Cap. 18

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— Bom — pulei o sofá, me sentando ao lado da minha noiva, aproveitando para abraça-lá —, a um tempo atrás eu estive conversando com um casal, pais do Arthur, atualmente com sete anos. O menino tinha o sonho de conhecer um bombeiro, pois ele deseja muito ser um quando crescer, e tudo mais. Daí eu fiz uma chamada de vídeo com os três, durou quase uma hora. E os pais e eu combinamos de fazer uma surpresa para o Arthur, já que estava perto do aniversário dele. Hoje eu fui lá na festa dele fazer a tal surpresa. Foi i n c r í v e l! Sério, tudo foi muito mágico. Foi aniversário dele, mas quem ganhou o presente foi eu. Nunca imaginei que uma criança de sete anos adorasse tanto esses profissionais, e acima de tudo a profissão. A festa foi toda com o tema do corpo de bombeiros. Fiquei super emocionado.

Nanda sorriu de um jeito que o tempo que estamos juntos me permitiu reconhecer, era orgulho. Ela adora me ouvir, ainda mais quando se trata da minha carreira, algo que amo quase mais que tudo. Minha irmã e o Ro também pareciam alegres ao ouvirem sobre como foi o meu dia.

— Que lindo, maninho, não sabia que você tinha coração — finge surpresa.

— Blaaa — mostro língua.

— Não, é sério, na moral, que da hora o que cê fez por essa criança, irmão — Romero sorriu.

— Não foi nada, gente. Eu já queria fazer isso a muito tempo, a oportunidade só surgiu agora. E foi uma das melhores, inclusive.

Estou muito orgulhosa de você, meu amor — sussurra no pé do meu ouvido esquerdo, me fazendo arrepiar por inteiro. Selamos nossos lábios, sorrindo em seguida.

— E aí, que filme vocês estavam assistindo?

Todos suspiram. Já até imagino.

— Filme ridículo! — Maia bufa.

— É, só perdemos tempo.

— Mano, acredita que a gente decidiu assistir esse filme por causa do "suspense", e do meio pro final, além de tedioso e chato pra caramba todo mundo morreu sem lógica alguma? Sei lá, não consigo descrever minha indignação — Romero coloca a mão na testa, inconformado.

— Pelo desânimo de vocês parece mesmo que o filme foi péssimo — olho no relógio de pulso —, mas sei de uma coisa que pode ajudar a melhorar nossa noite. Pizza!!!

Nanda e Maia batem palminhas, super felizes. Romero formou um sorriso nos lábios e fechou os olhos, provavelmente dando graças a Deus por algo bom até aquele momento.

— Vamos chamar o pessoal ou nem?

— Já está tarde, eles devem estar fazendo trabalhos da facul ou ainda no trabalho — Romero responde e eu concordo.

Tiro o celular do bolso, ligando e discando o número da pizzaria da região da qual era lei, sempre pedíamos.

— Qual o sabor? — Posiciono o celular na orelha esperando alguém atender do outro lado da linha enquanto só chamava.

— Frango com cheddar!!! — Outra vez, em uma perfeita sincronia, Maia e Nanda gritam sorridentes.

— Eu já sabia, perguntei só por perguntar — reviro os olhos, rindo. — Mano, tava com vontade de comer uma quatro queijos.

— Eu também! Você leu os meus pensamentos — Romero cai na gargalhada, assim como eu.

— Boa, então vou pedir duas. — Oi, boa noite, gostaria de pedir duas pizzas — digo assim que o outro lado da linha me corresponde, parecia um jovem. — Uma quatro queijos e outra de frango com cheddar. Vou querer um refrigerante também. Sim, pode ser esse último que você falou. Quanto dá tudo? Beleza. Não, cartão. O endereço é ***** ********. Está bem, estarei esperando. Uma boa noite para você também, tchau — encerro a ligação. — Daqui uns quarentena minutos.

Para Sempre Desde SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora