Capítulo 36 - Identidade

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     Não estava acreditando no que meus olhos estavam vendo, pisquei várias vezes para ver se eu estava enxergando bem, senti tristeza, fúria e angústia. O pai do Ani se levantou do chão, espumando de raiva vindo em minha direção furioso.

- Idiota! Agora meu filho irá ter que morrer! - Luan gritou para mim com os olhos vermelhos.

- Por quê !? - Ani questionou com ódio na voz.

      O pai de todos me deu um golpe na barriga bem aonde estava cicatrizando, a dor foi muito forte, saiu sangue pela minha boca pelo soco que havia sido violento.

- Para! - Ani gritou, desesperado olhando para mim. - Depois de todos esses anos fingindo ser meu pai - Anakim abaixou a cabeça sem forças.

- Sou seu pai ainda - Luan falou indo até ele.

- Não não é, você é um mostro! Doente! - Ani falou sem medir as palavras.

- Você não entende, eu mato porque é bom - ele gargalhou.

- Psicopata! Você vai sofrer, pode não ser nessa vida, mais você vai sentir a dor de todas as garotas que matou - Ani ameaçou com raiva.

- Então vou acrescentar mais uma.

    Ele pegou a faca que estava no chão, deu um sorriso doentio, e andou sem presa em minha direção. Tentei me livrar das cordas, relutei até não poder mais, comecei a entrar em desespero, esse seria meu último dia? Parei de relutar olhei para baixo e fechei os olhos com força para evitar de ver uma faca me atravesando.

- Se você já me amou como pai, não a mate - Ani falou com desespero no olhar mais com a voz mansa.

- Amo você, sua mãe e sua irmã. Mas sua mãe não entendeu meu prazer por matar, ela acabou nos deixando; agora só tenho você e Larissa. Ally não faz parte disso! - Luan falou com o olhar triste fixado em Ani, mas assim que ele mencionou meu nome sua feição mudou completamente.

- Deixe ela livre e nós podemos ser uma família feliz novamente - Ani mentiu, tentando me salvar.

- Mas ela já me viu, assim que eu libertá-la, Ally contará tudo para a polícia - Luan falou, quase mudando de ideia.

- Ela não vai contar, né Ally? - perguntou Ani e os dois olharam para mim, esperando uma resposta.

- Não vou dizer nenhuma palavra - menti.

- Não sei porque não consigo acreditar em você.

       Pai de todos veio até mim com rapidez, segurando com firmeza a faca, fechei meus olhos e esperei pela morte.

É,  sou euOnde histórias criam vida. Descubra agora