Capítulo 34 - O ritual

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  POV do Anakim

      Abri o porta mala e Ally entrou lá dentro. Comecei a dirigir o carro em direção a cabana dos rituais, é um lugar bem escondido, para que ninguém visse o que se era feito por lá; estacionei meu carro, vesti a manta preta, coloquei a máscara e em seguida abri o porta mala para que depois Ally saísse. Fui em direção à casa de madeira apodrecida, na sua porta à um símbolo de uma estrela em vermelho, manchada pelo sangue das garotas, aquilo só me deixava com mais sede de vingança pelo pai de todos, ele merece morrer, ser torturado até poder  sentir o que as meninas passaram.

     Meus sapatos ficaram sujos de lama pois na noite anterior havia chovido por aqui, deixando o ambiente ainda mais pavoroso, com a neblina pelo chão, e a cerração muito forte. Cheguei até a porta, repirei fundo e entrei naquele lugar sujo; todos os integrantes estavam em pé em volta de uma mesa com uma taça de outro em cima da mesma, um pano branco sujo a cobria, aquilo era muito assutador. Um dos participantes virou o rosto para me ver, mesmo estando de máscara.

- Você se atrasou - o líder falou com seriedade.

- Desculpe, não vai acontecer novamente - disse com firmeza.

- Tem que pagar agora. Peguem a faca.

    Um outro integrante foi até um armário no canto da parede e pegou uma faca de prata bem afiada.

- Cortem o braço - ele comandou.

    Dois dos mascarados vieram até mim pegaram meu braço com força, e cortaram sem dó nem piedade. Doeu para caramba; o ferimento não foi tão fundo assim. Depois disso me ajuntei a todos, eles começaram a falar em latim e eu fingindo que sabia.

- Esse é o momento de termos uma comunhão maior, com sacrifício! - gritou pai de todos. - Todos vocês terão que oferecer seu sangue para mim!

   - Sim mestre! - todos disseram alto e firme.

       E eu pensei: já não tinha me cortado? Já foi muito sangue derramado para meu gosto.

 - Assim que vocês me oferecerem o sangue, vocês podem tirar as máscaras, e assim revelar quem há por trás.

    Essa é a hora, de descobrir o animal por trás da máscara, assim que ele a tirar vou o atacar com meu estilete que estava no bolso. Ouvi barulho de folhas lá ao lado de fora, não pode ser a minha Ally.

- Estão ouvindo? - um dos integrantes perguntou sussurrando.

     Os participantes concordaram com a cabeça, um grito de garota saiu perto da janela, eu fechei os olhos por ter ido tudo pro brejo, então eu fiz a maior bobagem da minha vida.

    - Ally!

      Gritei indo até a janela, mas alguém me golpeou no pescoço e eu caí no chão.

É,  sou euOnde histórias criam vida. Descubra agora