Ventos de chuva, juntos para sempre

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(Junho)

"O que poderemos fazer? Quero que fiquemos juntos até o fim"

Shivani Paliwal

Os pingos de chuvas caindo calmamente contra o chão do lado de fora indicavam que a noite estava chegando.

Uma chuva silenciosa, sem raios nem trovões, isso não acontecia a anos.

Porém, enchia meu coração de paz e bondade.

Eu observava o vento soprar lentamente as folhas molhadas das árvores, o clima estava úmido e meu chá quentinho.

Me aquecendo por dentro.

As mangas do meu suéter longo também ajudavam na temperatura neutra.

Ao meu olhado consegui observar de relance Sun correr de um lado para o outro com seu brinquedinho barulhento.

O meu garoto já estava tão crescido.

Sua animação me fazia sorrir consequentemente, era como se ele estivesse me passando uma boa energia.

Uma que me faltava.

Toquei o vidro da pequena janela localizada na cozinha, a única do andar de baixo.

Virei o último gole calmamente e mais uma xícara tinha sido vencida com sucesso.

— Meu amor? Está tudo bem? — a voz de Bailey me fez sair de meu transe que parecia eterno e individual.

— Sim lindo, tudo nos conformes — me virei encarando seu rosto, seus cabelos molhados denunciava que acabará de sair do banho.

Almoçamos juntos a janta de ontem, conversámos sobre a viajem ao México e ainda não cheguei a minha resposta final.

Porém, ela me parece óbvia demais.

Bailey precisa de mim.

— Já acabei minha mala — seus passos se aproximaram parando em minha frente.

— Deu muito trabalho?

Eu me ofereci para ajudá-lo, mas ele insistiu que não precisava de ajuda.

Então desisti, tomei um banho e o deixei sozinho no quarto.

— Um pouquinho, mas não tenho muitas roupas — ele se encostou na bancada.

— Entendi — voltei meu olhar para janela suspirando baixinho.

— Tem algo de errado meu bem? — sua voz saiu como um sussurro pertinho do meu ouvido, fazendo meus pelos se eriçarem como reação.

— Não — respondi — Parece que tem?

Um silêncio permaneceu por alguns segundos entre nós.

Seus braços abraçaram minha cintura por trás prendendo meu pequeno corpo ao dele.

— É que não sei, você está estranha.

Neguei prontamente.

— Só estou preocupada meu bem, é só preocupação.

Agora um suspiro profundo veio dele.

Seus braços me apertaram e desviei meu olhar para xícara que ainda estava em minha mão.

— Será que vai chover o resto do dia todo?

— Talvez, na verdade eu não sei Bay.

Uma risadinha veio dele que apoiava seu queixo em meu ombro.

Um teto para dois //ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora