Cap. 16

152 17 2
                                    

— Ayo, a Maia passou um pouco mal hoje de manhã. Uma crise de asma, como sempre.

— Ela me mandou mensagem, só não tinha entendido muito bem. Como ela está?

— Ah, ela está bem melhor agora. Romero estava lá na hora que tudo aconteceu. Não sei o que seria dela sem ele naquele momento, porque eu mesmo estava acabado da noite de ontem e desmaiei no sofá. Isso porque nem bebi tanto como todo mundo bebeu.

— Realmente, Romero está mostrando ser um primo e amigo muito presente, ainda mais agora que as crises dela estão cada vez mais recorrentes.

— Sim, sim — sorrio de lado. Olho no meu relógio de pulso. — Bom, já está na hora da sua aula, aqui está o projeto de vocês. Maia pediu para entregar.

Lhe entreguei a pasta, Ayo soltou um grande suspiro.

— Ufa, ainda bem que você pôde me entregar. Esse projeto é muito importante para o final do semestre no fechamento das notas dos trabalhos. Valeu, viu?! — Me dá um beijo na bochecha.

Ao ver que a maioria já tinha subido as escadarias para o segundo andar, que eram as salas de aula, arregalou um pouco os olhos e sorriu para mim.

— Fui, manda um beijo para Maia. Fala para ela que assim que sair eu passo lá para a gente almoçar juntas.

— Ok, mando sim — aceno, vendo-a entrar na faculdade.

Bom, consegui. Agora é só voltar para casa e ficar de boa.

•••

— Meninas, vocês sabem que tá chegando o aniversário do Romero, né? — Quebro o silêncio que se formou enquanto assistimos um jogo de vôlei na TV.

— Sim, mas ele não está tão animado.

— Por quê? — Nanda questiona.

— Por causa da facul. Ele está muito frustrado por não conseguir superar as próprias expectativas nos resultados das notas das provas. Também teve isso da mudança, que o abalou um pouco — explico.

— A gente poderia fazer uma surpresa para ele.

— Sim, mas tem que ser rápido, é daqui dois dias — minha irmã informa.

Ficamos conversando por um bom tempo sobre a ideia de uma festa surpresa no salão de festas do condomínio. De repente o assunto da conversa chega, mas por sorte já tínhamos mudado o rumo do bate-papo.

— Boa tarde, gente — ele entra logo fechando a porta. Sorriu de lado, mas no fundo parecia triste, bem triste.

— Boa tarde — respondemos em uníssono, ao mesmo tempo que nos entreolhamos já sabendo o porquê.

Meu primo e também melhor amigo entrou dentro do quarto, naquele momento Nanda sussurrou.

É, galera, ele está mal!

Maia e eu assentimos. Olhei no relógio da cozinha, sentado no sofá mesmo.

— Vish, estou atrasado — me levanto.

— Osh, atrasado para o quê?

— Bom, longa história, vou tomar um banho e mais tarde eu conto — respondo minha noiva.

Para Sempre Desde SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora