Feroz

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(Maio)

"Minha doce, gentil e feroz Paliwal"

Bailey May

Eu nunca imaginei que as coisas mudam quando tem sentimentos envolvidos.

Também nunca pensei que poderia senti-los.

Mas Paliwal mudou isso, ontem o que fez tudo ser bom e diferente foi os nossos sentimentos.

Porque não era apenas mais uma transa idiota, era um ato de amor.

Tenho certeza que estou com o sorriso mais bobo do mundo enquanto reproduzo esses pensamentos.

Deixo um beijinho na testa de Shivani e me levanto indo em direção ao banheiro.

Mas não antes de sorrir para as nossas roupas no chão e as pétalas de camélia.

Sina também fez um ótimo trabalho.

Tomo um banho rápido, mas isso não me impede de sentir minha pele arder contra o meu gosto.

Paliwal tem umas unhas tão afiadas e grandes, eu realmente não sei como as mulheres conseguem usar isso.

Ontem a noite não demoramos muito para pegar no sono, ficamos cansados, o que é até considerável.

Visto uma calça de moletom tentando não fazer muito barulho para não acordar Paliwal que ainda dorme feito um anjo.

Junto nossas roupas do chão e aproveito para encontrar um lugar onde eu possa guardar meu pingente.

Agora esses pingentes são parte de nós dois.

Parte da nossa história que está só começando.

Desço as escadas rapidamente e dou de cara com Sun arranhando o sofá.

— Filho não, para agora! — o pego no colo e o deixo na lavanderia — Agora você está de castigo — ele faz uma carinha tão fofa de cachorrinho abandonado.

Mas mesmo assim resisto, dou um beijinho nele e me afasto até a cozinha.

Deixo a chaleira no fogo e ligo a cafeteira.

Parece que está na hora de trocar essa caneca.

Analiso a caneca branca em minhas mãos, Any me deu ela no nosso primeiro aniversário de namoro, já fazem quatro anos.

Mas acho que isso já não deve ter tanta importância agora.

A deixo no fundo do armário e pego uma outra qualquer.

— Quem será essa hora?  — pergunto para mim mesmo enquanto ando até a porta.

Viro a chave a destrancando e me arrependo no mesmo momento. 

— Bom dia Bailey.

— Bom dia dona Nina.

Suspiro pesado e ela me encara.

O que essa mulher quer dessa vez?

— Eu vim te trazer suas cartas, chegaram ontem a noite e André não conseguiu distribuir a de todos sozinho — ela me estendi umas quatro cartas e eu as pego.

— Muito obrigada — sorrio pronto para fechar a porta mas a voz dela me impede. 

— Espera — volto a abrir um pouco mais a porta.

— O que?

— Sabe, preciso te falar uma coisa.

"Lá vem as fofocas do prédio todo"

Um teto para dois //ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora