É, sou eu

Capítulo 25 - A ligação

- Ally, respira fundo - Ani disse me ajudando a controlar a dor.

- Acho melhor eu voltar a dormir - falei cansada.

- Vou voltar para casa e depois eu volto okay? - ele se preocupou.

- Obrigada pelos presentes e por sua companhia. Não precisa mais voltar, você já me ajudou e muito - respondi.

- Faço tudo por você minha Ally - ele me beijou na bochecha e fez carinho no meu rosto. - Te amo - Ani sorriu me fitando.

- Também, meu Ani - o puxei e dei um beijo nele.

    O soltei e ele saiu com um sorriso de garoto apaixonado, Ani foi embora para casa, e eu fiquei perdida de tanto pensar. Olivia foi presa e agora o pai de todos vai me perseguir, que maravilha! Se já tinha medo dela imagine desse cara. Nem estou à tantos dias na nova casa e já vivi muitas aventuras, levei um tiro, ganhei um namorado, prendi Olivia e agora tenho que achar o assasino de duas garotas.

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POV do Anakim

    Peguei meu carro e comecei a dirigir. Que bom que minha Ally está bem, senti um alívio em ouvir sua voz, ver seus lindos olhos azuis e sentir o gosto de seus lábios novamente. Pensei nela até chegar em casa. Já na mesma, subi e fui para meu quarto e tomei um banho bem gelado para despertar e recuperar a energia. Saindo do banheiro meu celular começou a tocar, olhei na tela(número desconhecido) e atendi.

- Alô? - perguntei receoso.

- Termine seu namoro com a Ally! Ou se não ela vai ser morta por mim, pai de todos e você vai assistir ! - gritou uma voz grossa compotorizada pelo outro lado da linha. - Não poderá ter mais contado! Se não sua queridinha vai ser morta como as outras garotas! É para seu bem e de Ally - desligou.

- Ele não pode fazer isso! - gritei.

    Agora mais essa! Não posso terminar com Ally, bem agora que ela mais precisa de mim para confortá-la! Mas se é para o bem dela, chorei de raiva. Quando encontrar esse canalha, vou matar ele eu mesmo! Vou fazê-lo sentir a dor que as garotas mortas sentiram, ele vai se arrepender de ter nascido! Vai pedir pela morte quando eu estiver o tonturando.

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POV da Ally

    Não tinha nada para fazer, então resolvi ligar a TV, ah que ótimo! O hospital não tem canal por assinatura, que beleza! Deixei no mesmo canal que liguei, nem fiz o esforço para mudar, a preguiça era maior. Passou notícias sobre o caso da Olivia, vi aquela criatura sendo presa, olhei para a televisão com desprezo só por me fazer lembrar desse mostro! Mas pelo menos, isso acabou, agora só falta prender o chefe dela, quer dizer, do grupo do mal.

      Ser internada é a pior coisa, ficam entrando médicos todo o segundo para aplicar remédios na veia, fazer perguntas irritantes e ficar olhando para o ferimento, isso tudo só me deixa ainda mais irritada, nem estou na TPM! Se fosse por mim, iria embora de lá assim que acabou a cirurgia! Um verdadeiro pesadelo. Nem posso me mecher direito se não dói, o que me resta fazer é comer e engordar. O hospital está colaborando para a obesidade, tomem cuidado quando forem à algum hospital. Meus pais entraram depois de alguns minutos e se sentaram junto a mim.

- E como vai minha garota? - meu pai perguntou sorrindo.

- Bem, só quero ir embora daqui - desanimei.

- Que bom que você está bem - minha mãe brincou.

- Quando poderei ir embora? - Os dois se entreolharam. - O que foi gente? - assustei.

- Vai demorar um pouco mais - Luís respondeu.

- Uma semana? - fiz careta.

- Por aí - Paula disse. - Temos um presente para você.

      Ela tirou uma caixa de dentro da bolsa e me deu. Tirei o embrulho e vi que era um o celular

- Eu e sua mãe achamos melhor de dar isso para ligar em caso de emergências como essa - meu pai olhou para meu ferimento.

- Obrigada - os abracei. - Amo vocês, obrigada por tudo.

- Nós te amamos - Paula disse.

- Vamos deixar você descansar agora.

    De noite, seu irmão Stu vai vir para dormir com você okay? - meu pai estava com a mão na maçaneta falando comigo.

- Okay. Tchau gente - mandei beijos no ar para eles.