Possessão, paz e álcool

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(Maio)

Shivani Paliwal

Deixei o copo de água sob a bancada no mesmo momento em que Bailey abriu a porta principal resmungando algo que não entendi.

Meu coração desacelerou e eu senti a calma paira sobre mim.

Eu estava pronta para o trabalho, mas não iria até Bay chegar.

Quando acordei durante a tarde tinha quinze chamadas perdidas dele, fiquei preocupada, retornei mas ele não atendeu.

— Que bom que você chegou meu amor, eu estava preocupada — apertei meus passos até ele que colocava uma caixa na mesinha de centro.

— Estava tão preocupada que nem se deu o trabalho de atender minhas ligações — ele falou duro e sem emoção.

Engoli seco com a sua resposta grosseira.

— Desculpa, eu realmente estava em um sono pesado durante a tarde, por isso não atendi — suspirei — E como foi? Recebeu sua promoção?

Seus calcanhares giraram me encarando.

— Não quero falar sobre isso — seu olhar permaneceu focado em mim.

Sem emoção alguma ele parecia me admirar, seu olhar invasor desceu por meu corpo me fazendo sentir um arrepio.

— Tudo bem — eu falei.

Ele deu um passo em minha direção e como um aviso meu corpo se esquivou.

Não estou fazendo comparações mas era exatamente assim que ele reagia quando Jack partia para cima de mim com suas agressões.

— O que foi, está com medo de mim? — sua voz saiu intacta, em um movimento rápido ele prendeu minha cintura com seus braços e me puxou contra seu peito.

Meu corpo relaxou ao ouvir seus batimentos acelerados.

Levantei meu rosto e encarei seus olhos.

— Claro que não, porque eu te... — não consegui terminar minha frase, os lábios de Bailey tomaram os meus em um beijo desesperado e possessivo.

Eu logo retribui.

Suas mãos passearem em meu corpo e eu sentia minha pela se distinguir sobre a dele.

Ele parecia querer me prender de uma forma que eu não escapasse.

Seus corpo forte junto ao meu me pegava por completa.

Eu já estava ficando sem ar, mas mesmo assim Bailey insistia em continuar o beijo.

Em continuar de uma forma estranha, possessiva, intensa.

E eu estava gostando de beija-lo, mas a falta de ar já estava me incomodando mais do que eu suportava.

Porém, o meu parceiro não parecia nem um pouco afim de se separar.

Mordi seu lábio inferior usando a força suficiente para ele se afastar.

Logo o vi cambalear para trás com a mão na boca.

Me concentrei em recuperar meu ar.

— Porque fez isso? — perguntou ofegante enquanto se afastava.

— Eu...eu estava sem ar e...e...

— Não, não quero mais saber — ele se limitou em me cortar e eu ainda tentava recuperar meu ar.

— Você, pode me levar? — perguntei assim que me recuperei — Vou para o trabalho.

— Sinto muito — ele se afastou indo em direção a cozinha — Não vai dar hoje — deu de ombros — Pode chamar um táxi?

Um teto para dois //ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora