Dou passos longos até o carro do Drew e o vejo me encarar e eu entro sem permissão alguma, sabia que ele estava estacionado ali esperando por Julie que com certeza está na lanchonete.
— Oque conversava com ela? — entro batendo a porta e ele me encara com aquele seu olhar sério.
— Sai do carro — ele diz seco e eu franzo o cenho e nego pronta pra dizer que não sairia antes de conversarmos e vejo ele encarar em direção às líderes e o encaro novamente.
— Oque foi? Está com medo que ela nos veja juntos? Não me diga que...
— Tira minha jaqueta e sai do carro Penélope — ele diz e eu o encaro fechando minhas mãos com raiva.
Oque ele pensa que está fazendo?
— Eu quero uma carona — digo a primeira coisa que vem na mente e ele nega e ouço a porta de trás abrir com Julie entrando no carro.
— Não vou te dar porra de carona nenhuma — Drew praticamente grita sem paciência alguma — agora tira minha jaqueta e sai do meu carro porra.
— Por que está gritando? Ficou louco? Eu não te fiz nada seu idiota — digo indignada e ele passa a mão no rosto.
— Por que estão brigando? E por que mesmo está com a jaqueta do meu irmão Penélope — Julie pergunta e eu continuo encarando seu irmão que apenas nega.
E da partida no carro e eu respiro fundo cruzando meus braços com raiva enquanto ele dirigia, não tínhamos por que brigar assim, eu vim até o carro dele pra perguntar a razão dele estar conversando novamente com aquela nerd sonsa, ele quem estava com pedras na mão esperando pra me atacar como está fazendo agora.
Será que ele já se esqueceu do beijo que aconteceu anoite?
Drew estaciona de uma vez enfrente minha casa fazendo Julie reclamar e eu o encaro e vejo que ele nem se quer olhava pra mim e nego com raiva enquanto tiro sua jaqueta e jogo sobre o colo dele.
— Só espero que lembre que dessa vez não fui eu que causei essa "briga" — digo e ele segura sua jaqueta e me encara.
— Estão todos pensando que estão juntos por causa dessa jaqueta — Julie diz e eu a encaro.
— E vocês dão ouvidos a fofoquinhas? Pelo amor de Deus né gente.
— Você é a garota mais rodada da escola Penélope, até parece que o Drew quer isso sujando o nome dele — Julie diz e eu isso me ofende e eu olho para o Drew e o vejo sério.
— Então é isso? Acha que estou sujando seu nome?
— Não acho que tudo que dizem pela escola seja mentira, ainda mais que sei que você adora uma arquibancada — ele diz e eu fico mais irritada ainda.
— Me desculpe se te envergonhei Drew, lamento sujar seu nome por ter usado sua camisa — digo com toda raiva e mágoa que eu sentia agora e seguro minha bolsa saindo do carro de batendo a porta com força e caminho em direção a minha cama segundando o meu choro.
E eu sabia que assim que entrasse em meu quarto eu não conseguiria mais segura-lo.
— Podemos conversar? — ouço a voz da minha mãe assim que fecho a porta.
— Agora não — digo quase chorando e ela franze o cenho.
— Penélope — ela se aproxima me olhando — oque houve?
— Cólica — minto me desviando dela — vou procurar um remédio.
Continuo a mentira e subo a escada indo direto para o meu quarto enquanto nego sentindo as lágrimas em minha bochechas.
Entro e bato a porta soltando minha mochila no chão e mordendo o lábio com raiva.
Tudo bem que eu nunca me importei que falassem mal de mim pelos corredores da escola, acho que eu sempre gostei de ser o centro das atenções, não vou negar. Mas agora ele jogar isso na minha cara meio que doeu, é que de alguma forma eu pensava que ele iria acreditar em mim um dia. Acreditar que eu nunca dormir com aqueles jogadores mentirosos, que o máximo que aconteceu foi alguns amassos embaixo das arquibancadas, e chupar um garoto não é um crime, Drew já dormiu com varias, quem ele pensa que é pra julgar alguém por transar? Alguém que nem se quer nunca teve o prazer de transar com alguém. Por que sou apaixonada demais por ele pra aguentar até a vez que será com ele.
Idiota.
Nego tirando meus sapatos e caminho até a cama me sentando nela tirando meu celular do bolso molhando meus lábios pensativa, e antes mesmo de digitar uma mensagem para a Marie eu apenas travo a tela e me jogo na cama encarando as estrelas brilharem no teto.
Chaz as colocou ali quando eu tinha uns 7 a 8 anos, quando eu ainda tinha trauma de dormir sozinha. Molhei meus lábios fechando meus olhos e passei a mão sobre o rosto.
— Posso entrar? — ouço a voz de Louise logo após ela dar duas batidas na porta e me sento.
— Pode — digo e ela entra sorrindo ao me ver e eu continuo com minha cara de solidão.
— Soubemos agora a pouco que está organizando uma festa — ela diz e eu já posso imaginar que ela veio me convencer a cancelar.
— Estou — digo e ela assente se aproximando.
— Sabe que sua mãe ainda não te tirou do castigo eterno né? — ela ri se sentando ao meu lado.
— Pelos meus peitos serem expostos enfrente a escola toda? Ou por eu ser uma filha que ela nunca desejou ter?
— Penélope, não diga uma coisa dessas — Louise me repreende com um tom mais alto e eu respiro fundo.
— Confessa Louise, todos me veem como um caso perdido — digo me lembrando do Drew — uma vergonha pra família.
— Nunca pensamos isso, e jamais pensaríamos. Você é uma garota incrível, um filha incrível Penélope — ela diz tocando minha mão — aconteceu algo que queira me contar?
Encaro seus olhos e concordo sentindo meus olhos marejarem novamente.
— O Drew nunca vai se interessar por mim não é?
— Pene — ela respira fundo — Drew e você foram praticamente criado juntos.
— Isso não interfere em nada Louise, eu gosto dele a anos — murmuro.
— Talvez ele...
— Nunca goste de mim — digo e ela molha os lábios e eu nego começando a chorar.
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• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •
FanficUma nova geração crescendo pelas ruas de Atlanta, já se perguntaram como estariam os filhos de Justin e Samanta? Ou os filhos de Evan e Emma? Esse livro responderam a suas perguntas. Ainda não leu Drug Of Love e nem Condenados pelo Amor? Não tem pro...