Encontro

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(Junho)

México parte cinco.

"Você precisa deixá-la segura quanto o seu amor" 

Bailey May

— Talvez seja a Havani — confessei — Acho que o problema deve ser ela.

Suspirei.

— Tinha que ser — quase gritou — Aquela garota é tão atirada que me dá nos nervos, Bailey eu tenho vontade de ma...

— Ei, ei — joguei um travesseiro nela a impedindo de terminar sua frase.

Sabina suspirou com um olhar de ódio, era incrível como as coisas não haviam mudado nada, ela ainda morria de ódio quando eu a interrompia.

Me ajeitei em sua cama grande demais e fitei meus pés, mas minha mente estava distante, estava na Paliwal.

Desde que chegamos ao México ela tem ficado ao meu lado, me ajudado, mas ainda assim eu a sinto distante. Não somos tão próximos como antes.

E tudo isso começou depois daquele papo de que a Havani era linda.

Eu sei que ela estava meio insegura, consegui notar isso em seu jeitinho de falar, mas pensei que já tivéssemos resolvido e superado esse assunto.

Mas pelo jeito, me enganei.

— E então, qual é o seu conselho? — perguntei para ela.

Tínhamos vindo pegar algumas coisas para Joalin que ficou no hospital com a Paliwal.

— Você a elogiou hoje? — me encarou quando se levantou.

Observei o movimento de seus pulsos cobertos por pulseiras, algumas coloridas, distintas e chamativas.

— Não — confessei — Estávamos apressados e ainda esbarramos na....

— Irritante da Havani — revirou os olhos me completando, vamos dizer que elas não tenham um bom passado juntas — Você também parece que não se esforça.

Endireitei minha postura me sentindo ofendido com sua fala.

Estreitei os olhos.

— Era para você me ajudar e não me ofender. Paliwal está cabisbaixa e não suporto vê-la assim.

Já faz quatro dias desde a nossa conversa, ela tem se esquivado um pouco de mim e não parece nada contente.

Sabina suspirou.

Esse ato demonstrava que sua paciência comigo já estava chegando ao fim.

— Presta atenção Bailey — ela pediu.

Concentrei meu olhar nela que agora estava em minha frente.

Por um momento pensei estar louco, mas não estava.

Em um movimento rápido Sabina tirou sua blusa.

Eu logo desviei meu olhar, fechando meus olhos tão rápido que nem consegui ver a cor do seu sutiã.

— Você enlouqueceu? — perguntei.

Foi quando senti seu cheiro forte invadir minhas narinas, ela tinha jogado sua blusa em mim.

A joguei de volta.

— Se veste — pedi.

O que essa louca estava fazendo? Só pode ter perdido um parafuso.

— O que você acha que Shivani pensaria se eu lhe contasse que tirei minha blusa para o seu namorado? — ela perguntou.

Pensei um pouco, ainda de olhos fechados.

Um teto para dois //ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora