Capítulo 30 - Quarto assutador

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- Autoridades não têm mais pistas do possível "serial killer". Ele matou outra, há alguns dias atrás, uma menina chamada Bruna, de apenas 15 anos. Policiais acreditam que ele não vai parar de matar, a não ser se for detido.

- Só quando for pego por mim - falei com raiva.

     Terminei de ouvir cada palavra que o jornalista disse. Hoje talvez possa ser o dia em que Ani e eu iremos desmascarar o assasino, para isso ocorrer, tenho que conseguir minhas armas : uma panela, faca e uma corda. Não tenho muitos recursos e nem idade para comprar uma arma, então vou ter que usar o que estiver ao meu alcance. Assim que o noticiário acabou, me dirigi até o quarto da Olivia, que até então nunca tinha entrado, lá pode haver pistas que podem me ajudar nesse caso.

    Subi as escadas e parei bem em frente daquela porta de madeira, nela está escrito em letras vermelhas : Caia fora! Há um sinal de perigo logo em baixo das palavras, não perdi tempo, fui logo colocando minhas mãos na maçaneta e abrindo-a. A porta gemeu, fazendo um barulho que só em filmes de terror têm, fiquei temerosa com o que iria encontrar lá dentro.

- Força Ally - meu cociente disse.

     Terminei de abri-la. Entrei, e reparei em volta, é um típico quarto de menina roqueira, vários pôsteres espalhados na parede, vários Cds de bandas famosas, tudo desorganizado. Fechei a porta para que ninguém suspeitasse de absolutamente nada, andei tentando não fazer barulho, mas a madeira que estava debaixo dos meus pés não ajudou, ela rangeu me fazendo me encolher para não fazer mais sons.

      Fui até uma estante que tinha símbolos e colares estranhos. Uma das imagens possui o mesmo símbolo que tinha na nuca da Lucy, já outro, o mesmo sinal que há no peito do Anakim. Depois de ficar fitando essas coisas assustadoras, fui até a mesa do computador, me sentei e tentei ligar ele mas o mesmo tinha senha, só tinha três chances para conseguir liga-lo. Primeira tentativa : Olivia. Segundo tentativa: Rock. Terceira e última tentativa: pai de todos, assim que terminei de digitar e presionei o "enter", a senha estava correta.

- Isso! - disse alto.

     Assim que a senha se confirmou, uma página se abriu, a última usada por Olivia, nela estava todos os documentários sobre as garotas que morreram, eu acho que ela tem medo do pai de todos, que Olivia foi forçada a fazer coisas que não eram de sua vontade. Li suas notas que na maioria diziam sobre sua partida para um mundo melhor, que com seu grupo ela iria para outro nível. Lembro de cada palavra, tenho uma boa memória, depois de ver tudo em seu computador, me levantei e olhei debaixo de sua cama, havia bastante caixas, peguei uma e me sentei em cima de sua cama, a abri e vi minhas fotos e do Ani, ela estava nos espionando assim como eu e Anakim. Tinha fotos minhas de mim pela janela, tudo muito estranho, por qual motivo ela estava nos espionando? Seu chefe pediu? Por isso que ele sabe tanto da gente, Olivia deve ter dito à ele que nós o espionava. Peguei aquela caixa e coloquei em frente a porta para depois leva-la para meu quarto para analisar melhor.

   Havia em outras caixas fotos dela e seus amigos, o que será que eles devem estar pensando dela agora? Bom, lá não tinha nada sobre o pai de todos. Minha jornada de ir em seu quarto foi em vão, não possui nada que possa me ajudar. Peguei a caixa de fotos e saí daquele quarto assutador. Levei-a até meu quarto e coloquei dentro do meu guarda-roupa, para que ninguém visse, deitei-me na cama com uma preguiça aguda. Logo tempo depois ouvi a voz da minha mãe gritando lá de baixo.

     O dia passou bem devagar, veio o almoço, depois a tarde junto com a soneca e logo chegou a noite, estava escrevendo no meu caderno quando recebi uma mensagem do número desconhecido : Ele dormiu aí não é?E pelo visto foi uma bela noite. Anakim desobedeceu minha ordem, ele vai sofrer as devidas consequências, mas você Ally, vai morrer. Isso já passou dos limites! Corri até a casa do Ani, bati na porta desesperada.

- Abre! Abre! Por favor! - bati com a mão fechada na porta, chorando.

É,  sou euOnde histórias criam vida. Descubra agora