomancePlágio é crime! Ally é uma menina de 15 anos que morava em um orfanato. Mas, ela foi adotada junto com seu melhor amigo, Jonathan. Com isso, eles irão viver várias aventuras em sua nova casa. Houve um assasinato perto da sua residência. Ally com...