— Ayo, a Maia passou um pouco mal hoje de manhã. Uma crise de asma, como sempre.
— Ela me mandou mensagem, só não tinha entendido muito bem. Como ela está?
— Ah, ela está bem melhor agora. Romero estava lá na hora que tudo aconteceu. Não sei o que seria dela sem ele naquele momento, porque eu mesmo estava acabado da noite de ontem e desmaiei no sofá. Isso porque nem bebi tanto como todo mundo bebeu.
— Realmente, Romero está mostrando ser um primo e amigo muito presente, ainda mais agora que as crises dela estão cada vez mais recorrentes.
— Sim, sim — sorrio de lado. Olho no meu relógio de pulso. — Bom, já está na hora da sua aula, aqui está o projeto de vocês. Maia pediu para entregar.
Lhe entreguei a pasta, Ayo soltou um grande suspiro.
— Ufa, ainda bem que você pôde me entregar. Esse projeto é muito importante para o final do semestre no fechamento das notas dos trabalhos. Valeu, viu?! — Me dá um beijo na bochecha.
Ao ver que a maioria já tinha subido as escadarias para o segundo andar, que eram as salas de aula, arregalou um pouco os olhos e sorriu para mim.
— Fui, manda um beijo para Maia. Fala para ela que assim que sair eu passo lá para a gente almoçar juntas.
— Ok, mando sim — aceno, vendo-a entrar na faculdade.
Bom, consegui. Agora é só voltar para casa e ficar de boa.
•••
— Meninas, vocês sabem que tá chegando o aniversário do Romero, né? — Quebro o silêncio que se formou enquanto assistimos um jogo de vôlei na TV.
— Sim, mas ele não está tão animado.
— Por quê? — Nanda questiona.
— Por causa da facul. Ele está muito frustrado por não conseguir superar as próprias expectativas nos resultados das notas das provas. Também teve isso da mudança, que o abalou um pouco — explico.
— A gente poderia fazer uma surpresa para ele.
— Sim, mas tem que ser rápido, é daqui dois dias — minha irmã informa.
Ficamos conversando por um bom tempo sobre a ideia de uma festa surpresa no salão de festas do condomínio. De repente o assunto da conversa chega, mas por sorte já tínhamos mudado o rumo do bate-papo.
— Boa tarde, gente — ele entra logo fechando a porta. Sorriu de lado, mas no fundo parecia triste, bem triste.
— Boa tarde — respondemos em uníssono, ao mesmo tempo que nos entreolhamos já sabendo o porquê.
Meu primo e também melhor amigo entrou dentro do quarto, naquele momento Nanda sussurrou.
— É, galera, ele está mal!
Maia e eu assentimos. Olhei no relógio da cozinha, sentado no sofá mesmo.
— Vish, estou atrasado — me levanto.
— Osh, atrasado para o quê?
— Bom, longa história, vou tomar um banho e mais tarde eu conto — respondo minha noiva.
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Para Sempre Desde Sempre
RomanceComo muitos jovens de vinte e três anos, Miguel e seus amigos adoram uma resenha. Bombeiro e com estabilidade financeira, ele só quer aproveitar a vida ao lado dos amigos e da namorada. Mas uma grande perda o faz ter que mudar radicalmente seu estil...