Um teto para dois //Shivley

Eu te amo

(Maio)

"Uma nova chance de sermos felizes..."

Shivani

"Não conhecia esse seu lado dramático, eu já estou de volta Paliwal, tentei encontrar você ontem a noite mas não consegui"
Bailey

"Não se preocupa porque o seu homem, está de volta"
Bailey

- O seu pai é tão convencido, você não acha meu filho? - sorrio segurando o post-it e fazendo um rápido carinho em Sun.

Meu corpo está mais cansado do que o comum, os últimos dias tem sido corrido no hospital, além do mais tem o fato de Josh está me ignorando por completo.

Isso me incomoda mais do que deveria.

Subo as escadas rapidamente sem deixar de sorrir, estou feliz que o Bay voltou, espero que tenha dado tudo certo em sua viagem, esse é um passo importante para sua profissão.

As duas semanas sem ele foram estranhas, senti sua falta e a sensação de alguém está me vigiando só aumenta, mas tudo bem, agora eu só quero ver o homem que roubou meu coração.

O pior é que os nossos horários não batem e não quero ter que esperar até o próximo final de semana para vê-lo.

- Puta que pariu! - dou um grito assim que abro a porta do quarto e vejo um homem jogado em minha cama.

- Porra Shivani! - Bailey se levantou cambaleando de sono - Não precisa gritar.

Puxo o ar me permitindo ficar calma.

Pressiono meus olhos e vou até ele.

- Que susto! - dou alguns tapas em seu braço e ele tenta se defender - Você não pode ficar fazendo isso, não quando tem alguém maluco atrás da gente Bailey - me sento na cama sentindo meu corpo tremer.

Nos últimos dias tenho andado assustada demais, o que me faz ter o dobro do medo que costumo ter.

- Hum? Desculpa, desculpa - ele diz se aproximando - Eu esqueci de avisar que não iria trabalhar hoje.

Respiro fundo novamente tentando entender suas palavras.

Ele me encara e começamos a rir igual dois bobos.

Que saudades eu estava do meu bobo.

Rapidamente solto minha bolsa e tomo seu corpo com um abraço cheio de saudades.

- Eu senti sua falta - ele diz enquanto é esmagado por mim.

- Eu também - me afasto o suficiente para olhar em seu rosto e reparo seu cabelo mais curto - Parece que alguém andou cuidando da aparência - digo em um tom brincalhão e rimos juntos mais uma vez.

Agora vejo que também estava com saudade das nossas risadas.

- Garota como esse seu bom humor me fez falta - ele diz tocando meu rosto.

Apenas sorrio e o puxo para mim selando os nossos lábios em um beijo que era para ser calmo.

Mas o que pode ficar calmo quando sentimentos tão intensos estão envolvidos? Quando a saudade está acomulada e tudo o quê você quer é sentir o máximo que puder da pessoa que ama.

Suas mãos desabotoam meu jaleco o jogando na cama e com um pequeno impulso pulo cruzando minhas pernas em seu quadril.

Conforme nos tocamos o beijo é intensificado e ele me coloca contra a parede de uma forma nada delicada.

Tão Bailey.

- Eu tenho uma novidade - ele diz enquanto espalha beijos por meu pescoço e eu abro os botões de sua camiseta social preta.

- Qual? - minhas mãos agora afastam sua camiseta e passeiam por seu ombro nu.

- É uma coisa boa - diz com uma risada e mordisca minha bochecha.

- Diz logo - subo minhas mãos para os fios do seu cabelo.

Em um ato de estranheza ele me afasta da parede logo me deitando na cama e parando de me tocar com seus lábios.

- O que foi? - pergunto confusa, já que ele nunca foi de parar os nossos momentos.

- É importante de verdade - Se afasta e eu controlo minha respiração - Vai, senta aí.

Eu me levanto arrumando minha blusa branca e me sento ao lado dele que também estava na cama.

Me perco por alguns segundos em seu rosto que já estava praticamente novo.

E eu não senti mais nenhuma dor depois que voltamos do hospital.

A não ser a dor da saudade, o que é bem pior.

- O que foi meu bem? - pergunto me aproximando e coloco minhas pernas por cima das dele.

- Eu conversei com a Gabs - Sinto meu coração acelerar.

- E? - meus olhos o fixam sem pausa, esperei tanto por isso.

- E tudo já está resolvido, não temos mais nada e depois de tantos anos eu sou um cara livre.

Sorrimos juntos.

Ele pareceu tirar um peso de suas costas.

- Isso é tão bom.

- Isso é perfeito Paliwal, não que eu esteja feliz por ter a deixado triste, mas estou feliz porque é uma nova chance para mim, para ela e até para você, entende?

- É claro que entendo meu amor, e agora não sou mais a sua amante - dei um riso brincalhão.

- Você nunca foi - uma de suas mãos acariciaram minha perna - E nunca será - me roubou um selinho e sorriu travesso.

- E como foi a conversa?

- Foi até que tranquila, acredite ou não mas ela não surtou, nem tentou me beijar, fiquei impressionado.

- Acho que a fila dela já andou, o mundo não gira ao seu redor baby - lancei uma piscadela para ele que negou com a cabeça.

- Como o mundo poderia girar ao meu redor se nesse exato momento estou o olhando fixamente e admirando o seu belo rosto? - ele perguntou sorrindo - A partir de hoje você é o meu mundo Paliwal e ninguém irá mudar isso.

- Bailey, você é um homem incrível, e eu nunca pensei que atrás daquela casca dura e grossa existisse um príncipe - acariciei sua bochecha e ele fechou os olhos manhoso, se rendendo ao meu carinho.

- Eu te amo - senti meu coração errar uma batida.

Um silêncio imune tomou o quarto que estávamos.

Senti meu rosto ser tocado por suas mãos.

- Você não me ama? - ele perguntou com um biquinho e com aquela carinha de cachorro abandonado.

Eu não sabia o que sentia, mas mesmo assim as palavras escaparam de minha boca quase que involuntáriamente.

- Eu também te amo - ele sorriu e selou nossos lábios.

Sua língua acariciava a minha e estavamos em uma sintonia perfeita, a proporção que sinto quando estou com ele, a expectativa que estou construindo sobre o nosso talvez relacionamento.

Tudo isso me cativa de uma forma gigante.

Me deixa encantada e certa de que ele é o homem certo.

E que não importa a quantidade de pessoas que queiram nos separar, sempre seremos um do outro.

Até o fim, eu e ele.

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