Cap. 13

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Já fazem seis semanas desde aquele acontecimento desagradável que Clara e Luciana passaram. Maia deu a ideia de fazermos uma visita para ela e comemorar o sucesso da recuperação, já que ficou de repouso por todo esse tempo.

Nanda e eu já estamos providenciando os preparativos para o casamento, pois é bem difícil conseguir resolver essas coisas de última hora. Sim, apesar de que até lá muita coisa pode mudar.

— Essa roupa está boa, Romero?

— Se tá boa? Tá maravilhosa, meu anjo.

Escuto tudo do quarto, onde Nanda me ajudava a escolher uma roupa também. Ambos ouviram, mas Nanda me lançou um olhar de repreensão, como a conversa de semanas atrás.

— Eu não disse nada — levanto as mãos como forma de rendição.

Só quem sabia dessa nossa visita era a Luciana, para não pegar as duas desprevenidas lá. Estava indo Nanda, Maia, Romero e eu.

— E aí, estão prontos? — Aparecemos na sala e os dois estavam tirando self juntos. Assim que questionei eles se viraram para trás, em nossa direção, já se levantando e mostrando que a resposta era sim.

Trancamos o apê e fizemos aquele mesmo trajeto de sempre para chegar até a portaria. Como a casa de Clara é por aqui perto a gente foi andando mesmo, era bem rápido. Minha noiva estava com um vestido rodado na cor azul marinho, cheio de flores vermelhas, enquanto o cabelo estava com alguns cachos, fazendo ele encolher um pouco até a metade das costas. Minha irmã também estava produzida, não tanto, até porque não era a ocasião adequada, mas estava vestida em uma calça jeans branca e um cropped de babado amarelo. Romero e eu estávamos simples, como sempre. Bermuda jeans preta, no meu caso, enquanto a dele era azul claro. Estou dentro de uma camisa cinza, no caso dele era uma na cor branca.

Chegamos em poucos segundos na porta da casa da minha prima. Por fora até parecia maior do que realmente era. Até tinha um jardim — mesmo que por fazer — com algumas flores meio murchas. Tenho que dar umas dicas para ela, meu Deus. Tocamos a campanhia e quem nos atendeu foi a Lu. Todos nós a abraçamos, cumprimentado-a. Ao adentrar a casa que não era tão grande como parecia do lado de fora, já foi possível ver a Clara na cozinha preparando alguma coisa.

•••

— Agora é a vez da Nanda — empurro a mesma para o centro do quarto, que não era tão pequeno.

— Ah, não, não — resmunga.

— Nanda! Nanda! Nanda! — Todos gritam.

Seus olhos reviraram e logo um sorriso brotou em seus lábios. A mesma pegou o microfone nas mãos, escolhendo a música pelo notebook da Clara.

— Agora vocês vão ver a cantora que habita em mim — se gaba, nos fazendo rir.

Ela fechou os olhos, sentindo a melodia. Abriu os mesmos assim que começou a cantar. Fixou seu olhar no meu, sorrindo.

— Eu era apenas eu...
Nada demais
Chorava enquanto meu coração escondido
Ia seguindo os teus sinais

Você era você
Tão especial
Me olhava igual sorriso de criança
Esperando o presente de Natal

Nesse momento ela estendeu a mão para mim, me fazendo levantar do sofá. Sua mão esquerda segurava minha mão direita suavemente, nossos olhares pareciam se encontrar depois de uma longa viagem separados.

Para Sempre Desde SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora