Os Melhores

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Tom me amou naquela noite, e em todas as outras que se sucederam. E enquanto seu corpo se encaixava no meu, enquanto seus lábios suspiravam contra a minha pele, enquanto suas mãos me seguravam e me mantinham por perto, eu fechava os meus olhos e me deixava levar.

Não era transportada para outro lugar, pois ali era exatamente onde eu queria estar.

Perto, ou grudada de preferência. Olhando para ele, para o pai dos meus filhos, sorrindo excitado para mim enquanto seu corpo se conectava ao meu. Envolvida com cada mínima parte dele, sentindo cada extremidade de seu ser contra o meu, como se fôssemos dois imãs que não conseguiam se afastar.

E quando nós terminávamos, exauridos de qualquer força física, ambos caíamos na cama e ele me puxava mais uma vez, aninhando meu corpo suado contra o seu, formando uma espécie de cola. E era perfeito, perfeito sentir sua pele nua se repuxar contra a minha, seus lábios percorrendo o topo da minha cabeça até que um de nós pegasse no sono.

Isso seguiu até hoje de manhã, quando acordei no quarto que já conheço tão bem quanto o meu próprio. Despertei de bruços, o que se mostrou uma posição não muito boa pois minha barriga começara a despontar. Cobri o rosto assim que minhas pálpebras se moveram, sentindo a luz fraca das janelas me cegando conforme tentava me virar.

— Bom dia. — ouvi uma voz se arrastar e sorri instantaneamente, me voltando na direção do banheiro enquanto Tom saia apenas com uma calça de moletom.

— Uau, bom dia. — murmurei com a voz rouca, soltando um longo bocejo em seguida. — É tão incomum acordar e você ainda estar por perto...

— É um teste. — disse ele, sorrindo divertido. — Apenas para ver se você sentirá minha falta.

Ri baixo, me virando e arrastando o lençol sobre meu busto ao mesmo tempo em que Tom se aproximava e se inclinava sobre mim, o rosto pairando acima do meu enquanto suas mãos se apoiavam ao lado da minha cabeça.

Era hoje. 

Hoje era o dia de conhecer o restante dos Holland.

— E se eles não gostarem de mim? — questionei baixo, correndo o polegar pela linha da sua mandíbula.

Tom revirou os olhos.

— Como se isso fosse possível.

— Você só está dizendo isso porque está tentando me levar para cama...

Ele estreitou os olhos, confuso, e então nós dois nos entreolhamos e caímos na gargalhada. E então eu estava protegida, nos braços do maior porto seguro que já tive na vida. E era reconfortante e acalentador saber que eu não precisava me esconder, ou fingir ser algo que não era.

Eu podia ser apenas a Reyna, e ele ainda assim estaria ali.

E pensar que Tom iria embora... Não tinha mais problema, pois ele voltaria.

Ele disse que voltaria, e eu me agarrei a ideia sem pestanejar.

Sua boca tocou a minha e me desfiz ali, todas as barreiras caídas e massacradas.

— Estava pensando... — murmurei, sentindo minhas palmas começarem a suar conforme a ideia se instalava na minha cabeça. — Acha que posso levar alguém hoje?

Sua sobrancelha se arqueou.

— Claro... — disse, ponderando por alguns instantes. — Mas acho que Harrison e Sara tem planos para hoje.

Engoli em seco.

— Na verdade, estava pensando em levar meu pai...

Minha garganta parecia se fechar só por pronunciar aquelas palavras, mas a surpresa no rosto de Tom parecia amenizar um pouco do medo que assolava minha consciência.

All My Life | Tom Holland ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora