Capítulo 17 - Chaves

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   Ani saiu do banheiro.

- Oie dorminhoca. Vamos ligar as máquinas para começar gravar a rua? - ele perguntou.

- Sim - olhei pela janela de novo. - Que estranho.

- O quê? - Ani perguntou vindo até a janela.

- O cachorro está latindo para a lixeira daqui de casa - franzi a testa.

- Vou filmar.

     Ele ligou a câmera e começou a gravar, ouvi um barulho de um carro cantando pneu, parando em frente de casa.

- Olha! Olha, seu carro - falei alto, apontando para a Mercedes.

- Mas o meu está... - ele olhou para sua garagem e seu carro não estava mais lá. - Mas o que?

- Eu disse. Alguém pegou seu carro. Quem será?

- Kenan - Ani falou, olhando fixamente para seu carro.

- Quem é esse? - perguntei curiosa.

- Um velho amigo - ele fez aspas com os dedos.

- E como ele pegou suas chaves do carro?

    O Ani apolpou os bolsos de trás.

- O fedelho não pegou minhas chaves - Ele tirou a chave do bolso me mostrando, fiquei pasma. - Elas estão aqui!

- Como assim? Hum... Quem poderia ter acesso à elas? Um amigo ou uma ex namorada talvez?

- Não lembro de nada, ou de alguém que poderia ter pegado.

- Temos que descobrir - disse confiante.

- Desculpe por ter achado que você tava doida, maluca ou qualquer coisa desse tipo - Ani falou.

- Você não me disse essas parter mas, tá tudo bem. Agora você tem que me ajudar a pegar esse ladrão de carro ou possivelmente assasino. Okay?

- Sim. Vamos pegar esse trolho. Juntos.

Ele segurou minha mão. Terminamos de gravar, editamos o vídeo e as fotos.

- Vou tomar banho, okay? Volte para seu livro - desprezei.

- É pra já - ele se virou pegou o livro e se jogou na minha cama para ler.

- Fez isso direitinho em?

- Quando voltar de seu banho, fico com você.

- Tá bom - revirei os olhos.

    Entrei no banheiro, liguei o chuveiro e esperei a água esquentar, assim que o fez, entrei no box e comecei a lavar o cabelo, para ficar cheiroso. Já é tarde, então é melhor não ficar muito tempo por lá. Saí me enrolando na toalha, coloquei meu pijama, e saí do banheiro. As luzes estão todas apagadas, apenas a luz do banheiro incidia e com ela, consegui ver o Ani deitado na cama com os olhos fechados, me aproximei bem devagar sem fazer muito barulho, olhei para ele e me virei para ir desligar a luz do banheiro, assim que o fiz, Ani me agarrou pela cintura. Ele me puxou para cama me fazendo cócegas.

- Para Ani ! - falei derrotada. - Vão me ouvir! Hahaha! - ri até perder o fôlego. - Agora é minha vez.

    Comecei a passar a mão no pescoço dele, mas ele não ria.

- Ei não sente cócegas? - perguntei, abaixando minhas mãos.

- Não, minha fraqueza é outra - ele falou e olhou para o lado.

- Qual?

- Você.

    Fiquei sem palavras. Dei um beijo nele o mais longo e melhor de todos os tempos. Ele colocou as mãos na minha nuca passando as mãos nos meus cabelos, já eu, passei minhas mãos em seu pescoço. Fomos nos deitando e beijando, fiquei em cima dele. Ani começou a querer tirar minha blusa, mas eu não deixei, ainda não estava preparada para isso.

- Ainda não - falei ofegante saindo de cima dele me deitando ao seu lado.

- Entendo. Deixa então, dormir abraçado com você?

- Isso não tem problema.

     Virei para o lado oposto e ele colocou um dos braços em minha cintura enquanto a outra passava a mão nos meus cabelos.

- Que cheiro bom - ele cheirou minha cabeça.

- Boa noite Ani - cortei o assunto com um sorriso no rosto.

- Boa noite minha Ally - ele beijou demoradamente minha cabeça.

É,  sou euOnde histórias criam vida. Descubra agora