Assim que saio do meu carro vejo um cara enfrente uma moto com um urso na mão e encaro a Rebeca se aproximar dele ainda sem notar que eu estava ali e fico confuso, ela conhecia aquele cara.
Vejo ela sorri pra ele e logo abraçar ele que tira ela do chão e eu continuo ali com cara de otario, é óbvio que se conhecem.
Quando ele a coloca no chão o olhar dela vem contra o meu e seu sorriso se desfaz, e eu apenas enfio minhas mãos nos bolsos, esperando que ela venha me explicar quem é o cara com as mãos nela.
— Entra, meu pai estar na lanchonete — ouço ela dizer e o cara apenas assente beijando o rosto dela e ela continua me olhando.
E eu continuo sério, e ela se aproxima quando o cara some de vista.
— Oi, não me avisou que vinha — ela diz e eu encaro a moto do cara.
— É, eu deveria ter avisado — digo seco e ela respira fundo.
— O Richard é da minha antiga cidade — ela diz e eu franzo o cenho — um amigo da família. Como a Penélope é pra você.
Eu meio que sorrio irônico e ela molha os lábios e eu apenas assenti.
— Eu vou nessa — digo e ela segura minha mão.
— Está chateado?
— Não, tenho motivos pra estar? — sou frio e ela apenas nega — Passei apenas pra ver como estava, pelo que vejo o resfriado passou.
— Eu te ligo mais tarde — ela diz e eu apenas assenti e caminhei de volta para o carro, entrando nele e dando partida sem olhar pra ela.
Amigo da família? Conta outra.
Não demoro a chegar em casa, e antes mesmo de eu ao menos pensar em beber uma hoje à noite já vejo minha mãe irritada pela casa, acho que pela razão do nosso piso da sala estar todo cheio de cacos de vidro e tenho quase certeza que é cacos de um dos vasos de cristal que o papai deu pra ela.
— Perdi oque? — pergunto e Julie mostra o Jord sentado na escada com a cara emburrada.
— Jord chutou a bola dele e um dos vasos caiu — Julie diz e vejo mamãe aparecer na sala junto a nossa empregada que ajudava ela com luvas e pazinhas para catar os cacos e eu saio dali antes que sobre pra mim também ajudar.
Entro no meu quarto e deixo meu celular sobre a mesinha e me jogo na cama ainda pensando sobre a cena que vi agora apouco, Rebeca e aquele cara que ela disse ser amigo. E eu começo a pensar se não tem algo mais que eu não saiba, e é por essa razão que eu não me envolvo com garotas novas, ao menos as mais velhas eu sei que vão ser momentos que no outro dia eu não preciso me preocupar em saber oque temos, e sim no que tivemos. Apenas.
— Preciso da sua ajuda — Julie diz abrindo a porta e eu a encaro — vai me ajudar?
— Se me dizer oque é — digo e ela sorri entrando.
— A tia Louise separou algumas coisas pra mim da loja que ela trabalha, que eu encomendei sabe?
— E quer que vou buscar? Por que não pede o papai?
— Por que ele é muito ocupado — ela dá de ombros — e você tem carro e está aqui jogado na cama.
— Estou cansado, depois vejo isso — digo e ela solta uma lufada de ar.
— Eu preciso pra agora Drew, vai, por favor.
— Onde é a loja? — pergunto e pela cara dela eu sei que aí tem coisa.
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• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •
FanfictionUma nova geração crescendo pelas ruas de Atlanta, já se perguntaram como estariam os filhos de Justin e Samanta? Ou os filhos de Evan e Emma? Esse livro responderam a suas perguntas. Ainda não leu Drug Of Love e nem Condenados pelo Amor? Não tem pro...