• Heirs Of Love / Herdeiros do amor •

115- Sônia Bieber

— Só pode ser piada, sério? Engravidou minha irmã? Veio na minha casa pra...

Drew começou a dar um de valente e eu revirei os olhos notando o Bless apenas o olhar com atenção.

— Drew, tenha modos — mamãe reclama indo até ele e Penélope segura a mão do meu irmão resmungando algo pra ele.

— Porra mãe — Drew diz com raiva como se ele fosse o irmão mais velho aqui, mas acho isso fofo, então apenas observo.

— Olha a boca — Samanta retruca pra ele e Penélope o puxa o chamando pra subir — suba, essa é uma conversa de adultos.

— Vacilão — Drew diz encarando o Bless e eu acabo que rindo disso e o Bless me olha e meio que ri de canto também quando vê meu irmão saindo da sala me olhando irritadinho.

[...]

Respiro fundo e faço sinal para o Bless ir até o sofá, e ele primeiramente cumprimenta o meu pai com um aperto de mão e minha mãe sorri se sentando junto ao meu pai que encarava o Bless com seu olhar sério.

— Bless Tarlley — meu pai diz rouco analisando o Bless que estava nervoso, e sei disso por que a todo momento ele alisava sua própria mão.

— Sim, senhor.

Acabo que rindo disso e o Bless me olha sem graça e minha mãe me olha me repreendendo com o olhar.

— Não precisa disso, precisa? Eu e o Bless não somos namorados. Só aconteceu e... estou grávida — digo de uma vez e todos me encaram — ele vai assumir com as responsabilidades dele e eu com as minhas.

— Eu quero ouvir o garoto Sônia — meu pai diz sério e eu respiro fundo e olho para o Bless.

— Eu respeito muito sua filha — Bless tenta soar formal.

— Estou vendo como respeita — meu pai retruca e minha mãe o cutuca.

— Eu a conheci no aeroporto — Bless explica — e pra falar a verdade ela me chamou a atenção desde o início.

Olho pra ele franzindo o cenho confusa, e meio que surpresa pela revelação.

— Não era pra acontecer, até por que sua filha nunca me deu uma chance se quer de paquerar ela — ele ri mexendo em seu cabelo bagunçado como sempre — e no dia que aconteceu, bom... resultou em uma gravidez.

— E oque pretende Bless? — Samanta pergunta educada — Sônia me disse que você mora em Buffords.

— Eu vou assumir essa criança, com completa responsabilidade. Mesmo morando longe, darei um jeito de ser presente, isso os senhores podem ter total certeza.

— Ainda não falamos disso — digo aos meus pais — até por que eu e o Bless não somos nada um do outro.

— Mas terão um filho, estão ligados agora.

Samanta diz e vejo Bless concordar e olho pra ele e ele sorri fraco.

— E seus pais? Com oque trabalham? — meu pai pergunta.

— Justin — minha mãe o repreende e eu reviro os olhos.

— Meu pai é prefeito de Buffords — quando Bless diz eu franzo o cenho o olhando surpresa — minha mãe tem um grande negócio de guias turísticos e viagens. E meu pai também tem grandes negócios com...

— Com? — meu pai pergunta e Bless meio que coça sua garganta com uma leve tosse.

— Empresas Canadenses — ele diz e eu não entendo muito, mas meu pai o olha com atenção.

— Vejo que sua família é importante — mamãe diz sorrindo — vamos adorar conhecê-los.

— Não é preciso mãe — retruco.

— Eu... quero te levar pra jantar hoje — Bless diz pra mim e eu franzo o cenho confusa.

— Podemos jantar todos juntos, temos muito oque conversar — meu pai diz sério analisando o Bless.

— Justin — Samanta o cutuca — é bom ir querida, conversarem um pouco. Afinal de contas deve ter muito oque conversarem agora, podemos marcar de tomar um café amanhã, todos nós. Pode ser?

— Adoraria senhora Bieber — Bless diz e eu respiro fundo e acabo que assentindo.

— Vou pegar um casaco — digo e Bless assente e eu olho para os meus pais antes de subir a escada.

E ouço meu pai perguntar sobre os negócios da família do Bless e ignoro, coitado dele sozinho com Justin Bieber lá embaixo, sorte dele que minha mãe sempre corta o meu pai quando é necessário.

— E então? — Penélope praticamente me puxa no corredor — Como estão? Agora que todos sabem.

— Como assim? Como estamos?

— Você e o gato lá embaixo — ela ri e eu nego imediatamente.

— Não temos nada, sabe disso né?

— Mas estão grávidos — ela diz animada tocando minha barriga e isso me deixa estranha e pensativa.

— Eu preciso ir, tchau Penélope — digo meio que respirando fundo e ela apenas solta uma lufada de ar ficando no corredor.

Molho meus lábios pensativa sobre isso tudo, que bagunça minha vida está se tornando.

[...]

Bless abre a porta do carro e eu sorrio fraco ao ver qual restaurante ele escolheu me trazer, ele enfia as mãos nos bolsos e eu meio que ajeito meu casaco, essa noite está fria.

— Reserva? — a moça pergunta e ele nega, mas pelo dinheiro que ele deu a ela, logo ela encontrou uma mesa para nós dois.

Mordo meu lábio ao ver a mesa ser bem onde eu gostava de me sentar e me ajeito na cadeira notando a mulher nos entregar os cardápios.

— Oque vai pedir? — Bless lê o cardápio.

— Por que estamos aqui? — sou direta e ele me encara.

— Já havia jantado?

— Não, mas...

— Só come, Bieber — ele diz e eu reviro os olhos e acabo que rindo e pego o cardápio o lendo com calma.

— Risoto, com pernil e molho tailandês — digo rápida pra garçonete — salada por favor, e... — olho para o Bless — vinho.

Digo e ele sorri de canto e apenas assente, pedindo o mesmo que eu, gostei.

— Amanhã vou ligar para os meus pais, dizer oque está acontecendo — ele diz coçando a nuca.

— Eles são... legais? — meio que pergunto fazendo uma careta.

— Meu pai é tranquilo, minha mãe que vai surtar — ele diz meio que tenso e imagino como deve ser a mãe dele.

— Espero que eles entendam — tento soar calma e ele apenas assente.

— Vou precisar voltar para Buffords daqui dois dias, mas... eu volto logo — ele diz e eu encaro seus olhos — vou te acompanhar em tudo que precisar, te ajudar com as despesas e...

— Eu tenho dinheiro o suficiente — digo e ele assente.

— Sei que tem, assim como eu também tenho — ele diz sério — partimos meio a meio se for preciso, mas que vou ajudar nisso, eu vou.

Sorrio de canto gostando de sua atitude e ele sorri também e sinto borboletas no estômago nesse momento, não sei se é fome ou se é efeito do sorriso dele.

— Sô? É você?

Essa voz fina e doce me faz engolir seco e me virar e vejo Silene, com cabelos longos e vestido justo na cor vermelha.