Eu sabia que o beijo estava ficando cada vez mais intenso, Rebeca se mexia demais sobre mim e isso já estava causando grandes vontades em mim, como por exemplo de tirar sua roupa. Só que evitava qualquer ato do tipo por que sei que pode assusta-lá ou algo assim. Mas porra, por que ela estava sentada logo sobre meu pau? Rebeca mordeu meu lábio devagar e eu abri os olhos notando ela sorrir.
— Meus pais não vão chegar — ela diz e eu tiro seu cabelo do seu rosto e percebo seu sorriso.
— Temos que ensaiar — meio que brinco e ela ri saindo de cima de mim, e eu me sento na cama dela.
— Não precisa me tratar como uma santinha o tempo todo tá?
— Como assim? — pergunto enquanto ajeito meu topete e ela revira os olhos.
— Não sou virgem — ela diz e eu franzo o cenho — e não precisa me tratar como se eu fosse uma.
— Não te trato como se fosse uma — nego — eu só não quero te assustar e...
— Estamos sozinhos no meu quarto e você nem se quer tentou pegar na minha bunda Drew — ela reclama e eu não entendo isso.
Beleza que me pegou de surpresa saber que ela não é virgem, mas e isso, ela quer que eu seja rápido, é isso?
— Se o problema é esse era só ter falado — dou uma meia risada — eu já teria pegado na sua bunda a muito tempo.
— Quero aproveitar esse momento com você — ela se aproxima e eu encaro seus lábios e seus olhos e meio que nego.
— Eu tenho que resolver umas coisas — digo e ela franze o cenho.
Mas apenas assente se levantando e eu ajeito meu cabelo, vestindo minha jaqueta e vejo Rebeca meio que me olhar com raiva.
— Você não é gay, é? — ela diz me fazendo ficar sério na hora.
— Eu pareço gay? — pergunto e ela dá de ombros.
— Você não fica com ninguém da escola, nunca teve namorada. E as únicas coisas que já fizemos foi nos beijar — ela diz pensativa — é o primeiro que não tenta transar comigo em um quarto sabendo que estamos sozinhos.
— Não sou como os outros caras que já entraram em seu quarto — digo sem interesse algum em continuar nessa conversa.
— Eu não disse que...
— Há algumas semanas atrás você não gostava que eu te tocasse, aí derrepente vem me dizer essas paradas?
— É que antes... eu não sei tá — ela se irrita e eu nego.
— Me lembro das vezes que te beijei e você recuou, oque foi que mudou agora?
— Eu só não queria ir depressa — ela dá de ombros.
— Preciso ir — digo pegando minhas chaves e olho pra ela apenas pra dizer um "te vejo depois".
Saio do prédio dela passando a mão na nuca enquanto dirijo. Eu não quero dizer a mim mesmo que a razão de não transar com ela foi uma certa loira que veio em meus pensamentos bem na hora que eu pensei seriamente em transar com Rebeca.
Mas nego ainda pensativo, me lembro exatamente das vezes que beijei a Rebeca de um modo mais intenso e ela recuou me fazendo notar que estava indo rápido demais, aí do nada vem com essa. Me perguntando se sou gay, porra.
E no meio desses pensamentos eu começo a pensar sobre ela me dizer que não é virgem e que sou o único que não tentou transar com ela. Que porra é essa? Quantos caras ela já teve no quarto dela?
Saio do carro e encontro meu pai na garagem, e escoro no meu carro notando ele beber água de sua garrafinha, e por estar tão suado imagino que ele estava na academia.
— E essa cara ai, oque está acontecendo?
Ele diz tampando a garrafinha e eu apenas nego, querendo dizer que não era nada.
— Espero que não seja nada com uma certa loira — ele diz e eu olho pra ele e nego novamente.
— Não é nada com a Penélope — já digo logo e ele assente.
— Ótimo, então vai gostar de saber que seu tio e sua tia Camila estão vindo jantar com a gente.
Ele diz e eu meio que fico sério e ele ri negando, e quando entramos ouço mamãe comemorar sobre algo no celular, algo que não me interesso. Apenas me jogo no sofá e encaro meu celular me lembrando das coisas que Penélope disse na escola.
[...]
Na parte da noite eu desço com o cabelo molhado e um blusão de frio notando minha mãe e tia Camila na sala.
— Faz tanto tempo que não te vejo que até parece que virou um homem — tia Camila diz me olhando e eu vou até ela beijando seu rosto e ela me puxa me fazendo sentar no sofá, dizendo que eu cresci sendo que ela me viu na semana retrasada.
— Está me sufocando tia — murmuro e ela ri.
— Como você está? — ela pergunta.
— Numa boa — digo e vejo minha mãe meio que me olhar, com certeza já tinham fofocado sobre mim e Penélope.
— E Penélope? Não vem? — ela pergunta e eu franzo o cenho.
— Se tiverem convidado ela, talvez ela chegue por aí — digo e ela apenas assente olhando disfarçadamente pra minha mãe e logo tio Chaz e meu pai entram na sala.
— Eai — Tio Chaz diz me olhando — como está no time?
— Ganhamos na semana passada — digo meio tenso e vejo meu pai me olhar meio que rindo, ele está mesmo querendo me zoar?
— Charlotte disse no carro algo sobre o campeonato de fim de ano — tio Chaz diz sentando e eu apenas assenti.
— É, vai ter um campeonato — praticamente murmuro e olho pra minha mãe que também me olhava estranha.
Com certeza já tinham notado que eu estou nervoso, mas é claro que eu estou mesmo. Eu sabia que se por acaso tio Chaz sonhasse que eu me envolvi com Penélope, ele me daria uns socos na cara. E isso não seria nada legal.
[...]
Como de costume todos jantaram e ficaram na sala jogando conversa fora e bebendo cerveja, já Julie e Charlotte estavam ocupadas demais lá encima e eu aproveitei pra sair, fiquei um pouco perto da área.
O lado de bom de morar em uma casa de praia é que você pode estar na praia a qualquer momento.
Solto a fumaça da boca e encaro o cigarro em meus dedos e respiro fundo encarando a praia não tão distante de onde eu estava e molho meus lábios.
Penso em Penélope mas também penso em Rebeca.
Pego meu celular do bolso o destravando e procuro o número, penso se faço mesmo isso e acabo que clicando em chamar.
E no segundo toque ela atende me fazendo molhar os lábios novamente.
— Oi — ela diz e eu respiro fundo passando a mão na nuca pensando em que merda eu falaria.
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• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •
Fiksi PenggemarUma nova geração crescendo pelas ruas de Atlanta, já se perguntaram como estariam os filhos de Justin e Samanta? Ou os filhos de Evan e Emma? Esse livro responderam a suas perguntas. Ainda não leu Drug Of Love e nem Condenados pelo Amor? Não tem pro...