É, sou eu

Capítulo 27 - Saída do hospital

       Os sete dias se passaram, foram os mais etetiantes e tristes da minha vida, eu decidi que não seria mais a Ally boba que fui, vou ser a melhor e mais famosa das investigadoras do universo dos jovens, tirando a equipe do "scooby doo",  eles sim não têm comparação. É o dia de alta do hospital, já estava apodrecendo lá, meus pais tentaram fazer de tudo para que eu me sentisse melhor no quarto, mas nada é como estar em casa, com a família e ar puro. Me arrumei ( já podia andar mais com dificuldade), coloquei minha melhor roupa e fiz um coque alto. Saí daquele quarto depois de falar com meu novo amigo Mauro o médico que cuidou de mim. Fiz amizade com as enfermeiras e médicos, todos bem legais. Fui até a recepção e fiquei esperando meus pais chegarem para me buscar. Recebi uma nova mensagem do pai de todos : Já vai sair do hospital? Agora posso te visitar. Respondi: o único lugar que você vai me ver é na cadeia! Vou te ver apodrecer!

    Isso já está passando dos limites! Vou arranjar uma faca para me proteger ou um guarda costas, ele protege suas costas contra os tiros sabia? Por isso o nome. Quero ir para casa e beijar meu travesseiro já que namorado que é bom nada né? Ainda não estava acretidando que o Anakim acabou comigo, mas também não vou ficar aqui  chorando. Me perdi nos meus pensamentos, meus pais chegaram e eu nem havia percebido.

- Ally, quer continuar aqui? - minha mãe balançou as mãos na minha frente.

 - Claro que não - voltei da excursão à  lua.

 - Então vamos - meu pai falou.

      Peguei minha bolsa e os acompanhei até o carro, tudo que eu queria naquele momento era alguém para me abraçar e ficar comigo, mas infelizmente isso não ocorreu. Entrei no carro diciludida, e deitei no banco para não presionar muito  minha barriga, ainda doía mas não tanto que nem depois da cirurgia. Meu pai ligou o carro e eu senti aquele cheiro de gasolina que é muito bom, sentia falta do conforto e do amor em que eles me davam.

  - Está com dor? - minha mãe perguntou olhando para mim pelo banco da frente.

  -Só um pouco. - fechei meus olhos.

  - Aguenta aí, já estamos quase chegando - meu pai disse acelerando o carro.

      Cochilei até chegarmos lá, dormi e a dor parou, na dúvida durma, no meu caso é a dor. Meu pai estacionou na garagem e eu saí do carro, havia uma faixa bem grande na porta e nela estava escrito : Quê bom que você voltou Ally! Sorri em ver que têm pessoas que se preocupam comigo.

- Obrigada - fui em direção aos meus pais e os abracei.

     Eles me beijaram à cabeça e depois eu entrei em casa. Amanda,Stewart e Jonathan me aguardavam com um bolo gigante nas mãos.

  - Ah gente! Amo vocês - abri meus braços para os abraçar.

- Ei espera a gente colocar esse bolo na mesa - Jonathan falou.

      Os três se moveram com todo o cuidado para que não caísse o bolo de três metros (sou muito exagerada né?). Os mesmos me abraçaram em conjunto, fazendo me sentir especial, adoro estar com eles, não queria mais solta-los.

  - Ally tô ficando sem ar - Stu falou com a voz roca.

  - Me desculpe - os soltei bem devagar.

   - Que bom que você voltou - Jonathan sorriu.

  - Agora você pode descansar - Amanda disse.

 - Obrigada gente, por tudo - agradeci.

      Comemos o bolo inteiro, engordei cinco quilos ou mais, mas estava uma delícia. Estava sem vontade de fazer nada, parece que o fora que eu levei do Ani só veio a tona agora, depois de comer muito, fui para meu quarto, me  joguei na cama e fiquei ouvindo músicas deprimentes, para ajudar no meu humor (até parece). Acabei dormindo a tarde inteira. Acordei tomei um banho bem demorado e fui caminhar ouvindo músicas no meu iphone. Andei olhando para o chão e acabei esbarrando em alguém.

 - Perdão - falei e olhei para a cara da pessoa, Anakim. - Ah é  você, então foi bem feito - me preparei para dar um passo, mas ele me segurou no braço.

 - Espera Ally, preciso falar com você.

- Não tem mais nada pra dizer, você já fez demais, agora você pode por gentileza soltar meu braço? - me irritei.